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R E L I G I Ã O
07
/ JANEIRO / 2007
Nunca assisti um “Jornal Nacional” que não seja rico em desgraça ou sofrimento.
Por que não tem fim a maldade humana se todos, ou quase todos, a abominam?
Por que as alfaces não crescem como os matos?
Em todos os tempos o problema do mal permeia a humanidade. A questão se torna ainda mais complexa quando se indaga: “Se Deus é tão bom e perfeito por que existe tanta maldade no mundo?”
A perversidade é compreendida à medida que olharmos para dentro, pois os fatores externos, os acontecimentos, são conseqüências do coração do homem. Jesus proclama cabalmente: “De dentro do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro” (Mc 7.21).
Satanás, que veio para roubar, matar e destruir (Jo 10.10) utiliza, potencializa a corrupção do ser humano para gerar ainda mais devastação.
A entrada do pecado no mundo, mediante a desobediência de Adão e Eva, leva o homem à ruptura com Deus, suas implicações são nefastas. Assim, toda maldade da humanidade tem como causa primeira o distanciamento do Senhor. Por esta razão João Batista declara graciosamente acerca de Jesus: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29).
Logo, quanto mais longe de Deus maiores serão as atrocidades; quando mais perto do nosso Salvador maior será a manifestação das virtudes.
O apóstolo Paulo divinamente orientado enfatiza: “porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum” (Rm 7.18 – grifo do autor. Vide Rm 8.1-17). A palavra “carne” possui diversos significados sob a ótica da Sagrada Escritura. Refere-se, neste caso, à natureza humana apartada da influência divina, portanto, e, necessariamente, inclinada ao pecado, rebelando-se contra Deus (Gl 5.16-25). “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus; pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Porquanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Rm 8.7-8).
Assim, a falta de caráter, os vícios, a concupiscência são como mato se não podados crescem; se não arrancados espalham-se.
Sob ótica diametralmente oposta as virtudes são como as verduras se não cuidadas murcham; se não tratadas definham.
O homem por ele mesmo pode se esmerar em adubar, regar e cuidar para desenvolver certas virtudes, porém a semente mais fértil e saborosa quem dá é o Senhor. “O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl 5.22 - grifo do autor). Tiago corrobora com esta verdade quando revela: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tg 1.16).
Assim, a boa semente quem dá é Deus, a instrumentalidade vem por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, que precisa ser adubada com a Bíblia, irrigada com orações, fertilizada com jejuns, protegida com vigilância. Logo, desenvolvem-se as virtudes: a divina semente mesclada com o suor do cristão.
Por isso, os “matos” crescem mais do que as “alfaces” porque aqueles são obras da carne, natureza caída do homem, não precisa esmero para desenvolvê-los; enquanto estas são fruto do Espírito e requerem seus cuidados.
Qual será sua colheita este ano?
(*) O Pr. Hélder substitui o colunista-titular, Dr. Bruno Anníbal, em viagem de férias; é também nosso amigo de longa data e faz parte da Igreja Presbiteriana.
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