Área Cultural | Área Técnica |
Ciência
e Tecnologia
-
Colunistas
-
Cultura
e Lazer |
Aviação
Comercial -
Chat
-
Downloads
-
Economia |
Página Principal |
N
E G Ó
C I O
S &
V E N
D A S
0 1 / M A I O / 2 0 0 8
CRÔNICAS DE UM JOVEM VENDEDOR
Por Paulo
Araújo (*)
Sempre que perguntavam o que Fernandinho Ignácio Cardoso da Silva queria ser quando crescesse ele logo respondia: - Adulto, ué! Dããã! Aí o honorável questionador reformulava a pergunta: - Eu sei, engraçadinho, mas no que você sonha em trabalhar?
Ai ele completava: - Ah, bom. Eu quero ser lixeiro!
- Por quê? Retornava o honorável.
- Para poder andar de caminhão o dia inteiro!
Mas logo no início daquela quarta-feira nublada, ao sentar-se para o café, Fernandinho Ignácio foi logo disparando sem dó nem piedade: - Decidi! Quero ser vendedor quando crescer!
O seu pai Luizinho Washington ficou boquiaberto e com um ar de deboche respondeu:
- Você ouviu isso Nely Maria? Nosso filho quer ser vendedor!
- Deus me livre! Não quero um filho mal falado na família. Já pensou o que minha mãe irá dizer?
Fernandinho Ignácio explicou que por aqueles dias estava acontecendo a Semana das Profissões no colégio e a que mais lhe chamava a atenção era a de vendedor por causa das viagens e prêmios que o pai do seu amigo Zequinha Dirceu havia ganhado.
Luizinho Washington lhe disse que pra isso nem existia faculdade e que ele podia ser outra coisa. Ele sugeria e Fernandinho Ignácio respondia:
- Que tal médico? – Detesto sangue pai!
- Então político? – Não é feio ser mentiroso?
- Engenharia da Computação? – Pai, eu gosto de gente.
- Pai, mãe, vocês não estão entendendo. Eu quero ser VEN-DE-DOR!
Luizinho Washington como última alternativa e percebendo a gravidade da situação declarou:
- TUDO MENOS VENDEDOR! Já sei! Vou mandar benzer esse moleque.
- Benzer como?
- Benzer ora. Benzer benzendo!
A benzedeira disse que uma reza bem-feita tirava essa idéia maluca da cabeça do garoto. Sugeriu que benzessem o gurizinho por três dias seguidos sempre no mesmo horário e com a mesma cueca com dólar na estampa.
No último dia ao pegar o rebento, Nely Maria notou que a benzedeira ao se despedir de nosso herói tinha umas rifas na mão direita.
- Mas o que é isso na sua mão?
- Umas rifas que comprei de Fernandinho Ignácio. Tem cada conversa esse menino!
Nely Maria pensou, mas só pensou: - Ai Jesus!
Moral da história: estimule e aprimores sempre os dons. Sejam seus, dos seus filhos, colegas ou até da sogra. Vendedor de verdade não tem vergonha da profissão. E ponto final.
(*) Paulo Araújo,
palestrante
e escritor. Autor de “Seja Dono de Sua Própria Vida” (Editora Qualitymark),
entre outros livros.
Site:
www.pauloaraujo.com.br;
Tel (11) 4153 6008 – Alphaville – SP;
Tel (41)
3267 6761 / 9124 2873 – Curitiba - PR.
MATÉRIA AUTORIZADA
EXPRESSAMENTE POR SEU AUTOR
PROIBIDA A REPRODUÇÃO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA POR ESCRITO
OS DIREITOS AUTORAIS DESSE TEXTO ESTÃO RESERVADOS AO SEU AUTOR
Leia mais matérias sobre Atendimento & Vendas ==> CLIQUE AQUI
FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI