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B U S I N E S S    &     L I F E     C O A C H I N G
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Ensinando e aprendendo
Por Denise Amaral (*)
 

Tudo o que aprendi em minha vida eu aprimorei e aprofundei para poder ensinar aos outros. Tive a oportunidade de educar meus filhos, e a felicidade de poder fazê-lo pessoalmente por muitos anos, e hoje colho com orgulho e alegria os frutos abundantes deste trabalho. São todos muito bem preparados, bem sucedidos em suas atividades, e transitam com grande tranquilidade e segurança em qualquer ambiente social. E não é só isso – hoje me ensinam coisas que aprenderam com suas próprias experiências, e me ajudaram a descobrir um mundo ainda maior do que aquele em que cresceram.

Um deles, por exemplo, é militar. Uma área com a qual tive pouco contato. Meu marido é oficial da reserva, mas quando esteve servindo éramos jovens e nem estávamos casados ainda. Meu contato com o protocolo militar foi breve e bastante superficial. Hoje já é diferente. As oportunidades são mais frequentes e maiores as exigências, e não quero embaraçar meu filho de jeito nenhum! Tive que aprender coisas novas, muito interessantes, e fiquei encantada com a beleza da etiqueta militar – conservadora, elegante, e repleta de significado.

Quando ocupamos uma posição elevada em qualquer sistema hierárquico, temos a tendência de achar que sabemos tudo e que os outros só têm a aprender conosco. Nossos anos de experiência soam aos nossos ouvidos como hino ao conhecimento absoluto, e podemos deixar escapar grandes oportunidades de aprender e crescer um pouco mais.

Aos jovens pode faltar experiência de vida, anos “de janela”, a percepção intuitiva que vamos adquirindo com o passar dos anos, mas eles têm uma forma diferente de analisar o mundo e processar as informações que recebem que pode ser bastante interessante. Aproximam-se dos problemas por um lado diferente do que aquele a que estamos habituados, e essa perspectiva pode expor uma face nova e esclarecedora dos fatos e das circunstâncias. Um professor pode ter muito conhecimento, mas os alunos são capazes de apresentar maneiras totalmente inesperadas e eficientes de resolver uma questão antiga.

A mente não tem idade, nem limite de desenvolvimento. Quanto mais abertos estivermos para as informações novas mais poderemos descobrir por nós mesmos e mais poderemos avançar. O conhecimento de um não exclui o conhecimento do outro, mas se completam, e juntos dão formas inusitadas aos dados e aos elementos.

A criação não para, e não é exclusiva de jovens ou de pessoas mais experientes, portanto é imprescindível abrir os olhos e os ouvidos para o novo. O orgulho de saber tudo mascara a verdade de que sabemos muito pouco, e o mundo se mantém em movimento e aprimoramento contínuos. Educar não se limita a passar ideias. Nós as compartilhamos, analisamos, e quase sempre descobrimos formas novas e melhores de enfrentar situações e de resolver problemas – com um ar de progresso e um jeito atraente de modernidade.

Aprender mais implica em poder ensinar mais, sem as amarras e limitações de costumes ultrapassados e modelos antigos. As bases continuam as mesmas – as virtudes, a ética, a busca do certo e do belo através da honestidade, da lealdade, da justiça. Mas podemos construir sobre elas com linhas mais arrojadas, criando espaços onde as pessoas possam viver e criar com mais conforto e tranquilidade.

Grandes alunos tornam-se grandes professores, e todos compartilhamos o ideal de trabalhar por um mundo melhor, mais justo, e com oportunidades de realização e superação para todos.

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade e membro da CCF – Certified Coaches Federation.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 450 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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