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OS SERES VIVOS
REINO DAS PLANTAS
"Angiospermas, plantas que produzem frutos"

 

            Há aproximadamente 3,5 bilhões de anos, surgiam no planeta os primeiros seres vivos, unicelulares, procariontes e heterotróficos. Mais tarde, alguns deles tornaram-se capazes de produzir clorofila e sintetizar seu próprio alimento; eram os primeiros organismos autotróficos. Milhões de anos depois, surgiram os primeiros seres unicelulares e eucariontes. Após este período o clima esquentou (500 milhões de anos atrás) e houve períodos de seca e várias plantas ficaram expostas ao ambiente terrestre. Há 300 milhões de anos, é o auge das pteridófitas, quando o clima da Terra era quente e úmido. Cerca de 50 milhões de anos depois o clima esfriou um pouco e as gimnospermas, que já existiam, passaram a se dispersar e constituir a vegetação dominante em ambientes terrestres diversos. Até hoje encontramos as gimnospermas em algumas regiões frias do planeta.

            O clima voltou a esquentar há aproximadamente 130 milhões de anos (*), quando houve grande explosão de angiospermas. Elas contavam com uma grande vantagem: o fruto.

            Além de ser o grupo de plantas que predomina sobre a maioria das comunidades da Terra, ocorrendo em praticamente todos os biótopos, as angiospermas ou Magnoliophyta também apresentam grande importância econômica: das 3.000 espécies que são utilizadas pelo homem, 12 são responsáveis por 70% da movimentação comercial dentro do setor primário, como o milho, soja, trigo, borracha, açúcar e algodão.

            A estrutura definitiva das angiospermas, que a caracteriza como grupo monofilético, é o desenvolvimento de flores com carpelo. O nome, do grego angeion (urna), se refere ao carpelo. Dentro deste grupo podem ser encontradas flores monóclinas (hermafroditas) ou díclinas (unissexuadas), bem como plantas monóicas (que produzem flores masculinas e femininas ou hermafroditas) ou dióicas (que produzem flores masculinas ou femininas). Outras características comuns a todas as plantas deste grupo são:

            Isso exclui a possibilidade de ter havido convergência evolutiva para todos estes caracteres entre um número tão grande de plantas.

            A xenogamia (reprodução cruzada) dentro do grupo é assegurada por mecanismos como:

ANGIOSPERMAS                 ANGIOSPERMAS

Discussões sobre a origem das angiospermas

            A predominância das plantas com "semente protegida" tem sido justificada por algumas características, que, no entanto, são discutíveis:

            As angiospermas apresentam registro fóssil (folhas, pólen, madeira) confirmado desde o Cretáceo Inferior. Provavelmente se originaram em algum lugar em Gondwana e dali se espalharam para o Norte, mas não se é capaz de apontar qual grupo ou qual tipo de fóssil se constitui num elo entre as plantas dos períodos anteriores e as angiospermas.

 

            A evolução inicial deve ter ocorrido longe das bacias sedimentares, em montanhas e planaltos tropicais, razão pela qual os fósseis das mais primitivas são praticamente inexistentes. Existem diversas hipóteses que tentam relacionar os grupos de gimnospermas com a provável ancestral (veja adiante os caracteres considerados primitivos deste grupo, que deveriam estar presentes no ancestral). Estas são algumas delas e a principal crítica feita à hipótese:

  • Cycadophytina (cicas) - os caules (madeira) e folhas das cicas são distantes dos das angiospermas, e é improvável que um estróbilo unissexuado, tão desenvolvido quanto o das cicas fosse capaz de "involuir" a ponto de formar uma estrutura semelhante a uma flor de Magnólia, que é bissexuada.

  • Bennettitales - as benetitas tinham estróbilos bissexuados, com as escamas masculinas abaixo das femininas, e mesmo caules de madeira e ramificação compatível com a de um provável ancestral das angiospermas. Mas, devido ao aspecto estrutural dos cones, uma modificação dos esporofilos teria que ser muito grande para originar um estame e maior ainda para originar um carpelo.

  • Gnetophytina - apesar da semelhança de diversas estruturas, como as folhas e as sementes, a ponto de uma planta de Gnetum poder ser confundida por alguns com um pé de café, é mais provável que este grupo seja "irmão" das angiospermas do que seu ancestral. Não há registro fóssil de Gnetophytina antes do registro de angiospermas, e as características de Gnetum que são semelhantes às das angiospermas correspondem a um grupo de plantas "derivadas" (flores unissexuadas, com brácteas/ escamas e estróbilo composto), e não "primitivas", sendo isso hoje em dia atribuído a uma convergência evolutiva.

  • Pteridospermales - este grupo é antigo o suficiente para ter originado cicas, benetitas e angiospermas e não pertence ao grupo das angiospermas, mas sim ao das samambaias. Características como madeira, nervuras (algumas), câmbio e ausência de estróbilo correspondem ao que supostamente seria um ancestral do grupo das angiospermas. No entanto, essas plantas ainda não haviam desenvolvido vasos. Um grupo derivado delas parece ter ainda mais semelhanças, mesmo no aspecto dos frutos.

  • (*) Essa data de 130 milhões de anos tornou-se discutível com a descoberta de fósseis de uma folha e de flores que datam de 220 milhões de anos. A folha possui o padrão das nervuras das angiospermas. Portanto, para a confirmação de uma data ou outra, ainda são necessários novos estudos e a descoberta de novos fósseis. No cálculo da data de fósseis e outros objetos é utilizado principalmente o Carbono-14.

    Angiospermas, a raiz
    Angiospermas, o caule
    Angiospermas, a folha
    Angiospermas, a flor
    Angiospermas, o fruto e a semente

    FONTES: Base de dados do Portal Brasil®, "Os seres vivos".


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