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- I N T E L I G Ê N C I A      P O L Í T I C A -
16 / JULHO / 2007

DESTAQUES DA QUINZENA
Por Carlos Fehlberg (*)

Agora, governo promete tomar medidas para o setor aéreo
Crise que já vem de longe atingiu seu ponto culminante com a tragédia de Congonhas

            Lula poderá comandar uma reunião do Conselho Nacional de Aviação Civil e levará para debate uma lista de medidas envolvendo o tráfego aéreo no Aeroporto de Congonhas, pelo menos. É possível que aproveite o cenário para fazer um pronunciamento por uma rede de TV, à noite, anunciando medidas para segurança aérea, diante da repercussão alcançada pela tragédia, ponto culminante de uma sucessão de crises nos últimos meses. Há informações também de que o governo pode estar acelerando ações visando obter investimentos em parcerias com iniciativa privada para garantir melhor segurança nos aeroportos. Nas últimas 48 horas é este um dos temas que predomina no Palácio do Planalto, partindo do princípio também de que o governo sofreu desgastes com o episódio.

Caminhos

            A preparação de tudo foi debatida com o grupo de coordenação política, no Palácio do Planalto. Não será surpresa se for anunciada uma reestruturação do setor aéreo, hoje dominado por tantas siglas e órgãos e acumulando problemas.

            A crise no setor aéreo já vem de longe com o comprometimento de empresas, acidentes, colapso no embarque, submetendo o usuário a uma sucessão de problemas que culminaram com o desastre de segunda-feira em São Paulo, enlutando dezenas de famílias. Se já existiam no Congresso duas CPIs, apesar da resistência inicial do governo, elas agora estão amplamente justificadas e deverão até ampliar seu trabalho, mesmo com os anúncios do governo hoje à noite.

            Não há, também, notícias claras sobre a permanência do ministro da defesa, Waldir Pires, até agora prestigiado por Lula, mas igualmente desgastado. Nos últimos tempos ele tem sido apenas poupado.

Reunião

            O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, informou o presidente Lula, ontem à tarde, que a caixa preta do Airbus da TAM, seguiu para os Estados Unidos, de onde deve retornar na próxima semana. O relator da CPI da Câmara que investiga a crise no setor aéreo, deputado Marco Maia, que é do PT, confirmou que a comissão voltará a reunir-se, apesar do recesso, devendo votar requerimentos de convocação de autoridades ligadas ao setor da aviação para prestar informações. A maioria já falou nessas comissões, mas não convenceu.

CPIs não param

            As duas CPIs sobre a crise aérea passam agora, segundo seus dirigentes, a trabalhar durante o recesso na investigação no caso do avião da TAM. O relator da CPI do Senado, Demóstenes Torres já esteve no local do acidente e sua opinião é a de que o sistema aéreo nacional está "falido", exigindo providências.

            O senador fez duas observações preliminares: O avião cruzou a pista em três segundos, quando o tempo normal de aterrissagem é de onze segundos. E criticou o governo por ter liberado a pista ainda sem o grooving, que ajuda na frenagem das aeronaves. Torres voltou a pedir o afastamento do ministro da Defesa, Waldir Pires, e reiterou declarações sobre a existência de corrupção na Infraero. Integrantes da CPI do Apagão Aéreo da Câmara também visitaram o aeroporto e viram a fita do pouso do avião.

            Para o líder do PSDB, Antonio Carlos Pannunzio, a tragédia reforça a necessidade das investigações. "A maioria da base governista tentou por todo esse tempo 'obstaculizar' o trabalho da CPI. Precisou morrer mais gente para que eles possam entender que esse não é assunto de governo e oposição, mas de segurança nacional."

Convocações

            O deputado Raul Jungmann considera o acidente uma "tragédia anunciada" e defendeu a demissão imediata dos diretores da Infraero e da Anac. Ontem mesmo, Jungmann também protocolou um requerimento para que sejam ouvidos o diretor presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, o presidente da Infraero, Brigadeiro José Carlos Pereira, o comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, além do ministro da Defesa. O parlamentar pediu ao senador Renan Calheiros que convoque a comissão representativa das duas casas, que funciona durante o recesso.

(*) Carlos Fehlberg é colunista do site "Política para políticos" onde a matéria foi inserida originalmente.

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