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Religião
- 03.05.2003 -
DECLARAÇÃO
DE IMPOSTO DE RENDA DO REI DAVI
No dia 30 de abril de 2003 expirou prazo legal para declarar imposto de renda
sobre pessoa física. A Bíblia comporta a mais íntegra declaração de imposto
jamais apresentada: a do Rei Davi.
Foi
também a menor de todas. Assim, tentei entrar na mente do grande Rei e desenhei
conforme as escrituras fatos geradores (termo empregado em Direito
Tributário) que justificasse declaração ao final.
“Paz seja sobre todos. Minha declaração
divide-se em quatro fases, a terceira foi a mais importante: Na primeira, aos 12
anos, tenro na casa de meu pai, trabalhava como pastor de suas ovelhas, homem
humilde, da mais singela família de Judá; meus seis irmãos, eu sou caçula,
eram homens de guerra; minha mãe cuidava da casa. Meus bens eram o pasto, as
correntes de água, meu cajado, as ovelhas do papai, minha cítara, meu cachorro
e sobretudo, MEU DEUS.
Quando vicejavam os dezessete anos, nada havia mudado, quando,
surpreendentemente, fui chamado do campo por um de meus irmãos: sobe a casa,
porque Samuel, o profeta do Rei, quer ver você. Então eu, o último na
hierarquia familiar da casa de Jesse, da última família das tribos de Israel,
fui ungido Rei de todo Israel; o SENHOR rejeitara Saul e, no devido tempo, me
poria sobre o trono. Pouco depois, quando levava comida para meus irmãos em
campo de batalha, ainda moço, ouvi Golias, gigante filisteu, Golias, desafiou
meu povo e meu DEUS. Aceitei duelar, disse ao Rei que o DEUS TODO PODEROSO me
entregara nas mãos um urso e um leão quando pastoreava e, que me entregaria
aquele incircunciso. Na força do braço do SENHOR, matei o gigante com uma
pedra e uma funda; entrei para as fileiras do exército. Perdi convivência com
papai, comida da mamãe, o carinho das ovelhas e a companhia do fiel
companheiro, um cachorro peludo. Ganhei prestígio com soldados, comia na mesa
do Rei. Eu me alegrava com MEU DEUS.
Conquanto amasse meu Rei, Saul temia que eu lhe usurpasse o trono e resolveu
matar-me; fugi escondendo-me em cavernas e montanhas. Fiquei encalacrado; fora
de Israel, era temido e odiado pelos filisteus. Minha vida era meu despojo.
Perdi esposa, a filha do Rei, posto de comando, companhia dos soldados;
tornei-me opróbio e vergonha. Enquanto aguardava a morte escondido, tive a mais
extraordinária experiência. Eu, o pequeno pastor de ovelhas que matara um
urso, um leão e um gigante, descobri que eu era uma ovelha e, que o MEU DEUS,
era o BOM PASTOR. O Salmo 23 nasceu no deserto como algumas lindas flores que só
nascem no pântano. EU AMO O MEU DEUS.
Saul foi morto nas mãos dos filisteus conforme palavra do SENHOR dada ao
profeta Samuel, já falecido. Senti profunda amargura; amava meu rei apesar de
tudo. Aos trinta anos, constituíram-me Rei sobre as tribos de Judá e Benjamim;
sete anos e seis meses após, cumpriu-se a profecia de Samuel: Ungiram-me Rei
sobre as doze tribos de Israel.
Vivo ditosa velhice, tenho esposas, concubinas, filhos e filhas, fortificou-se
sobremodo o reino em minhas mãos, massacrei exércitos inimigos, construí
casas, fortifiquei cidades. Contudo, se fechar os olhos, ainda são vívidas
imagens dos pastos verdejantes, das correntes de água, do amigo peludo, do
cajado, da experiência de ser uma ovelha no deserto. Ainda sou uma ovelha;
ainda ouço sua voz, ainda obedeço; Assim declaro todos os meus bens:
“Digo
ao Senhor, Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a ti somente.”
Como determina a lei, segue de imediato restituição, efeito da declaração
acima, nos termos do Versículo 11 do mesmo Salmo:
“Tu me farás ver os caminhos de vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.”
UM
ABRAÇO!!
ATÉ A PRÓXIMA!
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