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- I N T E L I G Ê N C I A      P O L Í T I C A -
16 de março de 2006

POLÍTICA - IDEOLOGIAS
Definições de "Esquerda" e de "Direita"

            Esquerdismo é uma expressão derivada de "esquerda", que, no espectro político, se distingue e se opõe à "direita" ou conservadorismo. O nome esquerda surgiu com este significado na França devido ao facto de, nos Estados Gerais franceses reunidos em 1789, o Terceiro Estado (que clamava por reformas liberais, quando não mesmo revolucionárias), tomar os lugares à esquerda do rei, em virtude de os da sua direita já se acharem ocupados pelos representantes do clero e da nobreza.

            Já expressão Esquerdismo, por sua vez, se refere ãqueles que assumem uma posição de esquerda. No entanto, o marxismo ressignificou esta expressão para denominar por este termo uma corrente que surge no seu próprio interior.

Significados atuais

            Atualmente, esquerda pode ser definida como sendo aqueles que alegam se colocar do lado do povo, dos trabalhadores, assumindo posições socialistas ou comunistas. No sentido comum da palavra, esquerdismo é a posição daqueles que são de esquerda. Mas, no sentido marxista, esta expressão ganha um novo significado, qualificando uma determinada corrente no interior do próprio marxismo. Assim, a expressão esquerdismo surge não como a posição daqueles que são de esquerda e sim como uma radicalização desta posição. É por isso que Lênin, considerado um homem de esquerda, quando não de extrema-esquerda, irá utilizar o termo "esquerdismo" de forma pejorativa. O esquerdismo, na concepção leninista, é um "infantilismo", marcado por um eticismo e radicalismo, que não se inspira na experiência russa e na tática leninista. A obra inaugural de Lênin, "O Esquerdismo, A Doença Infantil do Comunismo" era endereçada principalmente para os chamados comunistas de conselhos, Anton Pannekoek e Herman Gorter,mas também para a esquerda extra-parlamentar na Inglaterra, representada por Sylvia Pankhurst, e na Itália, representada por Amadeo Bordiga e a "Esquerda Comunista Italiana".

            Os esquerdistas responderam a Lênin. Uma das primeiras respostas foi a de Herman Gorter, autor de Carta Aberta ao Camadara Lênin, no qual dizia que este fazia da experiência russa um modelo a ser seguido pelos comunistas de todo o mundo, sem observar as diferenças radicais entre a Rússia e a Europa Ocidental, por exemplo. Gorter acusa Lênin de oportunismo e rebate as várias teses leninistas que entravam em contradição com o esquerdismo. Outros esquerdistas, como Pankhurst, Bordiga, Pannekoek também responderam a Lênin. Na década de 70, Denis Authier publicou uma resposta indireta em seu livro "Esquerda Alemã: Doença Infantil ou Revolução?" e David Cohn-Bendit, juntamente com seu irmão Gabriel Cohn-Bendit, que participaram ativamente da rebelião estudantil de maio de 68 em Paris, escreveu "O Esquerdismo, Remédio para a Doença Senil do Comunismo".

            Do ponto de vista mais analítico, o sociólogo Richard Gombim escreveu "As Origens do Esquerdismo", na qual aborda o comunismo de conselhos e sua influência no surgimento do esquerdismo francês expresso pelo grupo Socialismo ou Barbárie, de Castoriadis, Lefort e outros, e da Internacional Situacionista,de Guy Debord e outros.

            Na definição de Norberto Bobbio, ser de esquerda é lutar pela igualdade.

Alguns esquerdistas

Características do Esquerdismo

            Estas características mostram o que os esquerdistas recusam o reformismo e o parlamento (entre outros) mas não seus aspectos programáticos positivos. Isto ocorre pelo motivo de que não existe consenso entre os esquerdistas em várias questões. Por exemplo, os comunistas conselhistas são anti-partido, mas a Esquerda Comunista Italiana, bordiguista, defende o partido-seita, extra-parlamentar. Assim, o que caracteriza o esquerdismo é, principalmente, sua recusa do parlamento e do processo eleitoral e sua da social-democracia e do bolchevismo, juntamente com o anti-capitalismo.


            Direita é o termo geralmente utilizado para designar indivíduos e grupos relacionados a partidos políticos ou ideais considerados conservadores ou liberais, em oposição à Esquerda.

            Deve a sua designação ao fato de, nos Estados Gerais franceses reunidos em 1789, os Monarquistas, que apoiavam o Antigo Regime, tomarem o lugar à direita do Rei. Essa definição tornou-se obsoleta, e o sentido de direita e esquerda foi se alterando e relativizando para tornar-se mais apropriado às ideologias comparadas, e ao ponto de vista de quem usa (p.ex. os Jacobinos eram a "Esquerda" em 1789, mas em 1792 já eram considerados de "direita").

            O termo geralmente se refere ao conservadorismo, mas a partir do século XX, o termo foi utilizado para o fascismo (especialmente àqueles que reprimiram políticos e movimentos de esquerda), e, antagonicamente, ao libertarianismo, e ao liberalismo clássico, de livre mercado (principalmente em sua faceta econômica), apesar de muitos libertários e liberais recusam o enquadramento.

            No século XX, excetuando os EUA, onde o capitalismo geralmente foi apoiado pela maioria dos políticos e intelectuais, a mais visível distinção entre esquerda e direita aconteceu na política econômica. A direita defendia o capitalismo, enquanto a esquerda defendia o socialismo (ou, pelo menos, o Estado-Providência) ou o comunismo. Esta distinção de certa forma moveu-se desde o colapso do bloco Soviético, já que os principais políticos à esquerda do centro aceitam o capitalismo até certo grau, mas de uma forma socialista na qual o governo outorga uma significante distribuição de renda.

            O pensamento dominante da direita moderna é a preocupação com os valores tradicionais, a defesa da lei e da ordem a preservação dos direitos individuais e a restrição do poder do estado. Esta última prioridades está associada ao libertarianismo, mas uma parte da direita rejeita as mais radicais afirmações dessa ideologia. Além disso, uma pequena parcela dos libertários (os anarco-capitalistas) não se considera de direita.

            Uma outra tendência da direita, mais obscura e geralmente associada com a direita originária dos tempos monárquicos, apóia a manutenção do poder e riqueza nas mãos que tradicionalmente os tiveram, num sistema com estabilidade social e ambição e solidariedade nacionais.

            Ambas essas tendências do pensamento de direita aparecem de várias formas, e indivíduos que dão apoio a alguns dos objetivos de uma delas, não necessariamente apoiarão todos os outros. Na política prática, há inúmeras variações na maneira que a direita se organiza para conseguir seus objetivos básicos, e algumas vezes há tantas querelas entre a direita quanto entre essa e a esquerda.

            Os valores e a preocupação política da direita variam em países e tempos diferentes. Além disso, políticos e pensadores de direita esparsos geralmente têm prioridades idiossincráticas. Nem sempre é possível ou mesmo útil descobrir qual desses dois conjuntos de crenças ou políticas está mais à direita.

            Os direitistas geralmente são chamados de "reacionários" por seus opositores, termo cuja origem remonta àqueles que reagiram contrariamente à Revolução Francesa.

FONTES: Wikipedia e Base de dados do Portal Brasil - www.portalbrasil.net 


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