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R E L I G I Ã O
08
/ JULHO / 2007

A CAMINHO DE EMAÚS
P
or Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

            São dois bilhões o número de cristãos no mundo, ou algo em torno disso, considerados no aspecto formal da palavra, mas não na essência, não como pequenos cristos na expressão etimológica exata, conforme foram chamados os seguidores de JESUS pela primeira vez na Antioquia. Houve um momento em que JESUS propositalmente, quase por via reflexa, revelou o porquê disso.

            Para os que acreditaram em JESUS e apostaram tudo nele, a crucificação enterrou a esperança dos primeiros judeus que amaram o MESSIAS apaixonadamente, como o enviado de DEUS. Foi o maior “balde de água fria” jamais imaginado. Como alguém com inauditos sinais e prodígios poderia terminar assim? Mas não era só pela “perda” do MESSIAS, era também a dor pessoal pela humilhação do amigo JESUS. Foi duro presenciar o “moedor de carne” que os judeus armaram para JESUS.    

            Eis o terceiro dia, JESUS ressuscitou, mas nenhum dos discípulos sabia. Veio a notícia do desaparecimento do corpo. Mas nada de concreto. Algumas mulheres viram anjos ladeando o lugar onde repousara seu corpo. Maria Madalena, a ex-prostituta, vira JESUS ressurreto pela manhã. Mas são mulheres e mulher vê demais e fala mais ainda, sem contar que o passado de Madalena não lhe era favorável.

            Contudo, naquele mesmo dia, durante a tarde já a caminho para o pôr do sol, dois discípulos caminhavam com destino a Emaús remoendo dolorosamente o que ocorrera com JESUS três dias antes. Então quem lhes aparece literalmente do nada atrás deles? ELE, JESUS. Os dois discípulos não o reconheceram e JESUS se introduz na conversa – Lucas, capítulo 24, versículo 17 : “Que é isso que vos preocupa e de que ides tratando à medida que caminhais?”.

            Era como se alguém estivesse em outro planeta para conseguir não saber do ocorrido nos últimos idas. Assim responderam – Lucas, capítulo 24, versículo: 18: “És o único, por ventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignoras as ocorrências destes últimos dias?”. “Quais?”, redargüiu JESUS. E descerraram o que se passara com JESUS, varão profeta, filho de DEUS, de como os sacerdotes lhe entregaram para ser trucidado, sublevando para tanto também o povo, para que fosse morto com morte de cruz. Nos dias atuais seria uma condenação com pena de morte por cadeira elétrica, antecedida do grau máximo de tortura e dor. Contudo, segundo eles, havia um contraponto duro de engolir. Algumas mulheres diziam tê-lo visto. Contudo, como acreditar nisso? Mas era nesse ponto que JESUS queria chegar com eles, e esse foi o motivo pelo qual JESUS não se permitiu ser reconhecido. Desde antes da fundação do mundo, e desde antes da eternidade, JESUS nunca dera um ponto sem nó – Lucas, capítulo 24,versículos 25 a 33:

 “Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as escrituras. Quando se aproximavam a da aldeia para onde iam, fez ele menção de passar adiante mas eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque é tarde, e o dia já declina. E entrou para ficar com eles. E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o e, tendo o partido, lhes deu; então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles. E disseram uma ao outro: Porventura, não nos ardia o coração quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?”

            João testemunhou na epístola de I João que JESUS é o verbo que se fez carne, ou, noutra dicção, a palavra que se fez carne. Esse é o sentido literal de I João, capítulo 1, versículo 1. Portanto, JESUS estava lhes ensinando que é por meio da palavra que se vê espiritualmente JESUS, que se toca nele, que se alimenta do pão que desceu do céu. ELE está perto, mas pela palavra que se lhe alcança. Não é por imagens, penduricalhos, crucifixos.

            O profeta Joel alertou: “conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” e isso se dá pelas Escrituras; quando Moisés morreu DEUS falou para que seu sucessor, Josué, meditasse nas Escrituras de dia e de noite. Sem as Escrituras subsiste a tristeza, o desespero, o desânimo, quando não o pior, todo tipo de engano das trevas para encobrir a luz da verdade. 

            Quem tem intimidade com as Escrituras, tem intimidade com JESUS. No caminho de Emaús o próprio DEUS passeou por inúmeras passagens que aqueles discípulos haviam meditado durante a vida deles, para lhes fazer arder no coração a fé, sem a qual é impossível agradar e se relacionar com DEUS. A palavra de DEUS atraiu JESUS, porque Ele é a palavra que se fez carne.

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