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P O L Í T I C A
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D E Z E M B R O / 2 0 0 9
SENADO
APROVA ENTRADA DA VENEZUELA NO MERCOSUL
Por
Fernando Toscano (*)
Antes da votação que aprovou, por 37 votos a 25, o ingresso da Venezuela no Mercosul, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) definiu a sessão plenária desta noite do Senado, como “histórica”. Na opinião de Simon, um dos idealizadores do Mercado Comum do Sul, o Brasil não poderia ficar como o responsável pelo isolamento do presidente Hugo Chávez, que “se não fosse aceito no Mercosul, poderia criar outro bloco com países aliados, o que seria ruim para a integração da América Latina”.
Simon lembrou que o Brasil é o principal interessado na integração latino-americana, pois é o maior país do continente. “Durante muito tempo, a única integração existente era a das forças militares, das ditaduras do Cone Sul”, acrescentou, destacando que a construção da União Européia também difícil, pois precisou superar séculos de antagonismo entre Alemanha, França e Inglaterra.
O senador observou ainda que o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, um dos líderes da oposição a Chávez, defendeu o ingresso de seu país no Mercosul, quando participou de audiência pública no Senado. “É um caminho cheio de dificuldades, mas o destino do Mercosul é crescer e se consolidar”, destacou Simon, para quem o ingresso da Venezuela colocaria em outro patamar político as relações entre os países da região.
- Quando os Estados Unidos instalaram as bases militares na Colômbia, fato que, aliás, não mereceu manifestação contrária à altura do precedente histórico nem do governo e tampouco do Senado brasileiros, Chávez não reagiria com declarações bélicas, se já estivesse integrado ao Mercosul. Segundo acredita Simon, “o problema seria discutido em outro nível”.
O senador criticou ainda o presidente norte-americano Barak Obama. “Quem diria que justamente o Prêmio Nobel da Paz seria o responsável pela expansão militar dos Estados Unidos na América Latina”, declarou.
(*) Fernando Toscano é o editor-chefe do Portal Brasil ==> Seu currículo
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