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05 / agosto / 2005
SAUDADES...
Por Fernanda de Lima
Molina
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar quem sabe... nos e-mails trocados. Podemos nos telefonar conversar algumas bobagens... Aí os dias vão passar, meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo... Um dia meus filhos verão aquelas fotografias e perguntarão? Quem são aquelas pessoas? Direi: são meus amigos. E... isso vai doer tanto! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!”.
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto nos reuniremos para um ultimo adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado. E nos perderemos no tempo de novo... Por isso, fica aqui o pedido desta humilde amiga: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades. E, com toda alegria, de poder dizer que tive amigos, ensinarei aos meus filhos, que assim passarão para os seus, o verdadeiro valor de manter uma amizade, com dedicação, carinho e respeito.
Eu não sei porque há pessoas que se isolam, não abrem seu coração, não sorriem pra o próximo, talvez seja falta de amor próprio. Você pode ter dez amigos, ou mesmo apenas um, o importante é ser sincero, tratar todos de igual para igual, sem interesse, querer sempre o bem. Ter amigos, não significa popularidade, mas sim, troca de sentimentos. Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
OBSERVAÇÃO: A frase final do texto acima termina com o seguinte pensamento: "Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!" que pertence ao cronista Paulo Sant'ana.
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