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Religião
13 / fevereiro / 2005
GOSTO DA BÍBLIA, MAS NÃO TENHO TEMPO PARA LER!
O chamado livro sagrado, a Bíblia, é objeto de veneração, enfeite imponente em salas de estar sobre rebuscados suportes, aberta sempre no Salmo 91, o Salmo da proteção.
Eventualmente pode ser colocada debaixo do braço, conforme o hábito, afigurando-se companheira de axilas, alvo de poeira ou de suor, conforme o caso.
Mas, ela foi escrita para ser alvo do coração – “Guardo no coração
as tuas palavras, para não pecar contra ti.” (Salmo 119, Versículo 11)
– até ele pertença a DEUS –
“Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus
caminhos.” (Provérbios, Capítulo 23, Versículo 26).
Contudo, não temos tempos para ela, você sabe, nós sabemos, 24h por dia é
muito pouco no mundo digitalizado e sua aprendizagem acelerada; assome-se
ainda filhos, esposa, laser, namoro, escola, curso superior, enfim, é difícil
ter tempo para lê-la.
Assim, seguimos; quanto maior o sonho, maior a ansiedade, sem contar que, com
ou sem realizações, sempre subsiste vazio existencial e incômoda falta de
paz.
Você já ouviu esta expressão: “Fulano falou, a água parou”? Então leia história a seguir, registrada no livro de Josué, Capítulo 4, Versículos 1 a 18.
“Tendo,
pois, todo o povo passado o Jordão, falou o Senhor a Josué, dizendo: Tomai
do povo doze homens, um de cada tribo, e ordenai-lhes, dizendo: Daqui do meio
do Jordão, do lugar onde, parados, pousaram os sacerdotes os pés, tomai doze
pedras; e levai-as convosco e depositai-as no alojamento em que haveis de
passar esta noite. Chamou, pois, Josué os doze homens que escolhera dos
filhos de Israel, um de cada tribo, e disse-lhes: Passai adiante da arca do
Senhor, vosso Deus, ao meio do Jordão; e cada um levante sobre o ombro uma
pedra, segundo o número das tribos dos filhos de Israel, para que isto seja
por sinal entre vós; e, quando vossos filhos, no futuro, perguntarem,
dizendo: Que vos significam estas pedras? Então, lhes direis que as águas do
Jordão foram cortadas diante da arca da Aliança do Senhor; em passando ela,
foram as águas do Jordão cortadas. Estas pedras serão, para sempre, por
memorial aos filhos de Israel. Fizeram, pois, os filhos de Israel como Josué
ordenara, e levantaram doze pedras do meio do Jordão, como o Senhor tinha
dito a Josué, segundo o número das tribos dos filhos de Israel, e
levaram-nas consigo ao alojamento, e as depositaram ali. Levantou Josué também
doze pedras no meio do Jordão, no lugar em que, parados, pousaram os pés os
sacerdotes que levaram a arca da Aliança; e ali estão até ao dia de hoje. Porque
os sacerdotes que levaram a arca haviam parado no meio do Jordão, em pé, até
que se cumpriu tudo quanto o Senhor, por intermédio de Moisés, ordenara a
Josué falasse ao povo; e o povo se apressou e passou. Tendo passado todo
o povo, então, passou a arca do Senhor, e os sacerdotes, à vista de todo
povo. Passaram os filhos de Rúben, e os filhos de Gade, e a meia tribo de
Manasses, armados, na frente dos filhos de Israel, como Moisés lhes tinha
dito; uns quarenta mil homens de guerra armados passaram diante do Senhor para
a batalha, às Campinas do Jordão. Naquele dia, o Senhor engrandeceu a Josué
na presença de todo o Israel; e respeitaram–no todos os dias de sua vida,
como haviam respeitado a Moisés. Disse, pois, o Senhor a Josué: Dá ordem
aos sacerdotes que levam a arca do Testemunho que subam do Jordão. Então,
ordenou Josué aos sacerdotes, dizendo: Subi o Jordão. Ao subirem do meio do
Jordão os sacerdotes que levavam arca da Aliança do Senhor, e assim que as
plantas dos seus pés se puseram na terra seca, as águas do Jordão se
tornaram ao seu lugar e corriam, como dantes, sobre todas as suas
ribanceiras.”
Há muitas verdades espirituais “escritas” nos fatos narrados acima: A
travessia como pressuposto à conquista de Canaã, que espiritualmente
simboliza o céu, águas como
obstáculo, travessia como símbolo de que estamos de passagem neste mundo,
arca da Aliança simbolizando, e aqui literalmente, a presença de DEUS.
Quero, entretanto, destacar este incidente: Por que as Escrituras tinham de
ser lidas no meio do Jordão, lugar que se tornara seco pelo poder da mão de
DEUS, enquanto colossal coluna de água se avolumava aos olhos de toda aquela
nação? Por que não ler antes do Jordão? Por que não depois? Porque no
meio?
Se você estivesse lá carregando a arca sobre aquele leito seco enquanto a
coluna se formava, pense em qual seria seu instinto para reagir. A lógica
humana diria: atrevesse rápido antes que a coluna de água desmorone.
Eis a forma pela qual vivemos: Sempre correndo para fugir de algum mal que está
na iminência de nos afogar, como falta de dinheiro, como prática de exercícios
físicos para preservar a saúde, como “curtir a vida” enquanto podemos, já
que iremos morrer mesmo, como mulheres que sonham conceber filhos enquanto
podem, como outros tantos exemplos, estamos sempre correndo.
Olhamos para coluna da falta de tempo, da falta de dinheiro, da falta de
alegria, do vazio e precisamos correr. Eis a lógica humana. Noutro giro,
quanto mais se observa as Escrituras, mais
impressiona como pensamento do homem está a anos luz da mente de DEUS
e, como o homem está longe de DEUS.
O homem sem DEUS, que não é guiado pelo ESPÍRITO DE DEUS, que vive conforme próprios pensamentos, precisa correr. Os que pertencem ao SENHOR podem, como Marta na casa de Lázaro, sentar e ouvir (Salmo 48, Versículo 10):
“Aquietai-vos
e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na
terra.”
As Escrituras, conforme o próprio Moisés relatara, sendo ele o homem que
falava com DEUS face a face, tinham de ser lidas no meio do Jordão, sobre o
leito seco enquanto a pressão da coluna de água se agigantava, para que
se registrasse que DEUS fala mediante as Escrituras.
Se, apesar de qualquer pressão do dia a dia, qualquer coluna que seja, você se aquietar para ouvir as Escrituras, para ler as Escrituras, enfim, se você tiver tempo para ela, então você passará seguro pela travessia da vida; as águas outrora ameaçadoras tomarão curso normal a sua vista, estando você do outro lado do rio em terra seca. Você se lembrará do que JESUS disse em Mateus, Capítulo 6, Versículos 25 a 33:
“Por
isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de
comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é
a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as veste? Observai as
aves do céu; não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo,
vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que
as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao
curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai
como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo,
vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer
deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é
lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto,
não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos
vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso
Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro
lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.”
Sentar no leito do rio da vida para ler as Escrituras, enquanto as águas da
tormenta se avolumam, parece atitude infantil; mas, conforme JESUS, o Reino
dos Céus pertence as crianças...
BOA LEITURA!
POR: BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®
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