Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal

B U S I N E S S    &     L I F E     C O A C H I N G
C O L U N A S     D E     2 0 1 2
1 6  /  A B R I L
 

Vocês falam a mesma língua?
Por Denise Amaral (*)

Já presenciei batalhas verbais acirradas, e o que é pior, entre pessoas que estão do mesmo lado!

Começam falando a mesma coisa, só que de formas diferentes, e acabam envolvidos em um combate violento que cria uma animosidade terrível, e nunca chegam a um acordo. Claro, pois estão debatendo com os mesmo argumentos, e simplesmente o nível de nervosismo sobe tanto que tira a clareza de seu raciocínio e eles não conseguem perceber.

Nestas horas, seria bom ter alguém por perto. Se abandonadas à sua própria vontade, pessoas que iniciam este tipo de discussão nunca chegam a uma conclusão – o que acontece é que desistem, por pura exaustão ou frustração. Não que estejam satisfeitos – apenas abandonam o assunto por perceberem que é uma batalha sem fim, e sem vencedores. Na mente de cada um, a certeza de estar certo enquanto o outro está errado. Na realidade, duas pessoas que deveriam estar unindo seus esforços por um objetivo comum, mas estão acorrentadas por um problema prático de comunicação.

Se o assunto é sério, o mais prudente é que seja discutido na presença de um mediador. Alguém que conheça não apenas as pessoas envolvidas, mas que tenha alguma ideia do objetivo que se quer alcançar. Alguém cuja opinião seja respeitada – ou será mais um a ser atingido por tiros perdidos, sem que se chegue, novamente, a um acordo.

Um mediador pode ser muito útil para evitar grandes desentendimentos, pois coloca os comentários na devida perspectiva, esclarece pontos que um explica e o outro não compreende, indica o caminho que os argumentos devem seguir e “traduz” certas construções verbais mais complexas para que o outro perceba que ambos estão falando sobre a mesma coisa, apesar de utilizarem termos ou razões diferentes. A presença de um terceiro desvinculado do assunto a ser discutido também faz com que as pessoas controlem um pouco mais suas reações e com que procurem manter a calma, mesmo que lhes custe. Também as intervenções ajudam a baixar o nível de tensão quando este começa a ficar muito elevado, colocando em risco o respeito mútuo e a possibilidade de uma conclusão construtiva para aquela discussão.

Com a prática, vamos  percebendo que o melhor mesmo é evitar conflitos.

E aqui também a presença de um mediador é muito útil, ao menos no início, para que a equipe aprenda a se relacionar de forma positiva. Diferenças podem existir – e são saudáveis para a empresa, pois normalmente estimulam a criatividade e geram mudanças que fazem bem para os negócios – mas devem ser trabalhadas sempre com muito respeito. A opinião de um pode ser melhor, mas a de outro pode ser igualmente boa, e talvez até mais adequada em determinados casos concretos. É preciso ouvir, e pensar, antes de reagir e condenar (às vezes até ridicularizar...).

Se cada membro da equipe aprende a ouvir a posição dos demais, e se força a escutar opiniões diferentes, todos vão desenvolver um grande talento: o interesse genuíno pelas várias faces de um mesmo problema. Irão perceber que a troca de ideias é sempre construtiva, pois a visão de um pode iluminar aspectos que para o outro estavam em uma região escura da questão, trazendo assim novas formas de analisar o problema, e aumentando as chances de encontrar uma boa solução.

Confrontos podem ser evitados, conflitos podem ser minimizados. Um bom relacionamento dentro da empresa é positivo para todos, e para cada um. Ninguém gosta de ir todos os dias para um lugar onde os relacionamentos são tensos e cada palavra é como uma bomba prestes a explodir. A ansiedade consome as pessoas, impedindo que sejam tão criativas quanto poderiam. O medo de provocar uma reação negativa faz com que não aventurem novas ideias ou sugestões que podem ser extremamente importantes e benéficas para a empresa. Um ambiente de trabalho tranquilo e ao mesmo tempo estimulante permite que os profissionais se aperfeiçoem e que busquem resultados sempre melhores. Um cresce, todos crescem. Uma empresa é uma equipe trabalhando e produzindo com um objetivo comum, o interesse de um é o interesse de todos, e o sucesso de todos é o sucesso da cada um.

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade e membro da CCF – Certified Coaches Federation.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 450 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

A PROPRIEDADE INTELECTUAL É DA COLUNISTA
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A SUA AUTORA E AO PORTAL BRASIL®


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI