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I N T E L I G Ê N C I A      P O L Í T I C A
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SENADOR PEDRO SIMON COBRA POSIÇÃO DO PMDB
Por Fernando Toscano (*)

            Após as denúncias de suborno de autoridades do Distrito Federal, ocorrida na 2ª quinzena de novembro, várias personalidades acabaram inclusas num processo de investigação que a Polícia Federal nominou de "Operação Caixa de Pandora". Recebi, do ilustre Senador Pedro Simon, cópia do ofício enviado à Presidente, em exercício, da Executiva Nacional do PMDB. A coluna dessa quinzena será a divulgação dessa correspondência enviada por um brasileiro sério, que admiro e já encontrei pelas ruas de Brasília, pensativo, reflexivo..., parecendo querer me dizer: "quais os caminhos tomará esse país no futuro?".

"Brasília, 3 de dezembro de 2009


Ilmo. Sra.
Deputada ÍRIS DE ARAÚJO
M.D. Presidente em exercício da Executiva Nacional do PMDB

BRASÍLIA – DF

Companheira Íris,

O Brasil está estarrecido, desde o final da semana passada, com as imagens  exibindo políticos, governantes e parlamentares embolsando maços de dinheiro vivo em cenas de corrupção explícita no âmbito da ‘Operação Caixa de Pandora’ da Polícia Federal, centrada nos gabinetes e nos homens mais influentes do Distrito Federal.

São imagens revoltantes, transmitidas pela TV para todo o país, que provocam indignação na população honesta e brasileira e deixam todos nós, políticos, deprimidos com o despudor a que se pode chegar no trato do dinheiro público desviado por corruptos e corruptores.

O constrangimento é geral, suprapartidário. E atinge, desde ontem, o próprio PMDB, ferido com o envolvimento de nomes ilustres de seu comando nacional com as notícias que agora transbordam os limites do Distrito Federal e da paciente opinião pública brasileira.

Grandes jornais noticiam, hoje, que existiria um vídeo gravado pela Polícia Federal em 17 de setembro passado, com autorização da Justiça, que envolve figuras de destaque do PMDB, citados pelo pivô das denúncias de Brasília, o ex-policial e ex-secretário Durval Barbosa, e o empresário Alcir Collaço, dono do jornal Tribuna do Brasil. Agora, os termos da conversas são absolutamente inquietantes.

— Arruda dá R$ 1 milhão por mês para o Filipelli – diz Barbosa, citando o governador José Roberto Arruda, principal personagem denunciada, e o deputado Tadeu Filipelli, atual presidente do PMDB brasiliense. O dono do jornal corrige:

— São 800 pau (sic). R$ 500 mil para o Filipelli para fazer... vai R$ 100 mil para o Michel, R$ 100 mil para o Eduardo e R$ 100 mil para o Henrique Alves. São 800 paus.     

Assim, numa única cena, acabam envolvidos os nomes do presidente nacional do PMDB, Michel Temer, do líder da bancada na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e do deputado fluminense Eduardo Cunha.

No mesmo dia, Presidente Íris, em outras circunstâncias e outros jornais, o presidente Temer é citado numa denúncia de outra investida da Polícia Federal, a ‘Operação Castelo de Areia’, que investiga evasão de divisas e lavagem de dinheiro da empreiteira Camargo Correa. Em 25 de março passado, a PF apreendeu documentos na casa em São Paulo de um alto executivo da empreiteira, Pietro Francisco Giavina Bianchi. Numa planilha de 54 folhas, que aponta a doação não contabilizada de R$ 178 milhões a mais de 200 políticos e vários partidos entre os anos de 1995 e 1998, aparece o nome do companheiro Temer, identificado com nome de Michel ‘Themer’, com 22 cifras registradas com dólares, datas, taxas de câmbio e as conversões para o real.  No total, ele seria beneficiário de R$ 410 mil reais de doações naquele período.

Como poderíamos esperar, o presidente Temer nega com veemência a acusação, informando que teve uma única doação de R$ 50 mil da Camargo Correa, oficialmente contabilizada no TRE paulista, na campanha de 2006.

Temer e todos os companheiros do PMDB negam, enfaticamente, o envolvimento nestas operações escusas e anunciam processos na Justiça para contestar seus detratores.

Mas só isso não basta, Presidente Íris.

É preciso mais. Pela direção nacional, o PMDB precisa dar uma cabal satisfação à opinião pública brasileira, cada vez mais perplexa com o que ouve e vê em imagens e palavras eloqüentes pelo conteúdo e despudoradas pelo que mostram.

O PMDB, na condição de maior partido brasileiro, hoje abriga as duas maiores bancadas no Congresso Nacional – 95 Deputados Federais e 19 Senadores. Temos nove Governadores e cinco Vice-Governadores. Temos 1.201 dos 5.564 Prefeitos do país, dentre eles os governantes de cinco Capitais. Temos 910 Vice-Prefeitos. E temos ainda 8.497 dos 51 mil Vereadores espalhados pelo país.

Todos eles e os 190 milhões de brasileiros, dos quais 130 milhões farão fila nas seções eleitorais de outubro de 2010, merecem uma pronta satisfação do comando nacional do PMDB sobre o que há de verdade ou não nestas acusações.

Não podemos conviver com suspeitas, insinuações, dúvidas, maledicências.

Precisamos separar o que é verdade e o que é mentira.

Precisamos distinguir entre os bons e os maus políticos, os homens públicos de bem e os homens publicamente envolvidos com o mal.

Precisamos exaltar a boa política e execrar a política que virou caso de polícia.

É o que espera o Brasil do PMDB.

Confio nas suas providências.

Um abraço fraterno, PEDRO SIMON"

(*) Fernando Toscano é o editor-chefe do Portal Brasil ==> Seu currículo

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