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P E N S A M  E N T O S    &   C I A.
1 6  /  J U L H O  /  2 0 1 0

N A D A     S O U
"By Lela"

Estava a mil por hora! Aqueles momentos em que as idéias pululam e sequer logo pô-las em prática; a casa em reforma e com trabalho redobrado; planos de uma semana intensa de atividades. Inquieta como sempre, várias coisas ao mesmo tempo, a cabeça em  constante  indagar. Estava nos ares! Não planava, voava agitadamente como se pudesse juntar todas as coisas sob si.

De repente uma dor lancinante! Ave abatida em pleno voo! o susto, a surpresa, o medo. Medo daquela dor insuportável te fazer parar. Senti-me mesmo como se tivesse sido atingida por um projétil e enquanto caía lentamente, junto comigo desabava todas as minhas expectativas e planos das horas e dias próximos. Pensei: esta dor pode me fazer perder uns dois dias de trabalho. Perdi 14!

Duas semanas em uma cama, uma delas na cama do hospital. E os meus projetos? Minha sede de vida? Tudo pára! nada mais tem importância. Está-se impotente, não adianta espernear! tudo que era para ontem, deixa de ser e você percebe que tanta pressa não faz mais sentido. Lição: nada é mais importante do que estar bem física e emocionalmente.

Consideramo-nos inatingíveis quase sempre. O que afeta o outro, não acreditamos possa acontecer conosco, daí o sobressalto! Por mais que acreditemos que estamos cuidando adequadamente da saúde, há sempre uma brecha a minar algum ponto que nem sequer desconfiamos. E assim é o nosso viver:  não estamos preparados para adoecermos e pararmos, mas quem está? o certo é que necessária se faz a vigilância constante para evitarmos, na medida do possível, a tragédia do adoecer, pois ela não se restringe à doença em si, mas altera todo o teu estilo de vida e isto te devasta psicologicamente. Tenho meus cuidados com meu dia a dia: pratico exercícios, cuido da alimentação entre outros cuidados, mas sei que ainda não é bastante e agora, certamente, estarei mais atenta a outras questões, pois este pequeno momento pareceu-me uma eternidade e não se prendeu  apenas às questões físicas, mas ao meu emocional o que me levou à reflexões.

            Certamente continuarei sendo a mesma pessoa inquieta porque a essência não muda, mas preciso estar alerta aos meus limites e isto não é fácil. Fisicamente estou curada, mas imaginar-me sem poder exercer plenamente minhas atividades mesmo que por certo período é devastador. Parece exagero e até pode ser em parte, entretanto a privação da ação constante quando bem se me apraz é aniquilador. E um evento como este quando nos acomete, faz-nos ver a nós mesmos com mais atenção e vagar. O que fazer? Decididamente não tenho a receita, porém nosso corpo é sábio e nos avisa o momento de tomarmos a providência e a luzinha de alerta piscou. E eu não quero ficar doente, e eu não quero parar, pois a sensação de impotência dói-me mais do que a dor do corpo.

O QUE SOU?

O que sou?
Pequena dor em forma humana
que sobre a cama a galáxia visitou
Sobre a cama, mundos ocultos percorri
sem entender a razão de estar ali, aqui.
Quem sou eu, o que sou e o que faço?
E no regaço d’Aquele que me criou
estarei eu? para onde vou?
Qual a minha cor, a sua cor, a sua tez?
Você me fez?
Alarga meu respirar, expande minha cela
Sou pequena, mas indefinível
Troco meus muitos dias
Por poucos... plenos de vigor e alegria

PUBLICAÇÃO AUTORIZADA EXPRESSAMENTE PELA AUTORA
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