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PETRÓLEO, GÁS NATURAL, BIOCOMBUSTÍVEIS E ENERGIAS RENOVÁVEIS
B O L E T I M   N º   3 4 9

RELATÓRIO INFORMATIVO PARA INVESTIDORES DO MERCADO DE CAPITAIS

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural - www.portalbrasil.net/anertt
Por Marcílio Novaes Maxxon

São Paulo, 21 de novembro de 2008 - 'Dia 20.11.2008, feriado em São Paulo, não houve atualização desta coluna"
 
PETRÓLEO & GÁS

Petrobrás quer explorar logo dois novos campos

A Petrobrás estuda antecipar a produção em duas descobertas feitas este ano no sul da Bacia de Santos. Os projetos, batizados provisoriamente de Tiro e Sidon, têm boas perspectivas de óleo leve, tipo considerado prioritário pela estatal. Segundo o gerente do Ativo Sul da Unidade de Negócios da Bacia de Santos da companhia, Luiz Carlos Mendes, a produção nos dois campos pode ser facilitada pelo fato de estarem em águas rasas e próximos ao continente.

A antecipação da produção de óleo leve é uma das estratégias da estatal nos últimos anos para reduzir o déficit de sua balança comercial e deve ganhar força no próximo planejamento estratégico da companhia, uma vez que garante maior fluxo de caixa em tempos de crise financeira. O Brasil é hoje importador desse tipo de petróleo, que é misturado ao óleo nacional nas refinarias para aumentar a produção de diesel, combustível escasso no mercado mundial.

Ontem a Petrobrás informou que o seu planejamento estratégico ainda está em elaboração, e por isso não existem informações suficientes sobre o adiamento de projetos de menor retorno, dando prioridade para os mais rentáveis. A informação foi divulgada na terça-feira pelo gerente geral de Novos Negócios da área de Exploração e Produção da companhia, José Jorge de Moraes Júnior.

Segundo Mendes, a região sul da Bacia de Santos, em frente ao litoral paranaense, é "promissora" em óleo leve. A área já tem uma pequena produção, no campo de Coral, e descobertas em fase de desenvolvimento, como Cavalo Marinho e Estrela-do-Mar. O projeto Tiro teve uma descoberta anunciada à Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 13 de outubro. Já em Sidon, cerca de 50 km ao norte, a Petrobrás encontrou indícios de petróleo no fim de setembro.

O gerente da Petrobrás informou que a empresa estuda agora a concepção dos projetos para avaliar a antecipação da produção. "São oportunidades interessantes", disse Mendes, após a audiência pública sobre Tupi, na noite de anteontem. Segundo ele, a localização geográfica pode acelerar o início de produção dos projetos.

GÁS NATURAL

Mendes informou também que a estatal deve iniciar, ainda em dezembro, a produção de gás no Campo de Lagosta, região central da Bacia de Santos, que deve ampliar em 1,5 milhão de metros cúbicos por dia a oferta de gás à Baixada Santista. As reservas estão ao lado do Campo de Merluza, único produtor da bacia, já ligado ao continente por um gasoduto até Cubatão.

A estatal vai usar a infra-estrutura de Merluza para escoamento do gás de Lagosta, que foi descoberto pela americana El Paso e depois comprado pela Petrobrás. Com o novo projeto, a Unidade de Tratamento de Gás de Cubatão passará a receber 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

Durante a audiência pública, o chefe do escritório de licenciamento de petróleo e gás do Ibama, Edmilson Maturana, afirmou que o órgão trabalha para emitir até janeiro a licença do teste de longa duração de Tupi. O projeto prevê 14 mil barris de petróleo por dia durante 15 meses, para testar os reservatórios da descoberta.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Lula comemora descoberta de petróleo no pré-sal do ES

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a descoberta de cerca 2 bilhões de barris de petróleo em reservatórios do pré-sal localizados abaixo do campo de Jubarte, no Espírito Santo. "Vai ter mais petróleo para enfrentar essa crise", disse, durante a cerimônia de assinatura do decreto que regulamenta a Lei de Proteção da Mata Atlântica. O decreto foi assinado em conjunto com os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Agricultura, Reinhold Stephanes.

A Petrobras anunciou nesta sexta novas descobertas de petróleo em reservatórios do pré-sal do ES, localizados abaixo dos campos de óleo pesado de Baleia Franca, Baleia Azul e Jubarte, com reservas estimadas entre 1,5 bilhão e 2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). O óleo leve encontrado na área denominada Parque das Baleias é de ótima qualidade (30 graus na classificação API).

Os reservatórios estão entre 4.200 e 4.800 metros de profundidade a partir do nível do mar. Até agora já foram perfurados seis poços na seção pré-sal do Espírito Santo, todos eles com sucesso, destacou a companhia.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Treze empresas, incluindo Petrobras, habilitam-se à 10a rodada da ANP

Mais cinco empresas se habilitaram nesta sexta-feira para participar do 10o leilão de áreas de petróleo e gás natural da ANP, entre elas a Petrobras, elevando para 13 o número de interessados na disputa por blocos em terra prevista para os dias 17 e 18 de dezembro, no Rio de Janeiro.

Foram também habilitadas Petrogal, Perenco, Orteng e Devon Energy, que se juntam às já habilitadas OGX; Petrorecôncavo; Shell Brasil; Severo Villares; Brasoil; Companhia Exploração e Produção de Petróleo e Gás S.A.; Norse Energy do Brasil S.A.; e UTC Engenharia S.A.

O prazo para habilitação vai até as 18h desta sexta-feira, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Na rodada anterior, em 2007, quando foram ofertados também blocos em mar, mais de 50 empresas foram habilitadas.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Lula afirma que descobertas de petróleo não afetarão biocombustíveis

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que as recentes descobertas na área de petróleo no país não modificarão a política nacional de produção de biocombustíveis.

"As novas descobertas de petróleo não diminuem nem um milímetro nosso programa de biocombustíveis", disse Lula no encerramento da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, em São Paulo.

O presidente fez uma alusão direta ao anúncio de hoje da Petrobras sobre uma nova descoberta de "grandes volumes de petróleo leve" com até 2 bilhões de barris em jazidas ultraprofundas no leito do oceano Atlântico.

"É um petróleo de boa qualidade e é muito importante para o Brasil ou para qualquer país, mas isso custa muito caro. Uma plataforma vale cerca de US$ 2 bilhões e uma sonda, US$ 700 milhões", destacou.

Nesse sentido, Lula lembrou que "é paradoxal" que o Brasil ofereça "um combustível limpo, sem poluição, mas tarifado, (enquanto) para o petróleo, que provoca poluição, não existam tarifas alfandegárias".

"Confiamos em que a expansão dos biocombustíveis não será atrasada por barreiras protecionistas à importação de petróleo não sofre essas restrições", apontou.

O Brasil é, atrás dos Estados Unidos, o segundo maior produtor mundial de etanol, com 33,2% do total, e o maior exportador, com 37% do total.

Segundo dados oficiais, a produção brasileira de etanol será este ano de 27,08 bilhões de litros e as exportações rondarão os 4,17 bilhões de litros.

Lula destacou em seu discurso o número de sete milhões de automóveis produzidos no Brasil com motor "flex fuel", que permitem a combustão com etanol, gasolina ou a mistura de ambos em um mesmo tanque.

Além disso, defendeu uma maior cooperação tecnológica com países pobres que podem se transformar em grandes produtores de etanol ou biodiesel.

"Não queremos que os companheiros da Europa desmontem sua estrutura agrícola para plantar cana-de-açúcar nem que os Estados Unidos deixem de produzir etanol de milho, mas sim pedimos alianças com países pobres, especialmente da África", disse.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência EFE

Gazprom pode iniciar exploração de gás na costa do Alasca

A estatal russa Gazprom anunciou que pode vir a explorar gás na costa do Alasca, juntamente com a norte-americana ConocoPhillips, segundo publicou hoje o jornal The Moscow Times.

De acordo com as informações divulgadas, a Gazprom, que enviou uma delegação ao Alasca no último mês, pretende atingir novos mercados na América do Norte.

Em comunicado, a companhia russa informou que os chefes-executivos de ambas as empresas se encontraram ontem, na capital russa, e discutiram projetos conjuntos para o mercado internacional, com foco no fornecimento de gás natural liquefeito.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por JB Online

Dilma reforça que investimentos na camada pré-sal estão garantidos

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que os investimentos da região do pré-sal não serão adiados. Segundo ela, o governo brasileiro enxerga a aplicação de recursos no pré-sal como fundamental para garantir o crescimento do país.

"A decisão do governo de manter os investimentos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e do pré-sal é muito importante porque é um recurso eminentemente anti-cíclico. Ao manter o nível elevado desses investimentos possibilitamos que o Brasil saia dessa conjuntura de crise aproveitando oportunidades", frisou a ministra.

Dilma participou hoje da premiação da diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, como executiva do ano pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef).

A ministra também comemorou a notícia anunciada nesta manhã pela Petrobras, da descoberta de óleo leve em dois poços perfurados no pré-sal do litoral do Espírito Santo.

"Isso significa que estamos caminhando na direção de constituir o pré-sal como uma das soluções econômicas para os próximos anos e décadas" acrescentou a ministra.

Segundo Dilma, os investimentos no pré-sal já estão garantidos mesmo num cenário de queda do preço do petróleo. Desde ontem o preço do barril está oscilando abaixo de US$ 50, depois de ter atingido US$ 147 neste ano. Segundo ela, a tendência é que os custos de exploração do pré-sal caiam ao longo do tempo. "Quanto mais se desenvolve a produção, menor é o custo operacional e de produção" disse.

A ministra destacou ainda que o recuo do valor do barril não deverá ser repassado pela Petrobras para os preços de derivados no curto prazo. "Nós vamos esperar a volatilidade cair, porque senão se criaria um mercado absolutamente anárquico no Brasil", comentou.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Mercado carbono descola do preço do petróleo

O mercado de carbono dá sinais de resistência à crise econômica mundial. Enquanto o preço de petróleo continua sua trajetória de baixa, caindo mais 15% nas últimas duas semanas, o carbono mantém-se firme, informa Maurik Jehee, especialista em créditos de carbono do ABN Amro Real, incorporado pelo Santander. Os negócios entre os países europeus (European Union Allowances, EUA) ensaiaram uma virada, com o contrato para entrega agora em dezembro, chegando a ser cotado acima de 19,00 euros, mas voltou aos níveis do fim do mês passado, próximo de 18,00 euros.

Já os créditos de carbono, que são negociados pelos países pobres e emergentes com aqueles que têm metas obrigatórias de emissões de gases-estufa, foram negociados a 15,84 euros. Jehee aponta as razões para esse desempenho: o ITL, base de dados que centraliza todos os créditos comercializáveis sob o Protocolo de Kyoto, está funcionando e tirou o fator de risco de entrega para o mercado secundário, e as dificuldades de verificação e aprovação dos projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) e emissão de créditos de carbono continuam pressionando a oferta de reduções certificadas de emissão.

E o mundo continua precisando compensar as suas emissões crescentes, como ocorreu com o Japão. Na semana passada, o Ministério de Economia, Indústria e Comércio japonês informou que, apesar do consumo de energia ter-se reduzido pelo terceiro ano executivo, as emissões do ano terminando em 31 de março de 2008 cresceram 2.3% em relação ao ano anterior.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por DiárioNet

Investir no pré-sal ajuda país a se precaver contra crise, diz Dilma

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse nesta sexta-feira que os investimentos na camada do pré-sal têm caráter "anticíclico" contra a crise mundial e que manter o volume elevado de recursos na exploração dessa área permite que o Brasil aproveite as "oportunidades de crescimento" no futuro.

"A descoberta de hoje, para nós, é muito importante porque configura um dos fatores anticrise no Brasil. A decisão do governo de manter os investimentos no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] e no pré-sal é importante porque são questões eminentemente anticíclicas", disse ela, numa referência ao anúncio de novas reservas na camada do pré-sal no Espírito Santo, divulgado hoje pela Petrobras.

Ainda comentando as descobertas de hoje, a ministra afirmou: "estamos caminhando na direção de constituir o pré-sal como uma das opções para os próximos anos, para as próximas décadas. Por isso, o governo mantém a decisão de investir no pré-sal e acha que o investimento dessa qualidade é algo fundamental como oportunidade de crescimento para o país".

Gasolina


A ministra não animou aqueles que observam o recuo das cotações mundiais do petróleo e esperam um efeito imediato nos preços dos combustíveis no Brasil. A cotação da commodity recuou do pico histórico de US$ 147 em julho para menos de US$ 50 nesta semana.

"Não repassamos a volatilidade. Quando o barril de petróleo foi a US$ 150, o preço não se alterou. Quando cai, então, não faz sentido mexer", afirmou a ministra.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha Online

Petrobras encontra mais óleo leve no pré-sal do ES e acelera estudos

A Petrobras informou nesta sexta-feira que concluiu a perfuração de dois novos poços na seção pré-sal do litoral do Espírito Santo e comprovou expressiva descoberta de óleo leve (30 graus API) na área denominada Parque das Baleias.

A descoberta de reservas recuperáveis de 1,5 a 2 bilhões de barris de óleo equivalente nos dois poços fez com que a empresa decidisse acelerar os estudos para produção do óleo localizado na camada pré-sal do Espírito Santo, onde já está sendo realizado um Teste de Longa Duração (TLD) desde setembro.

Até agora já foram perfurados seis poços na seção pré-sal do Espírito Santo, todos eles com sucesso. Com as novas descobertas, o volume total de óleo estimado na área do Parque das Baleias, incluídos os reservatórios localizados acima e abaixo da camada de sal, já chega a aproximadamente 3,5 bilhões de boe.

"O volume recuperável das descobertas, feitas em reservatórios do pré-sal localizados abaixo dos campos de óleo pesado de Baleia Franca, Baleia Azul e Jubarte é estimado entre 1,5 e 2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe)", declarou a empresa em um comunicado.

A descoberta eleva para uma faixa entre 9,5 e 14 bilhões de boe o potencial da reservas já conhecidas do pré-sal, uma região de cerca de 800 quilômetros que vai da costa do Espírito Santo à Santa Catarina, volume que dobraria as reservas brasileiras.

Outros reservatórios já foram comprovados no campo de Tupi e Iara, na bacia de Santos, com potenciais entre 5 e 8 bilhões de boe no primeiro e entre 3 e 4 bilhões de boe no segundo.

O Parque das Baleias foi o primeiro a produzir óleo na chamada camada pré-sal, beneficiado pelo fato da espessura da placa de sal ser menor do que em Santos. Enquanto em Santos a camada pré-sal tem cerca de 2.000 metros, no Espírito Santo tem cerca de 200 metros.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Petrobras anuncia novas reservas no pré-sal do ES

A Petrobras anunciou hoje novas descobertas de petróleo em reservatórios do pré-sal do Espírito Santo, localizados abaixo dos campos de óleo pesado de Baleia Franca, Baleia Azul e Jubarte, com reservas estimadas entre 1,5 bilhão e 2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). O óleo leve encontrado na área denominada Parque das Baleias é de ótima qualidade (30 graus na classificação API). A estatal concluiu a perfuração de dois novos poços no litoral capixaba e comunicou à Agência Nacional de Petróleo (ANP), segundo fato relevante.

"Com as novas descobertas, o volume total de óleo estimado na área do Parque das Baleias, incluídos os reservatórios localizados acima e abaixo da camada de sal, já chega a aproximadamente 3,5 bilhões de barris de óleo", informou a estatal. "Os excelentes resultados dessas duas perfurações, as ótimas respostas do teste de longa duração do poço pioneiro 1-ESS-103A e as facilidades logísticas já instaladas e em instalação na área levam a Petrobras a intensificar os estudos para acelerar a produção do pré-sal do Espírito Santo", disse a companhia em fato relevante assinado pelo diretor financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa.

Os reservatórios estão entre 4.200 e 4.800 metros de profundidade a partir do nível do mar. Até agora já foram perfurados seis poços na seção pré-sal do Espírito Santo, todos eles com sucesso, destacou a companhia.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Novo campo na bacia de Santos vai ampliar produção de gás a partir de dezembro

A oferta de gás natural do país terá acréscimo de 1,5 milhão de metros cúbicos/dia a partir de dezembro, com a entrada em operação do campo de Lagosta, na bacia de Santos, conforme previsão da Petrobras. Segundo o gerente-geral do Ativo Sul da Unidade de Negócios da Bacia de Santos, Luiz Carlos Mendes, boa parte dessa produção será destinada a regiões próximas à Baixada Santista.

"Boa parte da produção será destinada à demanda daquela área próxima, mas o gás será direcionado a todo o sistema", afirmou Mendes, durante audiência pública relativa ao projeto-piloto do pólo de Tupi, também em Santos.

A produção do campo de Lagosta será escoada para o campo de Merluza, que fica ao lado, por meio de um duto de seis quilômetros. A preparação do único poço do capo de Lagosta está na fase final, destacou Mendes.

O gerente explicou que, junto com Merluza, a produção do pólo, situado na região central da bacia de Santos, chegará a 2,3 milhões de metros cúbicos/dia. Os campos ficam situados em águas rasas e são voltados exclusivamente para a produção de gás natural. Os campos da camada pré-sal em Santos ficam na parte Sul da bacia, e estão localizados a profundidades superiores a 5.000 metros.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UAI - Belo Horizonte

Lula defende produção de biocombustível na África

No discurso de encerramento Conferência Internacional de Biocombustíveis em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os países ricos pelo protecionismo e apelou para que se produza biocombustíveis na África, como forma de desenvovlver o continente.

Segundo o presidente, existe a possibilidade de transferir tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para a produção agrícola na África. "Isso servirá para conseguir a mesma proeza que tivemos no cerrado", disse Lula.

O presidente destacou por duas vezes a experiência do País na produção e no uso de biocombustíveis e apelou para que se reduzam as tarifas de importação do álcool. "Explorar petróleo é muito importante, mas também é muito caro. Não são todos os países do mundo que têm dinheiro para abrir campos de exploração", afirmou.

Lula citou os Estados Unidos como o principal responsável dos gases de efeito estufa e isentou a China de responsabilidade, pois, de acordo com o presidente, o país asiático cresce há muito menos tempo que os EUA.

O presidente ainda defendeu uma mudança nos padrões de consumo para "evitar uma catástrofe". "Muita gente não entendeu que o padrão de consumo tem que mudar, para deixarmos um mundo para nossos filhos como o que recebemos de nossos pais."

O governador de São Paulo, José Serra, também criticou os EUA. De acordo com ele, o país tem mantido distância entre o discurso e a prática, com as barreiras tarifárias que impõe. "Os EUA são como aquele padre chileno: predica, mas não pratica".

O governador ainda cometeu uma gafe chamando o ministro da Relações Exteriores, Celso Amorim, de Celso Lafer. Serra se desculpou dizendo que cometeu um engano "onomástico".

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Redação Terra

MERCADO DE ETANOL
Lula critica barreiras protecionistas sobre etanol

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou hoje as barreiras protecionistas que incidem sobre o etanol. Ele disse que após a realização da Conferência Internacional de Biocombustíveis o debate no âmbito internacional será intensificado. "Manter as tarifas sobre o etanol é uma contradição", disse, referindo-se ao fato de que não existem tarifas que incidem sobre a importação de petróleo.

Segundo ele, com a realização deste evento, o mundo passou a conhecer melhor o sistema de produção brasileiro, o que vai facilitar o trabalho do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Lula disse que durante a conferência teve encontros com representantes do governo da Suécia, do que resultou um convite para que o ônibus movido a etanol produzido no Brasil pela Scania seja apresentado aos suecos. Para isto, será agendada uma viagem dos prefeitos de São Paulo e do Rio de Janeiro para o país europeu.

Questionado sobre as recentes descobertas de petróleo no pré-sal brasileiro, Lula disse que estas descobertas não irão atrapalhar o desenvolvimento dos biocombustíveis no Brasil. "É uma receita a mais que nós teremos", afirmou. O presidente ressaltou que não pretende exportar petróleo bruto mas seus derivados e para isso serão feitas quatro refinarias para produção e exportação de gasolina premium.

O presidente disse também que o Brasil poderá fazer parcerias com países europeus para que a tecnologia de etanol desenvolvida no país seja levada para terceiros países, principalmente na África. "Se os países africanos tiverem um solo semelhante ao cerrado brasileiro, o potencial para produção de etanol de cana é enorme", disse.
Lula afirmou que acompanhou os debates sobre biocombustíveis durante a campanha presidencial norte-americana. Ele observou que tanto Barack Obama como john McCain falaram da necessidade de mudar a matriz energética dos Estados Unidos, mas criticou a opção da indústria norte-americana em produzir etanol a partir do milho. "Não é prudente produzir etanol a partir do milho porque a utilização do grão para combustível eleva o preço do cereal e também o preço dos frangos e suínos", disse.

Sobre a questão com o Equador, que entrou com uma ação na Câmara de Arbitragem Internacional para suspender o pagamento de um empréstimo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Lula disse que não faria nenhum comentário. "A minha palavra é a palavra do Celso", disse ele referindo-se ao comunicado divulgado hoje pelo ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) sobre o assunto.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

China busca cooperação com Brasil para etanol

A China quer estreitar a cooperação com o Brasil para a produção de cana-de-açúcar e reduzir a depedência de petróleo. Essa é a expectativa do vice-ministro de Energia da Comissão de Desenvolvimento e Reforma Nacional da China, Sun Qin, uma das principais autoridades energéticas do governo chinês. Ele lidera uma missão que tem como objetivo conhecer de perto o setor sucroenergético brasileiro e participa do evento ´Brasil Biocombustíveis´, em São Paulo.

O país tem um mercado que hoje consome 70 bilhões de litros de gasolina por ano. Os chineses já utilizam a mistura de 10% de etanol na gasolina (E10) em cinco de suas províncias, e têm como desafio adotar o E10 em todo o território nacional. ´A China deseja continuar a cooperação técnica e de negócios com o Brasil e, desta forma, fortalecer a produção e o consumo de etanol em ambos os países´, afirmou Sun Qin.

´O mercado potencial da China é muito expressivo: seriam necessários 7 bilhões de litros de etanol por ano para garantir que o E10 fosse oferecido em todo o país´, afirmou o diretor-executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão de Sousa, que acompanhou o grupo de chineses durante visita à Usina São João (USJ), em Araras (SP).

´Para se ter uma idéia, o Brasil exportou em 2007 perto de 3,5 bilhões de litros de etanol, ou seja, metade do que a China precisaria hoje para o seu mercado interno´, comparou Sousa, ressaltando que o maior mercado de gasolina do mundo, o americano, consome 500 bilhões de litros do derivado de petróleo por ano.

A delegação do ministro Sun Quin inclui executivos da PetroChina, uma das maiores petrolíferas e distribuidoras da China, e da COFCO, o mais importante agente chinês de produção de etanol de milho e também uma das maiores importadoras chinesas da soja brasileira.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Investnews

Lula comemora destaque de biocombustíveis na agenda global

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nesta sexta-feira, 21, durante encerramento da primeira Conferência Internacional de Biocombustíveis, o fato do tema da energia limpa ter ocupado um lugar de destaque na agenda global, diferente do cenário que encontrou nas reuniões do G-8 e da FAO, realizadas no ano passado, respectivamente no Japão e na Itália.

Lula lembrou que, na reunião do G-8, nenhum dos participantes conseguiu explicar as razões pela qual o petróleo havia subido de US$ 30 para US$ 150 por barril. Segundo ele, naquele momento, foi muito simples culpar o crescimento da China e a expansão dos biocombustíveis no Brasil pela alta do preço dos alimentos quando a crise alimentar estava muito ligada à especulação nos futuros de petróleo e de commodities de agrícolas. "Na FAO, refutei as teses falaciosas que atribuíam ao biocombustível os problemas ambientais e o aumento dos preços dos alimentos", disse.

Para o presidente, a presença de delegações de 75 países na conferência é um sinal de que a visão sobre biocombustíveis mudou. "Os biocombustíveis estão longe de ser uma panacéia que resolverão todos os problemas do planeta, mas sua produção pressupõe o uso sustentável da terra disponível, respeitando o meio ambiente e o trabalhador", disse em seu discurso de encerramento. Lula disse também que a discussão sobre biocombustíveis não é apenas uma discussão sobre novas fontes de energia, mas um debate sobre uma nova economia.

O presidente Lula lembrou que meses atrás o mundo estava voltado para a crise da alta dos preços dos alimentos e que, hoje, a crise financeira tem se mostrado muito mais devastadora. "Trata-se de uma oportunidade para que a comunidade internacional reveja suas prioridades", disse. Segundo ele, a atual conjuntura de crise não pode ocultar a fome, a pobreza e questões sobre meio ambiente e mudanças climáticas.

O presidente ressaltou que parte da alta dos preços dos alimentos atribuída à produção de biocombustíveis deve-se ao fato de que, nos últimos oito anos, o mundo vem consumindo seus estoques reguladores. Ele disse que, no caso do trigo, de 2000 a 2008, os estoques reguladores caíram de 207 milhões de toneladas para 136 milhões de toneladas. No caso do milho, a redução foi de 193 milhões de t para 112 milhões de t no mesmo período. Já o arroz teve seus estoques reguladores mundiais reduzidos de 143 milhões de t para 81 milhões de t. "A culpa é dos governos que não se preocuparam em manter seus estoques mesmo com o crescimento da demanda pelos países pobres".

Lula afirmou que a conferência que termina hoje é uma oportunidade de mostrar a todos os países as grandes transformações que o campo brasileiro sofreu em 30 anos com a produção de energia limpa, desde o início do programa de etanol nos anos 70. O presidente também afirmou que já recebeu o documento com o zoneamento agrícola para a produção de cana e garantiu que não haverá plantio de cana na Amazônia.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Etanol vai evitar emissão de 500 mi de t de CO²

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou, durante a 1ª Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, que o Brasil deve aumentar em 11% ao ano o uso do etanol na matriz energética. Em dez anos, segundo o ministro, o País deixará de lançar 508 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO²) na atmosfera. O CO² é o principal gás de efeito estufa, que causa o aquecimento global. No encontro, que se encerra nesta sexta-feira em São Paulo, ele enfatizou que o governo brasileiro está empenhado em parcerias que possibilitem a transferência de tecnologia dos biocombustíveis para nações pobres da América Latina, Caribe, África e Ásia. E, internamente, no uso de subprodutos, como a palha da cana (como fonte de energia renovável) e o vinhoto, na composição do biogás e dos biofertilizantes, contribuindo para reduzir os custos de produção do agronegócio.

O ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, disse que os debates colocaram o tema das energias alternativas na agenda governamental e o Brasil tem papel essencial nesse processo, com a tecnologia desenvolvida há mais de 30 anos do etanol. "Muitos países já se colocaram à disposição e estão abertos para estabelecer programas de cooperação nessas áreas. Temos um ambiente muito favorável a cooperação internacional."

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ressaltou a importância do evento, que reúne representantes de 30 organismos internacionais e de quase uma centena de países. Ele criticou os subsídios agrícolas milionários e a imposição de vários tipos de barreiras, que impedem a criação de um mercado internacional para os biocombustíveis. "Esses produtos fazem parte da solução para enfrentar três grandes desafios da atualidade: segurança energética, mudança do clima e combate à fome e à pobreza", destacou.

O relator dos trabalhos, Paul Roberts, disse que entre as alternativas para reduzir a dependência de petróleo, a plenária sugeriu a mistura, obrigatória, de 10% de etanol em toda gasolina consumida mundialmente, uma vez que as tecnologias disponíveis tornam a ação viável. Dezesseis países participaram da sessão e a representante da União Européia anunciou que até 2010 a meta do uso de energia renovável deverá atingir 5,75% da matriz energética do continente e em 2020, chegar a 10%, de acordo com informações das assessorias do MCT e da conferência.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Mercado Carbono - Terra

Queiroz Galvão e Itochu esnobam crise com aposta no etanol

Queiroz Galvão vai remar contra a maré. No momento em que algumas das maiores indústrias sucroalcooleiras do país moem seus investimentos, a construtora fechou uma parceria com a Itochu. A dupla vai construir usinas de álcool e açúcar na Bahia, Pernambuco, Goiás e Mato Grosso.

As negociações foram deflagradas no início deste ano e, mesmo com a crise internacional e a escassez de crédito, as duas empresas selaram o acordo. A Queiroz Galvão terá o controle da joint-venture, com 70%. O investimento será da ordem de US$ 400 milhões.

Ainda que minoritária, a Itochu terá uma participação chave na operação. Parcela expressiva dos investimentos será financiada por um pool de bancos japoneses parceiros da trading. O restante sairá do caixa da Itochu e da Queiroz Galvão. Fato raro nos saáricos dias de hoje, o projeto foi elaborado sem prever financiamento do BNDES.

O grupo nipônico vai ainda transferir tecnologia e assumir a comercialização do etanol no mercado internacional. A Itochu tem contratos com distribuidores de combustíveis no Japão que prevêem o fornecimento de expressivos volumes do combustível a partir de 2010. A maior parte sairá do Brasil.

A Queiroz Galvão será parceira exclusiva em todas as usinas que a Itochu vier a construir no Brasil. Há negociações para que a associação seja estendida a outros países.

A trading nipônica tem planos de instalar unidades no Japão e na China, projeto que deverá contar com a participação de outros sócios.

Além do investimento per si na produção de etanol, a joint-venture vai representar também a entrada da Queiroz Galvão na construção de usinas sucroalcooleiras.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Cidade Biz

Tecnologia disponível permite ampliação da produção mundial de biocombustíveis

A tecnologia já disponível é suficiente para que muitos países possam iniciar sua produção de etanol a partir de cana-de-açúcar. Esta é a posição do professor do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá, Luiz Horta, que participou, nesta manhã, da terceira sessão plenária da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, na capital paulistana.

"Já poderíamos ter acumulado benefícios globais em termos ambientais e econômicos se muitos países que têm condições, especialmente na América Latina, de produzir biocombustíveis já tivessem tomado iniciativa. Podemos citar apenas alguns, como Jamaica, Costa Rica e Colômbia que iniciaram esse processo; mas ainda são poucos", ressaltou Horta acerca do debate em torno da inovação no setor de biocombustíveis.

O professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e ex-ministro da Ciência e Tecnologia, José Goldemberg, reforça este pensamento. Para ele, é necessário não só desenvolver novas tecnologias, mas aprofundar e disseminar a que já existe. "Isso depende de mandato governamental para se fixar um percentual de biocombustível misturado ao combustível fóssil. Temos estudos apontando que a produção de biocombustíveis gera 60 vezes mais empregos que a utilização de combustíveis fósseis. Isso num momento de crise econômica é um fator muito importante", completou Goldemberg.

A sessão teve como moderador o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Sílvio Crestana, e participação de especialistas do Banco Mundial (BID), institutos de pesquisa do Brasil, Estados Unidos e Sudão, além de representante da indústria automobilística. À tarde, o debate será focado no mercado internacional, regras comerciais e padrões sócio-ambientais dos biocombustíveis.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Comissário vê sustentabilidade como primeiro passo para etanol brasileiro conquistar Europa

A sustentabilidade é a primeira condição a ser atendida para que o etanol brasileiro seja um produto aceito por consumidores europeus. A opinião é de Andris Piebalgs, comissário da União Européia (UE) para Energia e responsável pelo processo de análise e votação da Diretiva Européia, que vai definir os critérios para a produção, utilização e importação de energias renováveis pelos 27 países que compõe o bloco econômico.

Piebalgs foi recebido nesta quarta-feira (19/11/2008) para uma série de reuniões na sede da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA) em São Paulo, onde concedeu entrevista coletiva para mais de 30 jornalistas da mídia brasileira e internacional ao lado do presidente da entidade, Marcos Sawaya Jank. O comissário defendeu a importância dos três pilares da sustentabilidade – social, ambiental e econômico – algo que, segundo ele, crescerá de importância na mesma medida do crescimento populacional.

"Hoje temos 6,5 bilhões de pessoas no planeta e chegaremos a 9 bilhões antes de 2015, o que tornará a relevância dos critérios de sustentabilidade ainda maior", constatou.

O segundo passo para expandir o mercado de etanol, disse Piebalgs, "é a inclusão de 20% de energias renováveis na matriz da União Européia, até 2020, como determina a Diretiva". Segundo ele, metade desses 20% se refere à área de transportes, o que inclui a substituição de gasolina e diesel por etanol e biodiesel, por exemplo, mas em proporções ainda não conhecidas. "Esta escolha será feita pelos consumidores europeus, pois poderemos, por exemplo, utilizar carros elétricos recarregados por fontes de origem renovável", ressaltou.

"A cana tem vantagens sobre as outras matérias-primas para produção de etanol e certamente terá espaço no mercado, já que atende com sobra a determinação da Europa de redução de 35% nas emissões de CO2", declarou Piebalgs, que visitou uma usina sucroenergética brasileira na terça-feira (18/11/2008), acompanhado por Jank e pela assessora internacional da UNICA, Géraldine Kutas.

"Foi muito importante o comissário visitar a usina Santa Adélia (Jaboticabal-SP) e ver de perto todo o processo produtivo, desde o plantio até a área industrial, o que deu a dimensão de como a fabricação do etanol é avançada no Brasil", disse Kutas. "A sustentabilidade socioambiental e econômica do setor sucroenergético brasileiro, assim como todo o know-how de 30 anos na distribuição e uso do biocombustível, foram outros aspectos importantes apresentados para o comissário europeu", concluiu.
A votação final da Diretiva no âmbito da União Européia deverá ocorrer em meados de dezembro de 2008 e as determinações que forem aprovadas terão forte influência, não apenas sobre o uso de combustíveis renováveis na UE, como também sobre os países que estão definindo a produção de energias renováveis e que podem vir a ser exportadores para os países europeus, como é o caso do Brasil.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UNICA

China quer fortalecer cooperação com Brasil para produção de etanol

Com um mercado que hoje consome 70 bilhões de litros de gasolina por ano, a China busca estreitar a cooperação com o Brasil para a produção de etanol de cana-de-açúcar, para reduzir sua dependência de petróleo e garantir benefícios para o meio ambiente, especialmente a redução na emissão de gases de efeito estufa. Essa é a expectativa do vice-ministro de Energia da Comissão de Desenvolvimento e Reforma Nacional da China, Sun Qin, uma das principais autoridades energéticas do governo chinês. Ele lidera uma missão que tem como objetivo conhecer de perto o setor sucroenergético brasileiro e participar do evento "Brasil Biocombustíveis", realizado pelo governo federal nesta semana (17 a 21/11/2008), em São Paulo.

Os chineses já utilizam a mistura de 10% de etanol na gasolina (E10) em cinco de suas províncias, e têm como desafio adotar o E10 em todo o território nacional. "A China deseja continuar a cooperação técnica e de negócios com o Brasil e, desta forma, fortalecer a produção e o consumo de etanol em ambos os países", afirmou Sun Qin.

China


"O mercado potencial da China é muito expressivo: seriam necessários 7 bilhões de litros de etanol por ano para garantir que o E10 fosse oferecido em todo o país", afirmou o diretor-executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão de Sousa, que nesta segunda-feira (17/11/2008) acompanhou o grupo de chineses durante visita à Usina São João (USJ), em Araras (SP).

"Para se ter uma idéia, o Brasil exportou em 2007 perto de 3,5 bilhões de litros de etanol, ou seja, metade do que a China precisaria hoje para o seu mercado interno", comparou Sousa, ressaltando que o maior mercado de gasolina do mundo, o americano, consome 500 bilhões de litros do derivado de petróleo por ano.

A delegação do ministro Sun Quin inclui executivos da PetroChina, uma das maiores petrolíferas e distribuidoras da China, e da COFCO, o mais importante agente chinês de produção de etanol de milho e também uma das maiores importadoras chinesas da soja brasileira.

Na visita à Usina São João, o grupo foi recepcionado pelo presidente da USJ, Hermínio Ometto. Com a visita, Sun Qin atendeu ao convite feito pelo presidente da UNICA, Marcos Jank, que visitou o ministro em seu país no mês de outubro.

Aspectos da cooperação Brasil-China em etanol

- Negócios (joint ventures), cooperação tecnológica e acadêmica
- Aprimoramento de acordos governamentais para expandir o uso de etanol
- Transferência de tecnologia para produção e know-how de distribuição
- Incremento da transferência tecnológica dos veículos flex para a China

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UNICA

MERCADO DE ENERGIA

Venda de energia renderá R$ 110 milhões por ano

As cinco pequenas centrais hidrelétricas em construção no Alto Juruena vão render por ano para a empresa Juruena Participações e Investimentos R$ 110 milhões. Esse é o valor da venda dos cerca de 92 MW médios de energia no Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia (Proinfa) em contrato de duração de 20 anos.

Para ter esse rendimento, os investimentos necessários também são elevados, totalizando R$ 520 milhões. Desse total, R$ 160 milhões serão recursos próprios dos sócios da Juruena, grupo de fundos de pensão reunidos no Fundo de Investimento em Participações da Infra Asset Management, que detém 89,9% da empresa, e empresários locais com 10,1%. Os outros R$ 360 milhões são recursos de um financiamento do BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal . Ao todo, R$ 260 milhões do financiamento já foram liberados.

O presidente da Juruena, Mauro Boschiero, afirma que a empresa vai construir as PCHs. Com tanto investimento em jogo, a disposição em resolver as pendências com os índios levou a empresa a bancar a ida dos 84 Enawenê Nawê a Brasília no início do mês. A empresa gastou R$ 169 mil em hospedagem, alimentação e transporte para os índios, e não pôde participar da reunião. Os índios não quiseram.

Boschiero queixa-se da Funai, que não teria acertado com os índios a pauta da reunião, que deveria girar em torno da discussão da compensação financeira para que as obras continuassem em andamento. Além disso, organizações não-governamentais participaram das reuniões, assim como representantes dos índios Xinguanos, que acabaram incluindo reivindicações próprias na pauta de discussão.

Na semana passada, os índios estiveram com o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, que explicou aos índios que não poderia legalmente paralisar as obras das PCHs. O coordenador da Operação Amazônia Nativa, Ivar Busatto, disse que um desembargador explicou aos índios que legalmente as obras não poderiam ser paradas, mas afirma que a Funai precisa agir imediatamente para passar informações aos índios e evitar novos confrontos.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

São Carlos será referência em energia limpa

São Carlos terá, a partir de abril de 2010, a "Cidade da Bioenergia", um espaço de 240 hectares que deve concentrar pesquisas relacionadas a fontes renováveis de energia. É uma iniciativa inédita na América Latina. O valor inicial do investimento é de R$ 75,5 milhões em obras de infraestrutura.

O convênio para o desenvolvimento do projeto foi assinado nesta quinta-feira (20) em São Paulo por representantes do governo federal, da Prefeitura de São Carlos, da Embrapa, que cedeu o terreno, e Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).

A Cidade da Bioenergia terá um espaço permanente para exposições. Do investimento inicial, R$ 52 milhões são do governo federal. Outros R$ 23,5 milhões serão custeados pela Abimaq.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por EPTV

Energia: Brenco abtem licença para construção de Unidade no MS

A Companhia Brasileira de Energia Renovável (Brenco) obteve licença do Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul) para a instalação de uma unidade de bioenergia no município de Costa Rica (MS). A unidade irá processar 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, gerando anualmente 258 mil m3 de etanol, e deve gerar cerca de 1,8 mil empregos diretos. A Unidade deve começar a operar no primeiro semestre de 2011.

Além de produzir álcool anidro e álcool hidratado, a planta terá potência instalada para co-geração de até 144 MW de energia elétrica a partir do bagaço da cana, destinada ao consumo próprio e à comercialização para terceiros. A Brenco repassará ao Imasul em torno de R$ 1,2 milhão para implantação e manutenção de Unidades de Conservação Ambientais na região.

A Unidade Costa Rica fará parte do Pólo 2 de produção da Brenco, que totalizará capacidade de moagem combinada de 10 milhões de toneladas por safra. Outras duas unidades ainda estão previstas para serem construídas em Paranaíba (MS) e Itajá (GO).

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Investnews

CE: Empresário usa energia eólica para diminuir gastos

O Jornal do Meio Dia mostra o exemplo de um pequeno empresário que encontrou um jeito de reduzir as despesas.

Lúcio Gurgel é dono de um pensionato e decidiu investir numa energia limpa e renovável para economizar energia elétrica. Ele construiu sete cataventos para bombear a água para os 42 cômodos do prédio. O resultado foi impressionante: os três cataventos são suficientes para que não falte água nas torneiras.

A força do vento é usada para puxar a água do poço que fica a 8 metros de profundidade que, depois, segue por canos até a caixa d´água que fica no quarto andar do prédio, a 15 metros de altura.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Verdes mares globo.com

MERCADO DE BIODIESEL
Agricultor do sertão aprende a fazer biodiesel

Mais de 500 agricultores de municípios do sertão do Pajeú (PE) fizeram oficinas de capacitação em agricultura familiar e conhecimentos sobre o Programa de Produção e Uso de Biodiesel, um curso com duração de três dias. Também serão capacitados dez técnicos que atuarão na usina de biodiesel de Serra Talhada, que começa a funcionar no final de 2009, informa Erika Lima, da assessoria do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene).

As oficinas fazem parte do projeto inclusão social na cadeia produtiva do biodiesel. Além de oferecer capacitação e disseminar conhecimentos sobre a cadeia produtiva do biodiesel, as oficinas têm o objetivo de sensibilizar os agricultores para a importância social do programa. ¿A idéia é capacitar os agricultores antes início do funcionamento da usina de Serra Talhada", informa o diretor do Cetene, Fernando Jucá. A usina terá capacidade para produzir 10 mil litros/dia de biodiesel.

Inicialmente, nove municípios serão contemplados com a capacitação: Serra Talhada (com 200 agricultores), São José do Egito (50 agricultores), São José do Belmonte (70), Mirandiba (50), Flores (50), Betânia (50), Afogados da Ingazeira (30), Calumbi (30) e Carnaíba (30). A seleção dos municípios foi baseada nos critérios de localização e organização dos agricultores em associações ou cooperativas.

A capacitação está sendo promovida pelo Cetene, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Prefeitura Municipal de Serra Talhada e Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Mercado Carbono - Terra

Leilão vai atender demanda de biodiesel em óleo

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) confirmou para segunda e terça-feira, o 12º Leilão de Biodiesel, com a oferta de 330 milhões de litros. A operção visa atender à demanda gerada pela adição obrigatória de 3% de biodiesel ao óleo diesel vendido no Brasil no primeiro trimestre de 2009.

Poderão participar do leilão - que será realizado na modalidade pregão, na forma presencial - todos os produtores que cumprirem as exigências da ANP. É necessário ter autorização da Agência para exercer a atividade de produtor de biodiesel, contar com o Registro Especial da Secretaria da Receita Federal e cadastro no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf).

O leilão está dividido em dois lotes. O primeiro, de 264 milhões de litros, destina-se a empresas detentoras do Selo Combustível Social, previsto na Lei 11.097/2005. Do segundo, de 66 milhões de litros, poderão participar todas as empresas que cumpram os requisitos exigidos pela ANP, incluindo as que não possuem Selo Combustível Social.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Investnews

MERCADO DE AÇÚCAR & ÁLCOOL

ETH, da Odebrecht, negocia compra da NovAmérica

A ETH Bioenergia S/A, braço sucroalcooleiro do Grupo Odebrecht, admitiu ontem que negocia a aquisição de usinas do Grupo NovAmérica, um dos maiores do País e proprietário da marca União de açúcar, líder no varejo brasileiro. O diretor de relações institucionais da ETH, Eduardo Pereira de Carvalho, confirmou que a empresa é uma das companhias interessadas na aquisição do NovAmérica, que enfrenta dificuldades financeiras diante da crise e que, há um mês, admitiu negociações com outros grupos sucroalcooleiras.

O empecilho no negócio, segundo Carvalho, seria o fato de o Grupo NovAmérica dar prioridade a um processo de fusão. Na segunda-feira, o diretor-financeiro e de relações com investidores do Grupo São Martinho, João do Val, também revelou ter sido procurado para um processo de união com o NovAmérica. Segundo o diretor, a empresa "declinou o convite", pelo fato de não haver compatibilidade ponto de vista estratégico com o Grupo São Martinho. "Preferimos tocar em frente os nossos projetos de novas usinas", disse do Val.

Quando admitiu as negociações, o Grupo NovAmérica informou que avaliava "a possibilidade de alianças com outras empresas" em suas áreas de negócios "como forma de sustentação do seu ritmo de crescimento". Há pelo menos três meses, o mercado comenta que a companhia poderia negociar ativos em virtude de dificuldades de renegociação do endividamento feito para aquisições e ampliações do setor sucroalcooleiro. Além da área de agroenergia, o NovAmérica tem negócios nos setores citrícola, portuário, agrícola e comercial.

"Os entendimentos com os grupos empresariais dispostos a participarem dessa configuração comercial estão em curso, sem que haja até o momento a efetivação de nenhuma das propostas. Quaisquer outras informações de caráter definitivo serão oportunamente comunicadas", informou o NovAmérica em sua única nota oficial divulgada até agora. Ontem, ninguém da empresa foi localizado para comentar o assunto.

Além da ETH e da São Martinho, o Grupo Cosan, além das multinacionais Cargill e Bunge, também estariam em negociações com o NovAmérica. Porém, no início de outubro, o presidente da Cosan, Rubens Ometto Silveira Mello, negou o interesse.

Para Carvalho, da ETH, a possível negociação com o Grupo NovAmérica seria importante porque daria um parâmetro do valor de uma usina depois da crise financeira. "Neste momento, está muito difícil quantificar o valor de uma operação, porque existem vários fatores a serem considerados", disse. Um deles, segundo o executivo, seria o custo de um projeto "greenfield" (a partir do zero), que subiu de forma expressiva nos últimos meses. Segundo Carvalho, as usinas já prontas estão agora com preços mais depreciados.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Estudo aponta ganhos de produtividade do setor canavieiro

A expansão da produção de cana-de-açúcar e etanol, nas últimas décadas, ocorreu não só em área cultivada, mas também a partir de expressivos ganhos em produtividade nas fases agrícola e industrial, com aumentos anuais de 1,4% e 1,6%, respectivamente. É o que revela o estudo Bioetanol de cana-de-açúcar - Energia para o desenvolvimento sustentável, lançado esta semana, em São Paulo.

De acordo com a publicação, o processo resultou em crescimento anual de 3,1% da produção de etanol por hectare cultivado, ao longo de 32 anos. Segundo o diretor do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Alexandre Strapasson, é preciso considerar a proporção do uso da cana-de-açúcar no Brasil para produção do biocombustível.

"São quatro milhões de hectares, ou 0,5% do território nacional, muito pouco em comparação com as áreas disponíveis para agricultura", enfatizou. Os dados oficiais são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com Strapasson, para se planejar o futuro do setor, o governo está finalizando o zoneamento agroecológico que vai disciplinar a expansão da área de cultivo da cana no País. O diretor do Mapa comentou, ainda, que 70% da expansão da cana tem ocorrido em áreas de pastagens, como acontece em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás, que são os maiores produtores nacionais, com ganho em produtividade, tanto da cana-de-açúcar como da pecuária.

O livro apresenta um panorama da cana-de-açúcar e do etanol no Brasil e em países com potencial de produção do biocombustível. Foi produzido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) em parceria com a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por ProCana

USDA faz previsões de produção de açúcar e de etanol

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta quinta-feira (20) suas previsões para o mercado mundial de açúcar e de álcool. Conforme a instituição, somente Brasil e Tailândia vão registrar aumento na produção do alimento na safra 2008/09. Previsão: o Brasil deve aumentar de 32,1 milhões de toneladas para 32,45 milhões de toneladas, alta de 350 mil toneladas.

Do total de açúcar a ser produzido no Brasil, 27,5 milhões de toneladas virão da região Centro-Sul e 4,95 milhões de toneladas do Norte/Nordeste. A exportação de açúcar do Brasil deve crescer 500 mil t para 20,3 milhões de t em relação à safra anterior.

O USDA estima que a produção de etanol do Brasil deve ficar em 26,85 bilhões de litros, alta de 4,46 bilhões de litros em relação à safra anterior. Deste total, 18,5 bilhões serão de hidratado e 8,35 bilhões de litros de anidro. A demanda interna por etanol deve bater em 22,45 bilhões de litros, alta de 3,48 bilhões de litros, impulsionada pelas vendas de carros flex fuel.

Na Tailândia, a expectativa é de que a produção total de açúcar fique em 7,9 milhões de toneladas, alta de 80 mil toneladas. Nos demais países asiáticos, a produção deve cair, totalizando uma queda regional de 6,6 milhões de toneladas para 62,5 milhões de t. A estimativa é de que a Índia reduza sua produção em 5,7 milhões de t para 22,9 milhões de t. A China deve reduzir sua produção em 113 mil toneladas para 15,8 milhões de toneladas. A União Européia irá reduzir sua produção em 814 mil toneladas e se transformar em um importador de açúcar. O volume estimado de importação do bloco em 2008/09 é de 2,3 milhões de t.

Diante deste cenário, o USDA está estimando uma queda de 7,9 milhões de toneladas na produção mundial para 158,8 milhões de t. O consumo mundial de açúcar deve ficar em 162,1 milhões de t, alta de 5 milhões de t em relação a safra anterior. As exportações mundiais devem totalizar 48,2 milhões de t, queda de 2,8 milhões de t. Os estoques mundiais devem cair 4,1 milhões de t para 38,6 milhões de toneladas. Com o aumento de consumo e a queda na produção e nos estoques, a relação entre estoque final sobre oferta total caiu de forma expressiva a nível global, de 17,01% em 2007/08 para 15,51% em 2008/09.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agroind

Jank: sustentabilidade do etanol deve ser exigida da cana, mas também das outras matérias-primas

O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Jank, cobrou das autoridades internacionais o mesmo nível de exigência de sustentabilidade das outras matérias-primas para produção de etanol, assim como tem sido feito com a cana-de-açúcar. Jank fez o comentário durante a sessão plenária "Biocombustíveis e Mercado Internacional: regras comerciais, questões técnicas e padrões sócio-ambientais", da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, nesta quarta-feira (19/11/2008) em São Paulo.

Segundo Jank, nunca durante os mais de 150 anos de uso do petróleo se falou tanto sobre questões socioambientais como se tem discutido nos últimos dois anos em relação ao bioetanol. "Os biocombustíveis devem ser entendidos como uma grande oportunidade e não uma ameaça", disse Jank, destacando que atualmente há dois problemas globais: a escassez de petróleo e o aquecimento global, para os quais têm sido discutidas soluções apenas em termos nacionais pelos países.

Para o presidente da UNICA, os países da Europa, os Estados Unidos e o Japão não abrem seus mercados para o etanol: "Os EUA querem se fechar exclusivamente para a produção interna de etanol, sem deixar os outros países participarem da comercialização deste produto em seu mercado, que é o maior do mundo", afirmou.

Jank defendeu ainda o zoneamento do plantio de cana-de-açúcar, a certificação equilibrada nos pilares social, ambiental e econômico, e os avanços quanto às melhores práticas trabalhistas. "Em um setor que emprega mais de 750 mil trabalhadores, logicamente há problemas, mas são exceções", declarou. "Na média, a cana é o segundo melhor salário do agronegócio brasileiro", informou o presidente da UNICA, destacando que a produção de etanol de cana emprega muito mais trabalhadores do que o setor de petróleo.

Debate amplo


O mediador da sessão foi o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, que abriu o debate ressaltando a importância da geração de energias renováveis. "A agroenergia representa uma possibilidade de mudança significativa da matriz energética global, capaz de ampliar as condições de paz e a democracia em todo o mundo", afirmou Rodrigues.

Outro panelista, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, do Ministério das Minas e Energia, Maurício Tolmasquin, criticou as dificuldades que têm sido impostas pela União Européia ao livre comércio de etanol: "As restrições das diretivas européias podem se tornar uma armadilha ecológica" comentou, acrescentando que tais restrições contribuem pouco para que haja uma conquista concreta de alternativas energéticas adequadas.

Representando os trabalhadores, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Manoel José dos Santos, afirmou que "existe a necessidade da participação direta dos trabalhadores nesses debates". Segundo Santos, as relações comerciais dos biocombustíveis são prejudicadas pela alta taxação nos países desenvolvidos.

"Não existe mercado livre para o etanol no mundo", declarou Santos, cobrando a participação de representantes de trabalhadores de outros países produtores. Ele também pediu melhoras nas condições de trabalho no setor, e cobrou providências para que cortadores de cana que perdem seus empregos devido ao avanço da mecanização sejam requalificados.

A relatora da sessão foi a indiana Lakshmi Puri, vice-secretária geral da Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Outros debatedores presentes foram a americana Charlotte Opal, representante da Roundtable on Sustainable Biofuels (RSB) com sede na Suíça, o diretor-geral do ministério do meio-ambiente da Itália, Conrado Clini e Nick Goodall, presidente da Agência Britânica de Combustíveis Renováveis.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UNICA

STF proíbe Paulínia de legislar sobre queima de cana

A lei municipal de Paulínia que proíbe a queima da palha de cana-de-açúcar foi suspensa, em decisão liminar, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A proibição afeta a autonomia do município de determinar a predominância de técnicas manuais ou mecanizadas para a colheita, na medida em que a ausência de máquinas exige a queima da planta.

Atendendo a recurso movido pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), a decisão impede que a lei municipal seja aplicada. Segundo Francesco Giannetti, assessor jurídico desse "sindicato" das usinas, a decisão do STF vai ao encontro da hierarquia existente na legislação. "´O Supremo está seguindo o que determina a Constituição do Brasil quanto à distribuição de competência legislativa", afirma.

O assessor jurídico da Unica disse que a lavoura de cana está eliminando progressivamente a queima, por meio da substituição da colheita manual pela mecanizada. ´Vale ressaltar que o Protocolo Agroambiental, assinado entre as usinas, produtores de cana e o Estado de São Paulo, antecipa os prazos legais para a eliminação da queima.´

O protocolo busca consolidar o desenvolvimento sustentável do setor no Estado de São Paulo, que responde por 60% da produção brasileira de cana. Um ano após a assinatura do documento em 2007, mais de 150 das 172 indústrias paulistas já aderiram aos termos do protocolo. Com isso, assumem o compromisso de eliminar, até 2014, a queima da palha na colheita de cana em áreas mecanizáveis e, até 2017, em áreas não-mecanizáveis.

Outros Estados têm seguido o exemplo de São Paulo, como Minas Gerais, que lançou o protocolo em 2008. Além da queima controlada da palha de cana, o protocolo dispõe sobre outros temas de enorme relevância, como: conservação do solo e dos recursos hídricos, proteção de matas ciliares, recuperação de nascentes, redução de emissões atmosféricas e cuidados no uso de defensivos agrícolas.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Paulínia News

Uso de biocombustíveis desacelera aquecimento global

A produção e uso de bioetanol de cana-de-açúcar como combustível pode desacelerar o aquecimento global do planeta Terra, um dos grandes desafios da humanidade no século XXI. A consideração é dos peritos que participam na Conferência Internacional sobre Bio- combustíveis na cidade brasileira de São Paulo.

Os trabalhos da conferência decorrem a nível de peritos com o debate sobre "biocombustíveis e mudanças do clima - mitigação das emissões de gases de efeito estufa, mudança do uso da terra e análises do ciclo de vida de cada tipo de combustível".

Biocombustíveis e sustentabilidade, a segurança alimentar e geração de rendimento das famílias e os desafios para os ecossistemas são outros temas abordados durante a conferência.

As intervenções dos participantes concorreram para a necessidade de adopção de uma agenda comum internacional que permita direccionar os investimentos de vários países no fomento da indústria de biocombustíveis, como forma de garantir a segurança energética e um desenvolvimento sustentável.

"A cana-de-açúcar é uma matéria-prima renovável, que se desenvolve rapidamente, com safras anuais e de alta capacidade de absorção de CO2 (dióxido de carbono) da atmosfera, um dos principais elementos que mais contribuem para o efeito estufa", defendem os participantes da conferência.

Ainda de acordo com os peritos, o interesse pelo uso de biocombustíveis é impulsionado pela necessidade urgente de se atenuar os efeitos de aquecimento global do planeta e tornar o mercado energético, hoje muito dependente do crude, mais competitivo e estável.

As fontes do etanol são renováveis e a sua produção e utilização, acima de tudo, menos poluentes, com reduzidas emissões de gases de efeito estufa, ao contrário dos combustíveis fósseis (gasolina, gasóleo) cujo consumo é o principal responsável pelo aquecimento global do mundo.

O bioetanol, menos tóxico e pouco poluente, pode ser produzido a partir da "cana-de-açúcar, do milho, beterraba, trigo, da mandioca, entre outras fontes" e garante a sustentabilidade das economias nacionais e a protecção do meio ambiente, sustentam os prelectores.

O consumo de gasolina e gasóleo (fósseis) representam 90 porcento de energia consumida em transportes e 35 porcento da energia global consumida, referem estudos afins.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal de Angola

Há muito mito sobre a cana-de-açúcar, diz presidente da Unica

Por estar sob os holofotes graças ao seu desempenho excepcional no mercado internacional, a cana-de-açúcar tem sido associada a inverdades, segundo o presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Marcos Jank. Ele participou hoje (19) de um painel na Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, em São Paulo.

"Há muito mito no Brasil sobre o nosso produto", afirmou Jank. Segundo ele, o cultivo de cana-de-açúcar não é responsável pela derrubada de florestas. "A cana é um produto perecível e que só pode ser transportada em uma distância de até 40 quilômetros. Não faz sentido dizer que estamos derrubando a floresta", ressaltou.

Segundo Jank, o setor é favorável à criação de um zoneamento do governo federal "exatamente para não acusarem a cana de desmatar florestas". "Um ambientalista disse que era a favor da plantação de cana em áreas já desmatadas. Somos contra para não dizerem que derrubamos a Amazônia ou avançamos sobre o Pantanal ou que somos responsáveis pela alta dos preços dos alimentos".

De acordo com o presidente da Unica, o progresso da indústria açúcareira e de etanol afeta outros setores da economia, como a automobilística e a petrolífera e por isso há tanta expeculação sobre o produto. Segundo Jank, outro mito que envolve o setor é o de trabalho escravo. "Temos problemas sim, mas o trabalho em condições análogas ao de escravo é uma exceção, não uma regra. Quando se divulga isso até parece que no Brasil acorrentamos pessoas. O que temos aqui são as condições degradantes de trabalho", afirmou.

Jank ressaltou que os salários dos trabalhadores do cultivo da cana está aumentando gradativamente se comparado com outras culturas e que a indústria presente em cerca de 20 estados da federação tem poucos casos autuados e nenhum transitado em julgado [com sentença definitiva]. "Queremos o reconhecer as melhores práticas e qualificar os empregados para nossa própria indústria para mostrar que estas denúncias são casos isolados".

O presidente da Unica acredita que uma forma de acabar com os mitos é investir em comunicação sobre o setor. "E temos que ter também diálogo para banir as inverdades", completou. Para ele, outra maneira de acabar com as inverdades sobre a cana é discutir novos critérios para sua produção e comercialização. "É preciso ter equilíbrio baseado em conhecimento real e estatistícas sobre estes critérios", disse.

Segundo Jank, as empresas do hemisfério sul também devem participar das conversas sobre a sustentabilidade. "Hoje há condições diferentes para quem produz etanol ou açúcar, mas a cana é a mesma para todos os produtos. É preciso pensar em critérios para a cana pensando nos impactos econômicos, sociais e ambientais, que são os três pilares da sustentabilidade", completou.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Brasil - ABr

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