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Vencendo a ofensa
Por Pastor Hélder Rodrigues
A vida é feita de relacionamentos. Sem eles não faz sentido viver, pois somos seres sociais e relacionais. O cristianismo ensina a máxima: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. O próprio Deus é relacional, Jesus se encarnou para ter uma convivência íntima com seu povo, o Emanuel habitou entre nós.
Em nossos relacionamentos com o próximo são comuns diferenças, divergências e até mesmo ofensas, por isso, saber lidar com elas é fundamental para ter um coração livre e aberto para amar e ser amado.
Os
que caem na armadilha da ofensa ficam presos no cativeiro do diabo e neste
calabouço só há amargura e tristeza na alma. Na tentativa de sair da prisão o
senso de justiça aflora, o julgamento está na ponta da língua, a pessoa anseia a
retribuição, a condenação, a vingança. Entretanto, o ofendido não percebe que
esta não é a porta de saída, é apenas paliativo nesse labirinto sem fim. O que
realmente destranca os ferrolhos dessa prisão é o perdão.
Caso o ofendido não se aproprie da chave do perdão, sendo a parte mais forte,
ele iniciará seu ataque descabido e desproporcional, mas, se a for a parte mais
frágil, a tendência é fugir. Tanto uma situação quanto a outra não produz a
libertação, apenas agrava o problema e fere ainda mais o coração.
Diante da dor deixamos que a decepção fale mais alto do que a graça. Esquecemos
o quanto Jesus sofreu para nos perdoar. Não levamos em conta que recebemos de
graça o perdão dos nossos pecados e é assim que deveríamos agir com quem nos
feriu.
Ficamos cheios da razão porque a dor nos leva a esquecer a sublimidade do amor
que recebemos e agora queremos agir com justiça própria, em “nome da verdade”.
Isso pode até parecer certo, mas, na maioria das vezes,
é um ato retributivo, por isso condenável.
Os
meandros do coração são ardilosos e, muitas vezes, em nome do certo, fazemos o
errado devido à motivação equivocada.
A
disputa de poder, o ego ferido, as setas do diabo elevam em muito o calor da
discussão e nos coloca cada vez mais trancafiados em nós mesmos, ensimesmados,
concentrados em nossos problemas a ponto de perdermos o foco daquilo que
realmente importa. O homem mais sábio de todos os tempos ensina: "O orgulho só
gera discussões" (Pv 13.10).
Nestes dois últimos meses confesso aos amados a luta em ministrar as aulas na Escola Dominical, não porque tenha dificuldade em perdoar, mas pelo enorme peso espiritual envolvido, pois esse é o plano do inimigo das nossas almas: gerar contendas, promover ofensas e discussões entre os irmãos, tirando o nosso foco do que é essencial.
Como disse a Geane na aula de encerramento: “Deus tirou muitos da UTI”, mas lembro aos irmãos que o Médico dos médicos, o Senhor Jesus, tem uma série de recomendações a cada paciente conforme sua Palavra. Muitos estão mexidos porque a ferida foi aberta para expelir o pus da ofensa, feridas sobre as quais o unguento do Senhor foi derramado.
Amados, é tempo de reconciliação! Este é um tempo no qual Deus está permitindo que muitos sejam abalados para produzir purificação. É tempo de paciência e da explicitação de nosso amor uns para com os outros, sendo bondosos e compassivos, perdoando-nos uns aos outros. Assim, as palavras do profeta soarão como bálsamo:
"Venham, voltemos para o Senhor. Ele nos despedaçou, mas nos trará cura; ele
nos feriu, mas sarará nossas feridas" (Os 6.1)
Lembrem-se: o perdão é doce!
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