WALL STREET
- O DINHEIRO NUNCA DORME -
Jacob Jake Moore (Shia LaBeouf) é um novato
corretor da Bolsa de Valores norte-americana
que está namorando Winnie (Carey Mulligan) a
filha de Gordon Gekko (Michael Douglas).
Jake acredita que seu chefe Bretton James
(Josh Brolin) teve alguma
ligação
com a morte de seu mentor. Gekko decide
então ajudar o jovem Jake em seus planos de
vingança.
O filme, lançado no
Brasil em 24 de setembro de 2010, é
continuação do anterior, de 1987, dirigido
por Oliver Stone e onde Gekko acaba preso.
Esse filme é muito utilizado em cursos e
treinamentos nas bolsas de valores pois
reflete a atuação dos chamados "tubarões"
das bolsas - aqueles investidores que
possuem muito dinheiro e acabam por
manipular variações nos índices das ações,
comprando e vendendo em larga escala.
O drama de 2h13m é
legendado, possui classificação etária de 12
anos e também é dirigido por Oliver Stone.
Sugiro que todos assistam o primeiro filme
da série para uma perfeita compreensão da
trama, mas nada impede de que assistam
apenas esse (perfeitamente entendível).
COMER REZAR AMAR -
Alguns filmes já chegam com chancelas que
parecem garantir previamente o seu sucesso.
Baseado no best seller homônimo da
jornalista que entrou numa de chutar tudo
para o alto para se reencontrar durante uma
longa e descompromissada viagem, o longa
protagonizado por Julio
Roberts pode agradar uns e outros nem
tanto.
Repleto de sequências incríveis em locações
na Itália, Índia e Bali, acompanhadas da
trilha eclética de Fleetwood Mac, Neil
Young, Kool & The Gang, Tom Jobim, João e
Bebel Gilberto, o elenco conta ainda com
James Franco, Richard Jenkins e o
novo objeto de desejo feminino
Javier Bardem. Mas nem só de bons
temperos se faz um bom prato. É preciso
saber usá-los.
Enquanto o livro proporciona para os
leitores a possibilidade de “viajar” nas
suas páginas, o filme traduz boa parte delas
e, embora com interpretações corretas, não
consegue passar a provável emoção que a
autora deve ter sentido na pele.
O roteiro até
costura bem as transições do personagem, mas
a edição irregular não colabora. E destrói,
por exemplo, dois belos momentos (o flerte
no bar com o personagem de Franco e as
carícias com o de Bardem) com cortes secos,
quebrando todo o encantamento da cena,
importante para pontuar "a entrega" de
Elisabeth.
Assim, o melhor deste filme morninho, além
das imagens, está na presença constante do
bom humor que tira sarro de Phill Collins e
Air Supply, do gestual e os palavrões
italianos, e cita até o mestre Yoda, de
Guerra nas Estrelas.
Resumindo: o filme é um caso de
sentar, assistir e, talvez, gostar.
Por:
Fernando Toscano (foto) e Roberto Cunha.