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Empurrar
com a barriga: uma estratégia perigosa
Por Plínio da Franca (*)
A todo instante temos uma tarefa a realizar: tomar decisão. Muitas situações vão exigir, devido sua complexidade, uma decisão complexa e, portanto, uma análise mais profunda dos acontecimentos. O perigo latente nas situações complexas é o sentimento do medo de errar na decisão e, isso, nos paralisar diante dela. Como mecanismo de defesa a autopreservação, postergamos decisões intermediárias e deixamos de tomar atitudes à solução do problema. Sim, é um problema porque as situações são formadas por um conjunto de variáveis: fatos, circunstâncias, expectativas, esperanças, recursos de toda ordem, que se configuram como verdadeiras equações a serem resolvidas e, então, precisamos buscar fórmulas aplicáveis e adequadas para chegarmos a um resultado satisfatório.
Outro mecanismo de defesa para sustentar o adiamento de uma decisão é o apego àquilo que já conquistamos e temos. Abrir mão de conquistas, do que temos, seja lá o que for, é ainda um caminho que temos dificuldades enormes para sequer olhar para ele. Então, temos a tendência de praticarmos uma análise excessiva da situação. Pior, criamos para blindar a situação a ser resolvida, uma série de sub situações a serem analisadas, com o envolvimento de muitas pessoas no processo, pois quanto mais gente, mais visões, mais idéias e mais postergação. O resultado na maioria das vezes será: ao invés de resolvermos o problema, ele resolve-se por si só dando cabo de nós, levando-nos a aportar em portos onde jamais gostaríamos de aportar.
Cuidado para não confundir a postergação (o empurrar com a barriga) com a análise consciente e profunda, que requer análise crítica e racional.
Plínio da
Franca
Palestras,workshops,cursos e consultorias
(31) 3022 0997 e (31) 9238 2636
pliniodafranca1@gmail.com
(*) Plínio da Franca
é graduado em Sociologia, pela UFMG, Cientista Social,
Escritor e Palestrante de destaque.
Também escreve no
www.oestadorj.com.br e autorizou,
expressamente, a publicação dessa matéria.
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