Tempo para pensar, por Denise Rodrigues do Amaral, colunista de Business & Life Coaching no www.portalbrasil.net

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B U S I N E S S    &     L I F E     C O A C H I N G
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Tempo para pensar
Por Denise Amaral (*)
 

Vamos vivendo em ritmo acelerado, resolvendo os problemas que surgem, consertando o que quebra, pagando as contas... O dia termina e mal conseguimos pensar naquilo que realizamos, pois já começamos a rever a lista do que temos para fazer no dia seguinte. As prioridades se confundem - ou melhor, "nos" confundem, e turvam um pouco a visão que deveríamos ter sobre o que é realmente importante. Mal temos tempo de fazer tudo o que é necessário, como então vamos parar para pensar antes de tomar uma decisão? Simplesmente escolhemos, muitas vezes fortemente influenciados por nosso ego ou por nossa visão particular do mundo, e vamos seguindo em frente. Esses passos atabalhoados, apesar de largos e muito rápidos, nem sempre são seguros, pois há coisas e pessoas ao longo do caminho dos quais temos que desviar para não deixarmos uma trilha de destruição por onde passamos.

Há pessoas que são extremamente eficientes, extremamente competentes, mas absurdamente despreocupadas com o mundo que as cerca, e com as consequências de seus atos sobre a vida dos outros.

Seriam pessoas extraordinárias se vivessem sozinhas, mas como precisam compartilhar tempo e espaço com os demais, tornam- se máquinas potentes, mas destrutivas. O que são capazes de construir com rapidez e competência conseguem também destruir pela forma como tratam aqueles que os rodeiam.

E se alguém os confronta sobre seus métodos, provavelmente vão se admirar por tamanha ousadia.

Produzir é bom, desde que implique em verdadeiro crescimento. Conquistar é bom, desde que signifique crescimento real e positivo. Metas devem ser realistas, considerando quantidade e qualidade. De que adianta um médico atender um paciente a cada cinco minutos, e mal ouvir o que ele tem a dizer, buscando apenas os sinais mais básicos para identificar um padrão de problema, fazer um diagnóstico também padrão, e indicar um tratamento que pode ser não apenas errado, como também perigoso?

Conhecimento, técnicas, especializações de nada valem se não forem aplicados da forma correta e no momento adequado. Um medicamento poderoso e eficaz se transforma em veneno quando utilizado fora de sua indicação correta. O que salva a vida de uns destrói a vida de outros. 

Mas não é sempre que as pessoas percebem que estão agindo de forma errada. A grande maioria é movida por boas intenções, e acredita que os fins justificam os meios. Ou simplesmente entram em ação automaticamente, respondendo a estímulos básicos, sem focalizar detalhes nem considerar possíveis - e mesmo prováveis - efeitos colaterais.

A eficiência e o profissionalismo levam em consideração não apenas a forma, como também o conteúdo e as suas repercussões. Considera sua meta sem se descuidar das etapas necessárias para alcançá-la, nem das pessoas envolvidas no processo. 

Perceber isso, no entanto, requer tempo para pensar. Um tempo que quase ninguém encontra por conta própria, pois sempre existe uma prioridade que parece ser maior. Mas é essencial que cada um de nós dedique um pouco de tempo para assumir o papel de observador. Abandonar por alguns momentos a urgência que nos domina e nos leva a agir, e simplesmente olhar o que temos feito, a forma como temos feito, e as marcas que estamos deixando ao nosso redor. Quanto mais formos capazes de nos afastar, mais claramente veremos o alcance de nossos atos, e o efeito multiplicador de cada uma de nossas decisões. Quanto mais afastados de nós mesmos, mais próximos chegaremos de nossa essência e da verdadeira compreensão do nosso papel que desempenhamos na história.

Não podemos existir, simplesmente. Temos que criar. Não podemos agir, simplesmente. Temos que amar. Não podemos agir, simplesmente, temos que ponderar.

O tempo deve ser nosso aliado, e não o nosso algoz. 

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade e membro da CCF – Certified Coaches Federation.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 450 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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