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B U S I N E S S    &     L I F E     C O A C H I N G
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Ferramentas da felicidade
Por Denise Amaral (*)

O que realmente importa não são as coisas que temos, mas a forma como as utilizamos. Não aquilo que fazemos, mas a razão pela qual escolhemos fazer assim. O sentido das coisas não está nelas mesmas, mas no papel que elas exercem no ambiente em que estão.

O dinheiro que juntamos não traz felicidade – a realização está naquilo que construímos com estes recursos, o bem que fazemos, as pessoas que ajudamos. Uma casa arrumada apenas para ser perfeita não tem sentido. Ela deve estar em ordem para poder ser um lar, aprazível para as pessoas que vivem ali. Uma empresa deve ser organizada, limpa e bem equipada para tornar agradável e produtivo o ambiente de trabalho.

Vivemos em uma sociedade, fazemos parte de uma intrincada rede de relacionamentos e influências, e cada atitude nossa tem repercussões na vida de outras pessoas também. O que ensinamos para um filho vai repercutir, positiva ou negativamente, na educação que ele dará aos seus próprios filhos, o que por sua vez influenciará o que eles ensinarão aos filhos deles, e consequentemente vai determinar a forma como estes reagirão aos estímulos, as decisões que vão tomar e como se relacionarão com os demais – familiares, amigos, pessoas em seu trabalho. As marcas que fazemos hoje estarão presentes e atuantes no futuro, mesmo que nós mesmos já não estejamos mais aqui.

Compreender o alcance do poder que temos com nosso exemplo e com nossas palavras é essencial para que possamos construir a nossa felicidade – e também  colaborar para a felicidade daqueles que amamos, e cujo bem estar é importante para nós.

Devemos construir palácios que possam abrigar muitas gerações. Grandes e sólidas estruturas de amor e de respeito, de honestidade e de lealdade. Devemos ensinar ao mundo, através das atitudes e posições que tomamos, lições que perdurarão pelas gerações.

As conquistas que fazemos para nós somente são vazias e não trazem satisfação real e duradoura – talvez um prazer efêmero que afaga rapidamente o ego e depois se dissipa, deixando em seu lugar um grande vazio e um gosto amargo de frustração.

Estudar é importante pois leva a grandes descobertas capazes de marcar a vida da pessoas e definir os novos rumos da história, mas aquele que acumula conhecimentos apenas para si mesmo, sem utiliza-los em benefício de outros, não é um intelectual – é apenas um ser solitário e profundamente infeliz. Satisfaz seu ego e alimenta sua arrogância intelectual sem contribuir em nada para o desenvolvimento da humanidade.

Aqueles que enriquecem apenas para acumular riquezas não são os verdadeiros milionários, mas pessoas que acabam por sucumbir sob o peso de suas posses.

Aqueles que se apegam à forma sem dar qualquer atenção ao conteúdo se transformam em escravos da aparência, e vão corroendo de dentro para fora todas as suas chances de alcançar a verdadeira felicidade.

Ao alcance de cada um de nós estão todas as ferramentas necessárias para ajustar as peças, corrigir defeitos, e transformar a nossa vida em uma máquina perfeitamente capaz de realizar sonhos e colecionar conquistas. Mas devemos aprender a utilizá-las da maneira certa. Para que alcancemos a felicidade, e para que ela seja tão abundante que permeie a vida de todos aqueles que nos rodeiam.

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade e membro da CCF – Certified Coaches Federation.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 450 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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