Turismo Brasil - Parte III, "Infraestrutura aeroportuária Brasileira", por Fernando Toscano, www.portalbrasil.net

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ATUALIZAÇÕES QUINZENAIS

 

Fernando Toscano - Editor-Chefe do Portal Brasil - www.portalbrasil.netTurismo Brasil - Parte III
"Infraestrutura aeroportuária brasileira"

Por Fernando Toscano (*)

A evolução na qualidade de informação e conforto nos aeroportos brasileiros administrados pela iniciativa privada vem demonstrando que governo não deve se misturar com questões que não sejam exclusivamente política e de administração pública. A INFRAERO já demonstrou ao longo dos anos a sua total incapacidade e incompetência para gerir o sistema aeroportuário do país. Como exemplos, o aeroporto de Belo Horizonte, em Confins, está um caos e em obras (paradas!) há vários anos; o do Galeão (Tom Jobim, na Ilha do Governador, Rio de Janeiro) possui equipamentos e poltronas novas, adquiridas em 1999 e sem uso até hoje!!! Não há justificativa para uma questão dessas! Absurdo e irresponsabilidade. O Brasil evolui a olhos vistos; a quantidade de aeronaves, passageiros e cargas movimentadas faz do nosso país o líder incontestável na América Latina. Para 2014 há a previsão da chegada, através da companhia alemã Lufthansa dos novíssimos e enormes Airbus A380 e Boieng 747-8, que transportam 400 passageiros, em longos voos internacionais. É um vexame analisarmos os aeroportos europeus, norte-americanos e asiáticos e compará-los com o que temos aqui.

FOTO/CRÉDITO: Wilson Dias (Agência Brasil)O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, se aproxima dos 20 milhões de passageiros/ano, fazendo com que o mesmo feche 2013, talvez, como o 2º do país - após Guarulhos. Que ele já é o 3º mais movimentado (após Guarulhos e Congonhas - ambos em São Paulo) não é novidade. Posso acompanhar a grande transformação que vem preparando esse aeroporto para o crescimento previsto para os próximos anos e está de parabéns o "Consórcio Inframerica Aeroportos" que o arrematou, no leilão promovido pelo governo federal, por R$ 4,501 bilhões, e iniciou a nova administração em 01 de dezembro de 2012. Em pouco mais de seis meses foram construídos grandes estacionamentos, instalados modernos painéis informativos, novos banheiros, e, novo pátio e nova ala de passageiros estão sendo construídos em ritmo acelerado, já existe asfalto novo nas pistas de acesso, hotel de trânsito em construção, etc. Serão R$ 1,15 bilhões investidos até 2016 (R$ 750 milhões até a Copa de 2014). Uma informação curiosa: cada novo voo que chega ao Aeroporto de Brasília, 33 novos empregos são gerados!

Algumas questões são trágicas para um aeroporto que deseja ter eficiência e oferecer segurança e conforto aos seus usuários. O principal problema que vejo na questão técnica/operacional é a questão da "demora". Aqui, no Brasil, se demora para tudo. Estive observando, como exemplo, no Aeroporto Barajas, em Madri. As aeronaves são embarcadas e desembarcadas rapidamente; o tempo de espera entre uma e outra aeronave é bem mais curto que no Brasil e até o tempo de conexão com as pontes e abertura das portas aqui é extremamente demorado. O brasileiro também tem culpa porque carrega "a casa toda" dentro do avião. É um volume muito grande de malas, pacotes e tralhas de todo o tipo porque queremos agilidade no desembarque e em função do excesso de demora na restituição das bagagens e o alto volume de extravio de malas e documentos. Outra questão interessante que pude observar em Brasília é o esforço do Consórcio Inframerica em oferecer transparência aos usuários. Quando se aguarda o recebimento das malas há uma câmera onde os passageiros observam o descarregamento dos carrinhos para as cintas das esteiras de bagagem. É um avanço, sem dúvida, mas o problema não está aí. No trajeto entre aeronave e desembarque das malas há muito espaço para "extravio" de bagagens e sem que ninguém possa observar nada. Por que a demora excessiva? Além disso os funcionários, pessimamente treinados pela INFRAERO & SATA & Companhias Aéreas, jogam as bagagens como se fossem lixo. É um desrespeito aos usuários. Eu mesmo estou com pelo menos cinco ou seis malas novas, algumas adquiridas em Israel e na Europa, estragadas, faltando grampos, alças e ilhós e arranhadas (há um "mercado negro" para peças desse tipo). Também não há proteção adequada para chuva e várias vezes recebi bagagem úmida.

O Brasil tem que entender que pessoas pagam e, também, mas não só por isso, devem ser respeitadas afinal são objetos pessoais. A culpa é da falta de educação do brasileiro, a falta de treinamento e fiscalização dos responsáveis pela operação e manuseio de bagagens e encomendas e da falta de organização e gestão dos aeroportos brasileiros. Ainda a título de comparação: certa vez, em maio de 2011, estavam no Aeroporto de Madri, mais de 100 (cem) aeronaves grades no pátio; chegamos à sala de desembarque e as bagagens já nos aguardavam; todas colocadas corretamente, limpas (apesar da chuva) e sem arranhões nem estragos de nenhuma ordem. Outro exemplo triste: meu genro viajou de Brasília para Londres. Chegando lá sua mala foi extraviada no principal aeroporto da Europa, Heathrow. Quando ele retornou ao Brasil esteve na seção de bagagens extraviadas e lá estava sua mala, intacta. Recebeu-a, despachou e quando chegou em Guarulhos a sua mala sumiu novamente, só que, dessa vez, nunca mais foi encontrada... n'outro voo que vim de Paris, via TAM, chegamos em Guarulhos e sete (07) malas foram extraviadas!!! Isso é caso de polícia federal... ACORDA BRASIL!!!

Até a próxima quinzena...

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(*) Fernando Toscano é natural de Belo Horizonte (MG), reside em Brasília desde 1976, e é o editor do Portal Brasil. Seu currículo.

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