Descuidadamente
pus-me a espairecer
buscando não sei o quê. Você?
Não sei. Talvez!
Porém o seu dia havia chegado
e tudo que poderias ter feito
para a festa da tua vida,
culminava neste momento único.
Havia chegado a sua vez de me ver,
de me entender, perceber minhas paixões,
o grito da minha alma, o rumorejar do meu coração,
a minha sede de afeto, o meu indefinível amor,
a minha essência, minha demência,
minha insanidade e a felicidade
que me trouxestes quando andava eu
em desalento.
Que espero agora que sei que existes,
que conheço teu riso,
o tom de tua voz,
trechos dos teus sentimentos,
a tua substância ainda intocada,
o teu feitio que me atrai e alucina;
os teus fios revoltos e indiferentes´
ao meu langor...
ou quando bem intentas
te tornas este ser pródigo e envolvente.
Penso numa aventura a ser vivida
Nestas paragens ou além-mar:
Curta, longa, infinita, porém
o que importa?
o que me basta tenho:
teu refúgio e acolhimento.
No desvelo do teu querer
aquieto-me sem memórias,
temor nem promessas,
vivendo a cada dia o seu bem,
para todo o sempre.
Sempre ou apenas hoje. Amém. |
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