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R E L I G I Ã O
03
/ JUNHO / 2007
O CÂMBIO, PARTE II
Por
Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil
Como seria para bilhões de religiosos se, ao invés de receber, a proposta fosse morrer por amor ao doador da “graça” – DEUS -; ao invés de receber, dar; ao invés de sair do débito para o crédito, mudar do crédito para o débito por amor a DEUS? Ao invés de um caçador de bênçãos, um mártir? O que a resposta a essa pergunta pode revelar? A diferença entre a vida eterna e a morte eterna.
Paulo foi o maior evangelista conhecido o novo testamento, cujas cartas, afora os evangelhos, compõem a esmagadora maioria da doutrina cristã; um homem que as pessoas levavam os lenços para que ele orasse sobre eles e as doenças fugiam de diante dos lenços. Esse varão poderoso em obras fez um pedido a DEUS. Nada de absurdo. Havia uma dor constante que lhe molestava, a qual denominou “espinho na carne”, ou seja, aquilo que está no corpo e, quando se anda, entra nos tecidos e provoca dor. Daí o pedido e a resposta – II Coríntios, capítulo 12, versículos 7 a 9:
“E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto por três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.”
Um “caçador de graças” diria algo assim: “DEUS, isso não é justo. Faço tua vontade e o diabo vem me esbofetear na sua frente, e o SENHOR me diz que a sua graça me basta? Então de que adianta lhe servir se não estou ganhando nada, porque no mundo é assim, é relação de troca de interesses, e eu não estou ganhando nada”.
Essa é uma das razões porque “caçadores de graça” não entrarão no reino de DEUS. Porque no reino de DEUS quem manda é DEUS. Tudo é do jeito dele. Pode-se pedir? Sim, como um súdito pede ao um rei soberano.
A vantagem é que a vontade de DEUS é boa, perfeita e agradável, na exata vazão do apóstolo Paulo em Romanos, capítulo 12, versículo 2. Mas os “caçadores de graça” querem a “graça” do jeito deles e na hora deles. E se DEUS não providenciar, não lhes serve. São cegos, e não sabem que tropeçam nos próprios desejos, porque são senhores de si mesmos, governados por vontades que podem ser boas, mas não perfeitas, sem olvidar as más, que perfazem a imensa maioria do séqüito existencial humano.
Eles precisam de câmbio. Precisam ser salvos deles mesmos. O próximo texto tratará da história de três homens que foram lançados vivos na fogueira por amor ao DEUS de Israel e, com isso, mudaram o mundo em que viviam.
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