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P E N S A M  E N T O S    &   C I A.
1 6  /  D E Z E M B R O  /  2 0 1 1

É     N A T A L
"By Lela"

É chuva que generosa cai sobre nossa Terra

É trabalho, família, a azáfama dos anos que chegam ao fim.

Para mim, que já vivi muitos natais, nada mais me surpreende. Conto apenas mais um tempo de atividades que se intensificam, de exaustão, de vontade grande que cheguem os dias de descanso, férias merecidas para tantos que tiveram um ano cheio de  trabalho, de estudos, de cuidados próprios de quem está neste mundo e precisa cuidar de si e dos seus.

Vejo na televisão uma reportagem sobre as crianças na África. Os meninos e meninas em estado de desnutrição extrema, os que nada têm, os velhos doentes e sozinhos, a tragédia nas Filipinas: mil mortos e milhares de  desabrigados e nus. Tudo perderam e trazem consigo apenas a própria vida e o desespero e a dor.

Aqui, milhares de pessoas que perderam a fé, a compaixão ou sequer a tiveram um dia: miseráveis e nus do próprio sentido de suas vidas, mas também cegos, não se apercebem de suas desgraças, da tragédia de acumular para si aquilo que tudo passa e simplesmente não se perguntam nada. Em sua esquina jaz alguém, do outro lado da sua calçada também, mas como enxergá-los?

Não sou uma propagadora do pessimismo, sejamos felizes, sim! Mas será que ao festejarmos esta data, independente da fé que proclamamos, lembramos de sua principal mensagem?

Estamos tão voltados para nós mesmos, para o que queremos, nossos sonhos consumistas que não se satisfazem nunca. Ah! se eu me importasse com um, apenas um! Se eu desse dignidade a um, apenas um! Que bela revolução multiplicadora! Não haveriam as previsões  catastróficas da qual ouvimos falar todos os dias nos noticiários; não haveriam tantas verbas para armamentos e tão pouco sentimento humanitário; envergonharíamos as nações dos homens infiéis; não alimentaríamos o egoísmo extremo dos corruptos profissionais; não e não e não! Porque a revolução somos nós quem fazemos: começa em mim, não se transfere para o outro; a perturbação moral deve incomodar a mim. Assim sendo, somos um a dar a nossa quota, pois para isto estamos aqui: o meu vestido de renda branca e o outro de tule preto serão usados poucas vezes e será deixado em um canto do guardarroupa; o seu “rolex” vai funcionar em seu braço da mesma forma que uma marca bem mais barata, mas a fome que doerá no estômago de “Perpétua” e “Carlito” deixarão marcas profundas! O frio lhe roerá os ossos e alguns deles precisarão buscar em sua casa e tirar à força, pela força do desespero, o que não lhes foi dado espontaneamente.

Desejo a todos nós o Natal mais feliz de nossas vidas! Sorriam, presenteiem-se, amem e sejam amados!

FELIZ NATAL

PUBLICAÇÃO AUTORIZADA EXPRESSAMENTE PELA AUTORA
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A AUTORA

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