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R E L I G I Ã O
10
/ JUNHO / 2007

O CÂMBIO, PARTE III
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

            Nada enche mais as igrejas do que a perspectiva de receber alguma coisa, que poderia ser traduzido como um “lucro espiritual”. Se é para ganhar, “é de DEUS”; se é para perder, “é do diabo”. Se isso fosse verdade, como ficariam os mártires, os cerrados ao meio por amor a JESUS, os que tiveram os olhos vazados por se recusarem a negar JESUS?

            Caçadores de “graça” não gostam desse discurso porque envolve perda, e eles não vão às igrejas para perder. Milhares de pessoas procuraram JESUS e receberam curas, libertações de maldições malignas, de encostos satânicos, até entes queridos foram recebidos pela ressurreição de mortos. Mas quantos desses foram salvos? Na dicção de JESUS, pouquíssimos. Num determinado dia JESUS curou dez leprosos, nove judeus, que são herdeiros diretos das promessas dadas a Abraão, e um gentio que não é; este foi o único a voltar para agradecer, pelo que JESUS argüiu onde estavam os outros nove judeus? O enorme rodízio de pessoas que participam de campanhas esta aí para responder: “barriga cheia, pé na areia”, como diz o adágio maldito.

            O problema é que pessoas assim não nasceram de novo pelo poder do ESPÍRITO SANTO, não conheceram JESUS numa relação pessoal, mas conhecem a figura histórica de JESUS. Os que entram no reino de DEUS são os que têm intimidade com DEUS. Simpatizantes não entram. Herodes ouvia com boa vontade seu prisioneiro João Batista, mas não fez o que tinha de fazer - se arrepender - porque gostava de viver no “pecadinho gostoso” do adultério, até que sua amásia adúltera lhe armou situação em que teve de cortar a cabeça de João Batista a contragosto e em amargura de espírito, porque simpatizantes não entram no reino de DEUS, essa é a verdade. Não há espaço no reino de DEUS para simpatizantes da causa.

            Quem se deparou frente a frente com JESUS com o coração aberto e deixou o pecado para trás, inclusos aqueles de estimação, conclui que a única coisa que merece fazer é dar a vida por JESUS. É duro, mas é isso: esses são os salvos.

            O rei Nabucodonosor fez uma estátua monumental de ouro puro para que quanto se tocasse certos instrumentos todos se ajoelhassem e adorassem a imagem feita à semelhança de Nabucodonosor. DEUS revelara a Daniel algum tempo antes que, em termos de glória humana, dali em diante, nenhum reino seria maior que o de Nabucodonosor. Então se calcule o que era aquela imagem e a pressão para adorá-la. Havia uma fornalha gigantesca que fazia parte da adoração, reservada a receber quem não a adorasse.

            O homem natural não pode ver uma imagem que quer se ajoelhar, tanto faz hindus, budistas e algumas designações que se dizem cristãos, eles gostam dessa prática que é abominação a DEUS, condenada desde os dez mandamentos com Moisés até os últimos capítulos da Bíblia em Apocalipse.

            Então Nabucodonosor soube de três judeus que não haviam se ajoelhado diante da imagem, porque sabem que o DEUS ETERNO é invisível e jamais poderia ser representado por qualquer figura que seja e, que jamais poderiam adorar, venerar, e se ajoelhar perante qualquer um que não seja o todo poderoso, criador dos céus e da terra, o ALTÍSSIMO. O que mais impressiona não é terem escolhido a morte ao invés de adorar a imagem, mas o conteúdo da resposta que deram a Nabucodonosor – Daniel, capítulo 3, versículos 13 a 28:

“Furioso, Nabucodonosor mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. E assim que eles foram conduzidos à presença do rei, Nabucodonosor lhes disse: “É verdade, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que vocês não prestam culto aos meus deuses nem adoram a imagem de ouro que mandei erguer? Pois agora, quando vocês ouvirem o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da flauta dupla e de toda espécie de música, se vocês se dispuserem a prostrar–se em terra e a adorar a imagem que eu fiz, será melhor para vocês. Mas, se não a adorarem, serão imediatamente, atirados numa fornalha em chamas. E que deus poderá livrá-los das minhas mãos? Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: “Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das tuas mãos, ó rei. Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos teus deuses nem adorearemos a imagem de ouro que mandaste, erguer”. Nabucodonosor ficou tão furioso com Saadraque, Mesaque e Abede-Nego, que o seu semblante mudou. Deu ordens para que a fornalha fosse aquecida sete vezes mais que de costume e ordenou que alguns dos soldados mais fortes do seu exército amarrassem Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e os atirassem na fornalha em chamas. E os três homens, vestidos com seus mantos, calções, turbantes e outras roupas, foram amarrados e atirados na fornalha extraordinariamente quente. A ordem do rei era urgente e a fornalha estava tão quente que as chamas mataram os soldados que levaram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, e estes caíram amarrados dentro da fornalha em chamas. Mas logo depois o rei Nabucodonosor, alarmado, levantou-se e perguntou aos seus conselheiros: “Não foram três os homens amarrados que nos atiramos no fogo?” Eles, responderam : “Sim ó rei.” E o rei exclamou: “Olhem! Estou vendo quatro homens, desamarrados e ilesos, andando pelo fogo, e o quarto se parece com um filho dos deuses”. Então Nabucodonosor aproximou-se da entrada da fornalha em chamas e gritou: “Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saiam! Venham aqui!” E Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíram do fogo. Os sátrapas, os prefeitos, os governadores e os conselheiros do rei se ajuntaram em torno deles e comprovaram que o fogo não tinha ferido o corpo deles. Nem um só fio do cabelo tinha sido chamuscado, os seus mantos não estavam queimados, e não havia cheiro de fogo neles. Disse então Nabucodonosor: Louvado seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos! Eles confiaram nele, desafiaram a ordem do rei, preferindo abrir mão da sua vida a prestar culto e adorar a outro deus que não fosse o seu próprio Deus.”

            Sadraque, Mesaque e Abede-Nego estavam cientes de duas possibilidades: ou iriam morrer sentindo muita dor, ou haveria um milagre, e ambas hipóteses eram perfeitamente factíveis para DEUS, tanto que, a título de exemplo, Zacarias, o profeta foi, cerrado ao meio e todos os discípulos de JESUS experimentaram mortes terríveis. Mas nada disso lhes importava porque conheciam JESUS, o quarto homem que tinha a semelhança como que um dos filhos dos deuses, nos dizeres de Nabucodonosor, o qual diferenciou aqueles homens por preferiram abrir mão das próprias vidas a adorar outros deuses, que não o ALTÍSSIMO. Esse é o diferencial que realmente importa.

            JESUS disse que quem não o amasse mais do que respectivos pai, mãe, irmãos ou filhos não era digno dele JESUS; disse também que quem tentasse salvar a própria vida a perderia, ao passo que quem perdesse sua vida por amor a ELE a encontraria. Quem ama a si mesmo mais do que a JESUS, ou ama a família mais do que a JESUS, pode até buscá-lo quando algum ente querido estiver à beira da morte, recebendo uma “graça”, como Jairo e tantos caçadores de “graças” fazem nesse mundo afora, mas não experimentarão o novo nascimento pelo poder do ESPÍRITO SANTO DE DEUS, tornando-se novas criaturas.

            Quem encontrou JESUS, de coração para coração, olho no olho, não de mero conhecimento, de simples percepção histórica ou de admiração filosófica, esse tal sabe que a única coisa que merece é morrer por JESUS, e nem assim consegue retribuir o que DELE recebeu, porque nada se lhe pode acrescentar. E se nada pode lhe ser acrescentado, não há relação de troca; e se não há troca, há um amor que constrange, por isso tantos não amaram a própria vida diante DELE. Esse é o câmbio, esses são os salvos.                  

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