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N E G Ó C I O S    &    V E N D A S
01 / FEVEREIRO / 2007

OS DESAFIOS DA MOTIVAÇÃO
Por Maria Inês Felippe (*)

"O segredo da existência humana consiste não somente em viver, mas ainda encontrar o motivo para viver” Dostoievski

       A motivação ainda é um grande desafio para as empresas, e cada vez mais deve ser preocupação pois é o combustível que nos faz funcionar.

       Por meio da motivação há melhoria nos processos internos, dos produtos, envolvimento e comprometimento.

       Quando a empresa realiza pesquisa de satisfação, é visível que a produtividade aumenta, quando as pessoas são motivadas de forma particular, através do desenvolvimento de suas capacidades, do reconhecimento dos objetivos, das tarefas e de seu valor, tanto por parte da chefia como pelo grupo que pertence.

       Não esquecendo da recompensa através do seu salário, premiações, entre outras coisas etc.

       Hoje o valor do trabalho está passando por transformações e sofrendo uma quebra de seus paradigmas. Cada pessoa deve ser motivada de forma diferente, pois cada qual tem necessidades e emoções distintas. O homem é um ser insaciável, uma vez satisfeita uma necessidade, automaticamente surgirão outras, por isso, é importante que a empresa diversifique os benefícios, adequando-os de acordo com as necessidades dos funcionários.

       Muitos empresários acreditam que a motivação é obtida através de salários, além disso costumam dizer: “Aquele que não estiver contente, que vá buscar outra oportunidade melhor." Isso é muito perigoso para a empresa. Em uma dessas vezes, o funcionários sai, encontra e convida os demais criando a ciranda da desmotivação interna.

       Podemos dizer que o envolvimento e a motivação das pessoas com seu trabalho, tem diminuído com o passar dos tempos ou vêm sofrendo um pseudo aumento, principalmente, considerando o medo de perder o emprego ou realizando atividades por obrigação sem sentido.

       Antigamente, vivíamos num contexto diferente, onde as pessoas dedicavam-se de corpo e alma ao trabalho e estavam dispostos a encarar desafios. Com o passar do tempo, houve uma mudança. Um dos aspectos críticos da motivação é a redução ou o excesso na jornada de trabalho levando a uma saturação psicológica do trabalhador.

       Hoje o desafio do profissional de recursos humanos é motivar as pessoas a crescerem, juntamente com a organização. Caso isso não aconteça, o caos estará instalado.

       Não adianta somente oferecer panacéias de benefícios no final do ano, como churrascos, cestas de natal ou outros benefícios.

       Com esses recursos, o processo motivacional funcionará somente por um curto período.

       É preciso pensar no que o funcionário gostaria de ganhar e não o que você gostaria de dar.

       Nessa situação temos que ser flexíveis para mantermos competitivos, assim como os benefícios oferecidos pelas organizações. A motivação precisa ser encarada como forma de valorizar o funcionário, que deve se sentir parte integrante da empresa e não simplesmente um seguidor de regras.

       Outro dia estava almoçando com um cliente e na empresa estão com um programa de benefícios diferenciado - há um rol de benefícios obrigatórios e um outros optativos.
       No rol dos optativos está a bolsa de estudos. Questionei os motivos e assinalei o seguinte cuidado: Será que vocês não estão “matando” a competência, inteligência da organização colocando-o como optativo? Deverá ser incentivado o uso deste benefício.

       Para que a motivação funcione é preciso que o funcionário esteja, também, disposto a se motivar, vontade de trabalhar, principalmente que goste do que faz.

       O papel da empresa nesse processo é o de propiciar condições e incentivos. Neste momento devemos supor que as necessidades básicas, tais como moradia, alimentação, saúde, transporte, estão sendo supridos satisfatoriamente apesar de não garantirem a motivação somente, mas evitando apenas a insatisfação.

       Para garantir a motivação, é preciso outros estímulos, como integração social, valorização pessoal e profissional. Isso será possível através de treinamento que propicie seu desenvolvimento, a aquisição de novos desafios, possibilidade de criação de novos métodos de trabalho, serviços, produtos, etc.

       Cabe ressaltar que um fator importante é o relacionamento com os colegas de trabalho e chefia. O que percebemos, é que nem sempre os chefes ou líderes estão preparados para motivar sua equipe, haja visto o que presenciamos durante os treinamentos.

       Com pequeno investimento em treinamento determinadas atitudes podem ser modificadas, tanto por parte das chefias quanto da equipe de trabalho.

       Neste caso, os programas de incentivos poderão ser uma ferramenta poderosa da motivação, possibilitando a melhoria na produtividade, o aumento e o comprometimento dos colaboradores.

       Outro aspecto que se sobressai no ambiente organizacional é a competição. Ela dará bons resultados quando bem administrada.

       A formação de líderes e a estimulação da criatividade também são aspectos importantes para as organizações. Assim, é necessário dar liberdade para o funcionário criar novas formas de trabalho, produtos e serviços, proporcionando o comprometimento com a empresa.

       Quando as organizações negam a possibilidade de criar o resultado é o descomprometimento, desmotivação e o emburrecimento generalizado.

       Nos programas de treinamento que desenvolvemos, percebemos que há vários funcionários que gostam de desafios e são criativos, mas muitas vezes são desestimulados pela equipe de trabalho, chefias centralizadoras, etc.

       O medo de errar e da punição é predominante na maioria dos cenários das organizações. É importante lembrar que o indivíduo criativo é regido pela auto realização, está atento a tudo o que acontece. Além disso busca desafios, cria o novo, busca soluções criativas para os problemas, tornando-se motivante e auto motivador.

       O desafio ao uso da criatividade no trabalho leva à motivação, favorecendo a participação ativa. Quando se bloqueia a inteligência criativa há o desinteresse de participar, opinar e envolver-se mais.

       Motive por metas

(*) Maria Inês Felippe: Palestrante, Psicóloga, Especialista em Administração de Recursos Humanos e Mestre em Desenvolvimento do Potencial Criativo pela Universidade de Educação de Santiago de Compostela - Espanha. Palestrante e consultora em Recursos Humanos, Desenvolvimento Gerencial e de equipes, Avaliação de Potencial e competências. Treinamentos de Criatividade e Inovação nos Negócios. Palestrante em Congressos Nacionais e Internacionais de Criatividade e Inovação e Comportamento Humano nas empresas. Vice Presidente de Criatividade e Inovação da APARH.
www.mariainesfelippe.com.br
- e-mail: [email protected]

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