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M O T I V A Ç Ã O   &   E M P R E E N D E D O R I S M O
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Dra. DENISE AMARALPRECISAMOS DE UM MILAGRE
Por Denise Amaral (*)

            Durante o lançamento de um livro, diante de uma grande platéia, uma pessoa perguntou: para você, o que é o amor?

            Muitos se adiantaram para responder, e, curioso, cada um tinha uma idéia completamente distinta do que é o amor. Para um tinha a ver com Deus, para outro com o seu trabalho, romance para outro mais... 

            Voltei para casa meditando, e a idéia de descobrir como definir o amor de uma forma abrangente e satisfatória não me saiu da cabeça. Muitas são as formas de amar que nos movem, que influenciam nossas decisões e marcam nossa vida. Por amor fazemos, por amor deixamos de fazer, gritamos ou nos calamos, nos afastamos ou nos aproximamos. Por amor sorrimos, e por amor choramos.

            E a cada fase de nossas vidas, vamos conhecendo e experimentando novas formas de amor. O amor pelos pais e pelos irmãos, pela professora e pelos amigos, pelo primeiro namorado, pela primeira grande paixão, o amor que leva ao casamento, o amor pelos filhos, o amor pelo trabalho. E durante todo este movimento, nosso coração vai aumentando de tamanho para abraçar cada nova emoção, cada novo sentimento.

            O amor é a alma do mundo – aquela que permanece mesmo depois de uma grande destruição. O amor permite que as pessoas se reergam de suas quedas, aprendam com os seus erros, reformem sua conduta e sigam adiante, com segurança suficiente para levar alguém mais ao seu lado. O amor dá forças desconhecidas e inspirações milagrosas, capazes de mover o mundo se for preciso, redirecionar um destino se o futuro estiver ameaçado.

            Apesar de vivermos e alimentarmos nosso amor durante todo o ano, é na época das festas que as pessoas  sentem que devem demonstrá-lo com gestos e obras mais aparentes. Compram um presente, enviam uma mensagem, preparam alguma surpresa, ou simplesmente sorriem e abraçam com mais freqüência. Mas deveríamos transformar  todos os meses em tempo de celebração – e não apenas o mês de dezembro. Temos muitas razões para celebrar, e as deixamos em segundo ou terceiro plano, ocupados que estamos em cumprir um número estonteante de obrigações em um pequeno período de tempo. Corremos contra o relógio, enfrentamos um trânsito insano, administramos as falhas de nosso país, driblamos a violência na medida do possível, lidamos com muitas frustrações e uma dose considerável de sofrimento, e convivemos com um nível de stress nada razoável. Mas se observarmos bem, em algum momento de tranqüilidade, seremos capazes de contar inúmeras graças!

            E quanto mais atenção nós dermos para as coisas boas de nossa vida, melhor nos sentiremos. Pois cada maravilha é infinita em si mesma, e não faltarão razões para sorrirmos. E, claro, quanto mais nós sorrirmos, mais fácil será carregar o peso de cada dia – estaremos mais dispostos, mais animados, mais felizes! E quando estamos felizes, tudo parece melhor.

            Nós estamos cercados de energia, e algumas vezes ela é tão forte que nós a sentimos ao nosso redor como se fosse concreta – pode ser uma energia boa, com quando entramos em algum lugar muito tranqüilo e cheio de paz, ou pode ser uma energia negativa, como quando um ato violento acontece, envolvendo a muitos e deixando todos muito apreensivos ou com medo. Ou pode ser simplesmente uma grande energia de expectativa, como durante a copa do mundo, nos dias de jogo do Brasil. De qualquer forma, sentimos que há alguma coisa no ar, e mesmo que não a vejamos ou não possamos tocá-la, sabemos que ela está ali, no meio das pessoas, exercendo sobre todos sua forte influência.

            Essa mesma energia, quando não é coletiva, existe em cada um de nós, e pode ser boa ou ruim, de acordo com aquilo que estamos sentindo, o momento que estamos passando, os problemas que estamos enfrentando... Algumas pessoas fazem com que os outros se sintam bem ao seu lado, leves, descontraídos. Outras fazem com que todos se sintam tensos em sua presença, como se esperassem que a qualquer momento uma bomba fosse explodir. Terrível! Quando nos aproximamos de pessoas assim todo o nosso corpo se ressente, dá um aperto no peito, um frio na barriga, e nosso corpo entra no modo “pânico” diante de uma ameaça que sequer existe de fato – ele está apenas respondendo a uma intensa sensação ruim.

            Devemos tentar, todos nós, ser aquele tipo de pessoa que colabora para que o ar fique mais leve, para que a luz seja mais clara, para que o dia seja mais agradável, e para que os problemas não pareçam sem solução. Aquele tipo de pessoa que inspira sorrisos e bons pensamentos. Que empresta coragem e otimismo, alegria e bom humor. Energia intensa e positiva, que equilibra e acalma sem palavras. Que organiza sensações confusas e aplaca pensamentos ruins com a força pura de sua presença. E uma técnica que ajuda bastante é tentar imaginar que este é o melhor momento para demonstrarmos nosso amor a todos, como se fosse Natal. Temos sempre o que celebrar – todo dia, de alguma forma, é um dia especial! Pois estamos vivos, e as pessoas que amamos ainda estão ao alcance de nossos braços, ainda podem ouvir nossas palavras e ainda podemos ver o seu sorriso. Se tivermos algo de que pedir desculpas, ainda podemos ouvir, de fato, o seu perdão, e olhar em seus olhos, e sentir que realmente se reaproximaram de nós. Celebrar hoje o que temos hoje! Nenhum de nós pode garantir o dia de amanhã.

            Às vezes me pergunto o que há conosco, que perdemos tempo em alimentar ressentimentos, em desenterrar mágoas passadas, em sofrer porque alguém fez ou disse algo que nos desagradou, quando tudo isso nos faz um mal imenso! Qualquer sentimento ruim é como um peso enorme que temos que carregar para onde formos, que nos acompanha e nos atrapalha e nos cansa e nos irrita, porque nos consome e nos enfraquece, grita em nossos ouvidos e turva a nossa visão. Quando nos decidimos por jogar fora este peso todo, nos sentimos mais dispostos, mais alegres, e tudo o que há de bom dentro de nós parece explodir com toda a força de um milagre que ficou preso tempo demais.

            Olhe ao seu redor. O mundo não pode ficar sem você! Ele precisa da sua colaboração valiosa, todos os dias, para que permanece um lugar bom para se viver! Se algum manto negro impede que você brilhe, livre-se dele! E sinta como é bom ser o estopim de um milagre!

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 400 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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