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B U S I N E S S    &     L I F E     C O A C H I N G
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Para motivar...
Por Denise Amaral (*)
 

Primeira regra: para motivar, é preciso estar motivado!

O problema das pessoas desmotivadas é que elas não conseguem enxergar através de seu desânimo ou de seus problemas, uma névoa tão densa que pode mesmo dar a sensação de que estão sozinhos em algum lugar ermo e distante, sem ninguém ao seu lado, e sem qualquer perspectiva de chegar a algum lugar onde haja vida, cor, música e alegria. É como estar perdido em algum ponto do planeta, longe da civilização, muitas vezes sem água, sem comida, e sem esperança de chegar vivo em algum lugar habitado.

Fases obscuras da vida como essas me fazem lembrar os sobreviventes do acidente aéreo ocorridos nos Andes, em 1972. Os passageiros uruguaios que sobreviveram à queda do avião ficaram presos na neve por 72 dias. Dois dos sobreviventes, Nando Parrado e Roberto Canessa, caminharam dez dias na cordilheira para buscar ajuda. Os que permaneceram abrigados pela fuselagem do avião ficaram esperando, sem notícias, sem comunicação, sem saber se os amigos chegariam vivos em algum lugar habitado, ou se alguém conseguiria encontrar os destroços do avião ainda a tempo de resgatá-los.

Nando e Roberto finalmente encontraram o vaqueiro chileno Sérgio Catalán, e ele acionou o resgate dos outros dezesseis jovens, que sobreviveram para contar.

Às vezes, por força das circunstâncias da vida, nos sentimos assim – perdidos, isolados, invisíveis, sem esperança de sobreviver às dificuldades ou ao sofrimento que nos envolve e parece nos sufocar. Sozinhos, só o que conseguimos é nos entregar ao desânimo e afundar cada vez mais.

Nestes momentos, precisamos de alguém que venha em nosso socorro. Alguém que esteja do lado de fora da parede de névoa que nos envolve, e que consiga enxergar claramente toda a vida e todas as oportunidades que fervilham ao nosso redor. E que possa enfiar seu braço através da neblina e nos arrancar de nosso doloroso isolamento, ou que tenha a força de atravessar a barreira que nos separa da realidade para nos mostrar que a vida segue seu rumo, cheia de possibilidades, e muito perto de nós. Precisamos apenas reunir nossas forças, recuperar um pouco do ânimo perdido, aceitar o desafio da caminhada, e confiar – principalmente confiar.

Talvez precisemos andar alguns dias pela neve, talvez algumas semanas sob o sol escaldante, talvez tenhamos que superar o medo de olhar ao nosso redor e ver apenas mata fechada, muito fechada, ou talvez tenhamos que atravessar um túnel escuro, que não permite vislumbrar um vestígio de luz sequer. Mas se temos ao nosso lado alguém em quem confiamos, podemos contar com o conforto de saber que a caminhada é possível, e que o futuro tem um lugar guardado para nós.

Motivar é fazer com que outras pessoas consigam enxergar aquilo que nós já vemos com muita clareza – e para tanto precisamos ter a sensibilidade de perceber que nem todos têm a mesma capacidade que nós.

Alguns olham para a vida como uma ameaça, outros a enxergam como um oceano de oportunidades. Alguns são grandes navegadores, enquanto outros sequer aprenderam a nadar. Não podemos simplesmente dizer para alguém que tem pavor do mar que ele tem que mergulhar. Precisamos fazer com que se acostume com a água, vença o seu medo aos poucos, confie em nós a ponto de se arriscar.

Para motivar é preciso estar motivado. Convencer o outro pressupõe que nós mesmos estejamos já plenamente convencidos. É a segurança e a energia do líder que fazem com que multidões o sigam sem pestanejar. Nossa energia tem que ser forte o suficiente para dissipar a névoa que os envolve, tomando completamente o seu lugar. Felicidade e otimismo são forças contagiantes, e se espalham depressa, como as ondas provocadas por uma pedrinha que atiramos na água.

As pessoas têm a tendência natural de se aproximar daqueles cujas qualidades admiram e uma grande qualidade, muitíssimo admirada, é a de saber ver o que há de bom por trás de cada obstáculo, e conseguir mostrar àqueles que estão um pouco afastados, e não conseguem enxergar muito bem, que existe uma trilha que os levará, com certeza, exatamente onde eles desejam chegar.

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade e membro da CCF – Certified Coaches Federation.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 450 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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