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P E N S A M  E N T O S    &   C I A.
0 1  /  O U T U B R O  /  2 0 0 8

Recife
Por "Lela"

Quem não tem uma ligação visceral com sua cidade natal ou o lugar de sua infância, o canto onde se viveu? Mesmo que se torne um viandante e até nunca mais retorne ao seu lugar de origem?

Então! uma nostalgia meio fora de tempo abateu-se sobre mim neste final de setembro, pois que nem carnaval é!

Lembranças de minha querida cidade tão sofrida e tão alegre. Assim, decidi homenagear o lugar onde tão intensamente vivi minha infância, como uma forma de homenagear também todos os lugares de todas as pessoas.

 Mas esta  nostalgia  não veio com sentimento de tristeza, mas a saudade gostosa dos sons, dos cheiros, dos gostos e sabores, da euforia das músicas que me fizeram pular pelas ruas e salões de matinées dos carnavais do meu Recife.

Nada me transporta e me emociona tanto como ouvir:

“Voltei, Recife foi a saudade que me trouxe pelo braço...”  Capiba e Luiz Bandeira

É de fazer chorar quando o dia amanhece e o frevo começa a acabar... “     Luís Bandeira

“Ah que saudade eu tenho do meu Recife, da minha gente que ficou por lá...” Antônio Maria.

            “Felinto, Pedro Salgado, Guilherme, Fenelon ,Cadê teus blocos famosos? Blocos das Flores, Andaluzas, Pirilampos, Apôis Fum, Dos carnavais saudosos?!”  Nelson Ferreira!

      Fui embalada por todas elas como canções de ninar.                                              

São tantas! que acabo por ser injusta dentre tantos quase “hinos” que me acodem à mente, mas que não há espaço para citá-los aqui. Sejam os frevos-canção, as marchinhas, as orquestras de frevo em salões e também nas ruas, fosse ou não carnaval.

Certamente não somente de carnaval vive o meu Recife. Poderia falar de sua culinária, artesanato, seu povo alegre, seus intelectuais, suas praias e tantas coisas mais, porém me deterei apenas numa parte, mas de impacto indiscutível.

Por fim, quero deixar minha homenagem ao meu querido

R E C I F E

Não ouvireis a tristeza do meu canto
Mas a saudade traduzida em alegria
Pois que fostes para mim uma melodia
Motivo de cotidiano encanto.

 Ah! que saudade eu tenho do meu Recife
Dos folguedos pelas ruas atrás dos blocos de frevo
de Elefante e Pitombeira, em Olinda, de bobeira
Nos carnavais que alegria! eu ia.
Como posso esquecer dos blocos mais animados
Se na minha casa, ao lado
Sede de Maracatu minha infância deslumbrava!!!
Na rua a gente junta entoava:

“A La Ursa quer dinheiro, quem não dá é pirangueiro!”

Caboclinhos que encanto!!!!
Fantasias reluzentes feito papel de presente
Ritmando os corações de meninas e meninos
Extasiados com o mimo que eles parecem ser
Espelhinhos ofuscantes numa rica fantasia
Demonstração de alegria que todo mundo quer ter

Vou-me embora, vou-me embora prá lá!

Marcar o passo com minha pequena sombrinha
Multicor, tão bonitinha! Quem não vai querer ver?
As fantasias de índio, desejava ser um deles
Papangu é brincadeira! As almas e as caveiras...
E o carnaval mergulhando na praia de boa viagem
E as caretas e seus relhos assustando a criançada
Mas quem disse que eu fugia?
Porque mais forte que o medo era viver a magia
Em meu Recife festeiro, o meu Recife Brejeiro
De intensa, imensurável, de deslumbrante  alegria!!!!

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