Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal

P E N S A M  E N T O S    &   C I A.
0 1  /  J U N H O  /  2 0 0 9


A falibilidade do ser humano
"By Lela"

Não há justo, nem sequer um. Rom. 3:10

A Bíblia diz que não há um justo sequer.

Filósofos, pensadores, religiosos buscam meios de entender ou explicar a malignidade humana; as  mais variadas teorias surgem no intuito de fundamentar ou justificar esta tendência para o mal. Seria a própria necessidade de sobrevivência do homem que explicaria a sua maldade? a sociedade colabora para tornar o homem um ser mau, ou bom? Ela corrompe o homem ou educa? Seria a educação uma forma de moldar o homem no sentido de torná-lo melhor? São muitos os questionamentos, mas uma coisa é certa: temos uma tendência à guerra, nutrimos sentimentos de ódio e isto nos põe diante de conflitos quanto ao nosso caráter: a tendência para o mal, ou a obrigação de fazer bem? Há os que, em nome do bem, praticam as mais atrozes formas de maldade. Sobre isto estamos cheios de exemplos históricos. Estudiosos dentre tantos se desdobram tentando definir a essência humana. 

Numa breve reflexão podemos falar sobre esta maldade que nos parece intrínseca na coisas mais simples do nosso dia a dia, ou nos parece simples. 

Embora a sociedade esteja em mudança, vivemos ainda no histórico padrão de família: pai, mãe, filhos e, ampliando um pouco este quadro: avós, tios, primos... O sangue comum que corre nas veias leva, em geral, estes núcleos a sentirem necessidade de estarem próximos e conviverem harmonicamente na medida que é possível. É natural, é normal desde quando existe família, como também é natural os conflitos que em tese deveriam funcionar para ajustar os relacionamentos. Porém o que se torna comum é ver familiares que se debatem entre si, envolvendo desde simples questões até brigas sangrentas. A mídia se esmera em mostrar os mais escabrosos atos como maus-tratos a pequenos indefesos, aos indefesos idosos, chegando mesmo a assassinatos no seio das famílias. Entretanto sabemos que isto ocorria desde já o primeiro núcleo familiar de que temos notícia: Caim matando Abel.

O que leva pessoas que conviveram desde o nascimento, compartilhando lado a lado de tudo, exercitando sentimentos de afetividade, serem movidos pelo ódio ao ponto de alimentar o sentimento mais profundo de destruir o outro, o próximo mais próximo?

O que leva filho, irmão e até mesmo pais em certos momentos serem capazes de praticar os atos mais abomináveis visando difamar, emporcalhar, humilhar, acusar e muitas vezes matar – algo que não se deveria fazer nem mesmo a um inimigo – mas fazê-lo aos seus de toda uma vida?

Quem somos nós? Somos seres humanos frágeis que, ao mesmo tempo que fazemos descobertas incríveis para a evolução humana, caímos nas fraquezas mais tolas como uma mentira desnecessária, por exemplo.

Por que sendo sabedores de nossas fragilidades como seres humanos, esquecemos a tolerância e somos capazes de lançar mão de  pequenas transgressões de outrem e usá-las como armas para difamar, sujar, prejudicar, sendo que estamos sujeitos a cair na mesma  cilada? O Apóstolo Paulo diz: “Aquele, pois, que pensa estar de pé cuide para que não caia (1 Corintios 10:12)”.

 Por que temos esta necessidade em nos comprazer com a desgraça alheia? Por que nos valemos de um pequeno momento de fragilidade vivido por alguém e que muitas vezes já é uma vítima, e usá-la para denegrir sua imagem?

Por que usar a dor do outro, para transformá-la numa dor ainda maior?

Por que a pequenez, a mesquinharia, a tolice, o prazer em falar mal, atribuir fatos e atos?

Que paixão é esta que nos move?

Que tendência é esta para o mal que nos leva ao ponto de fazermos da mentira que criamos uma verdade?

O filho, a filha, o pai, a mãe, o irmão, a irmã, o tio, a tia, todos que pudermos enumerar como membros de uma família sabem que todos são feitos de uma só massa: que estamos aqui e podemos qualquer um praticar desde um feito altamente elogiável até pequenos “escorregões” indesculpáveis (sob nosso ponto de vista); sabem que ninguém é perfeito e tão inatingível que não seja capaz de errar. Por que então usar pequenas fraquezas do outro para destruí-lo?

Que prazer mórbido é este? Exercido também e aos montões pelos meios de comunicação, como uma praga que se alastrou no seio da humanidade?

Quem somos nós? Será este o pó de que somos feitos? Não temos tempo para buscar fazer o bem, então semeamos o mal?

O orgulho, soberba e sentimento de onipotência cega os olhos da alma humana fazendo-nos acreditar que não haverá um amanhã de justiça e que a nossa arrogância nos dará o livramento do que fazemos ao outro. Somos finitos, mas somos irmãos na medida que habitamos o mesmo planeta.

A questão do mal é muito ampla, podendo ser abordada da mais diferentes formas. Um desafio infinito que sempre intrigará o próprio homem.  Seria a ética uma arma que, se usada, poderia se contrapor ao mal? Fica a reflexão.

PUBLICAÇÃO AUTORIZADA EXPRESSAMENTE PELA AUTORA
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO PORTAL BRASIL
®

LEIA MAIS "PENSAMENTOS & CIA"  ==> CLIQUE AQUI


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI