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R E L I G I Ã O
02 / DEZEMBRO / 2007

O NATAL SÓ NA MANJEDOURA
P
or Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

            O paradoxo do natal é a celebração do nascimento de alguém que o mundo, insistentemente e metodicamente, quis matar, e que se agitou até fazê-lo. Hedores foi o primeiro ícone desse movimento. Atordoou-se ao ver três reis magos que atravessaram o deserto para se apresentarem ao rei menino que nascera em Belém, pelo que os requereu indicação do local para “adorá-lo”, porque em verdade iria matá-lo.

            Não o fez por duas intervenções diretas de DEUS: a) quando advertiu em sonho os magos a que não retornassem a Herodes; b) quando advertiu a José que descesse ao Egito, ele, Maria e a criança, até que chamasse de volta, cumprindo a profecia de Oséias, capitulo 11, versículo 1: “... do Egito chamei a meu filho”. Os Evangelhos revelam que não só Herodes, mas a cidade de Jerusalém ficou atônita, ao invés de se alegrar. Talvez isso explique o porquê miríades e miríades de anjos surpreenderam pastores de ovelhas, nos descampados, “na roça”, a pessoas iletradas, incultas, trabalhadores braçais, cantando num coral superior à filarmônica de Berlim este canto: “Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra aos homens a quem ele quer bem”. Mas não o fizeram em Jerusalém, que só o soube por intermédio dos magos.

            O problema estava no ”glória a DEUS”. Todos os rituais dos sacerdotes israelitas apontavam para o MESSIAS. Contudo não o quiseram receber, cumprindo a profecia dos que os construtores rejeitariam a pedra angula, a que sustenta toda a construção (Salmo, 118, versículo 22). E o motivo é que perderiam a glória que tinham para depositá-la aos pés de JESUS. Pilatos até percebeu que os judeus lhe entregaram JESUS para morte por inveja, mas se o absolvesse perderia a glória humana perante César, a de conseguir a proeza de preservar em ordem o barril de pólvora do Império Romano: a Judéia. Cada com sua glória, menos a “glória a DEUS nas maiores alturas”.

            Para Herodes, o raciocínio foi simples. Primeiro, ele reinava sobre judeus; segundo, nascera o esperado rei dos judeus, o MESSIAS, e, conforme lhe confirmaram os sábios, no exato local profetizado. Logo, alguém seria destronado. Obviamente, não seria ele. Então era só matá-lo e resolveria uma questão política. Como DEUS escondera JESUS do seu furor, determinou que matassem todos os meninos de dois anos para baixo na cidade de Belém e circunvizinhança. Tudo para não ser destronado.

            Trazendo o tema para o campo pessoal, você manda na sua vida, faz o que quer, do jeito que quer. Aos próprios olhos é justo, honesto e razoável. Quem se irrita com você não é por injustiça, mas por inveja, “claro”. Você está assentado no trono da sua existência. Nesse contexto se lhe apresenta um novo rei para destronar você do trono da sua existência, porque ele passaria a reinar na sua vida, como uma condição: a de que você se entregasse a ele. Você toparia? Ou se empenharia como Herodes, os sacerdotes e Pilatos? Estas são as palavras de JESUS para Pedro – João, capítulo 21, versículo 18:

Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, te Cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queres.

            Paulo, o apóstolo, afirmou que não era ele mais quem vivia, mas CRISTO vivia nele – Gálatas, capítulo 2, versículo 20. JESUS ensinou que quem tentasse salvar a sua vida, a perderia e quem a perdesse por amor a ele – JESUS – a salvaria. As pessoas podem até querer ser religiosas para ganhar algo. Mas são reticentes em morrerem para si mesmas, ou melhor, em serem destronadas para que um novo rei nasça do trono da existência delas. Daí se pode entender porque JESUS afirma que pouquíssimos serão salvos.

            A vida é uma pessoa: JESUS. Eis o consectário em Provérbios, capítulo 8, versículos 35 e 36, que são palavras de JESUS proferidas profeticamente antes dele nascer, pela boca do rei Salomão:

Pois todo aquele que me encontra, encontra a vida e recebe favor do Senhor. Mas aquele que de mim se afasta, a si mesmo se agride; todos os que me odeiam amam a morte.

            Veja como morreu Herodes, o filho e sucessor daquele Herodes que tentou sem êxito matar JESUS – Atos, capítulo 12, versículo 23: 

No dia marcado, Herodes, vestindo seus trajes reais, sentou-se em seu trono e fez um discurso ao povo. Eles começaram a gritar: “É voz de Deus, e não de homem”. Visto que Herodes não glorificou a Deus, imediatamente um anjo do senhor o feriu; e ele morreu comido por vermes."

            Herodes, o filho, viu o que ocorreu com seu pai, tentando matar JESUS, mas persistiu em resistir ao reinado daquele menino deitado numa manjedoura, morrendo no dia que aceitou uma glória que lhe era indevida. Assim persiste a humanidade. Gostam de JESUS na manjedoura, mas só na manjedoura.

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