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B U S I N E S S    &     L I F E     C O A C H I N G
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Os profissionais excelentes, e os outros
Por Denise Amaral (*)

Há muitas pessoas que gostam realmente do que fazem, e conseguem enxergar o valor e o alcance de seu trabalho. Sabem que atingem a vida de outras pessoas, e que suas decisões têm repercussões que vão muito além deles mesmos. E exatamente por isso levam muito a sério a sua atividade, pois compreendem claramente o seu alcance. Não estamos sozinhos no mundo, nem isolados na sociedade, e nossas ações têm desdobramentos que não enxergamos, mas que sabemos existir. E quanto mais alta nossa posição, maior nossa responsabilidade, pois mais pessoas serão afetadas por nossas ações, e de maneira mais profunda.

Aqueles que não levam seu trabalho a sério estão desrespeitando todas as pessoas que, de alguma forma, estão ligadas a ele. E podem estar fazendo um mal profundo, pois são elos fracos em uma corrente de eventos que se estende e, lá na frente, podem gerar perdas incomensuráveis.

O que os olhos não veem, o coração não sente – mas a inteligência pode muito bem imaginar e a responsabilidade pode com certeza antecipar. Não é porque não vemos uma pessoa sofrer ou ser prejudicada por algo que fizemos ou deixamos de fazer que a nossa culpa vai diminuir ou mesmo desaparecer. Somos responsáveis, sim, por nossos atos e suas consequências, e devemos pensar nisso antes de tomar decisões.

Reações automáticas ou carregadas por emoções negativas devem ser identificadas e contidas.  Nossos problemas pessoais não são razão justa para que criemos problemas para outras pessoas. Se estivermos nervosos ou preocupados, não podemos simplesmente descarregar esse peso na primeira pessoa que encontrarmos. Se tivermos inseguranças ou problemas de autoestima, devemos trabalha-los para que nos tornemos pessoas melhores. Não podemos simplesmente tentar rebaixar os outros para que nossa posição não nos pareça tão inferior assim. Se há pessoas acima de nós e isso nos incomoda, nosso esforço e energia devem ser aplicados em nosso próprio aprimoramento. Se alguém se veste ou se porta melhor do que nós, devemos aprender com ele, e superá-lo – não humilhá-lo em uma busca mesquinha de nos sentirmos um pouco melhor. Se alguém é mais bem sucedido do que nós, devemos estudar mais, trabalhar mais e nos dedicar mais – e assim chegar a uma posição em que nos sintamos confortáveis.

O ser humano cresce através da criatividade, não da competição. Temos que conquistar nosso próprio espaço, e não lutar para ocupar o espaço que já é de outro. Ainda há muito para ser criado, muito a ser descoberto, o universo é uma fonte inesgotável de possibilidades, e precisa apenas de pessoas com boas ideias e vontade de trabalhar para torna-las realidade. Temos que utilizar nossos talentos para o bem, e direcionar nossa atividade para o futuro. Se cruzarmos com pessoas que, por qualquer razão, nos incomodam, devemos ser os primeiros a dar um exemplo melhor de conduta. Se nos depararmos com pessoas que fazem com que nossos defeitos ou falhas se manifestem mais claramente, devemos aproveitar a oportunidade e sana-los. Se uma linda borboleta aparece e faz com que você se sinta uma lagarta, não perca tempo criticando suas cores ou denegrindo a sua capacidade de voar – dedique-se firmemente a passar por sua própria transformação. E quando você também se tornar uma linda borboleta, os outros não lhe incomodarão mais. Ao contrário, vocês serão companheiros em outro patamar de sua vida, e portas se abrirão para novas e melhores oportunidades.

Vencer respostas automáticas – gatilhos emocionais que disparam imediatamente em face de estímulos que nosso subconsciente teme, rejeita ou simplesmente não gosta – é o primeiro passo rumo ao controle de nosso destino. Podemos ser tudo aquilo que desejamos ser se aprendermos a não cair nas armadilhas da emoção incontrolada. A mente consciente deve evitar as injustiças que cometem as nossas reações inconscientes. O que deve reger nossos atos concretos é a razão, e não os traumas e inseguranças que povoam nosso universo particular.

Devemos ser luz para o mundo, inspirando o crescimento e iluminando a vida de quem caminha ao nosso lado. Quanto mais brilharem os outros, mais claro será o nosso próprio caminho. Quanto mais árvores plantarmos, mais frutos colheremos. Quanto mais ensinarmos, mais ajuda encontraremos para nossos próprios projetos. Quanto mais sucesso estimularmos, maiores oportunidades surgirão para o nosso próprio sucesso. Pois uma boa ideia leva a outra, e a outra, e assim todos crescem, trabalhando juntos e repartindo os benefícios das grandes descobertas.

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade e membro da CCF – Certified Coaches Federation.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 450 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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