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P E N S A M  E N T O S    &   C I A.
1 6  /  F E V E R E I R O  /  2 0 1 2

R E G G A E
"By Lela"

O preconceito permeia todas as áreas, inclusive estilos musicais. A música é uma expressão cultural extremamente forte e por vezes não nos damos conta do quanto somos preconceituosos neste setor, quase sempre sem buscar algum conhecimento das origens e história de determinados ritmos, classificamos, desprezamos. Em conseqüência, uma manifestação cultural tão bonita pode-se transformar em polêmicas desnecessárias por não compreendermos  o que quer dizer a expressão dos muitos gêneros musicais, seja  cantando, tocando,  certos gestuais, lamentos, exaltação.

                Em pleno momento em que o Brasil vive o carnaval, que por sinal me comove e encanta por ser este imenso musical que explode no Brasil inteiro a céu aberto, soa estranho falar de outro ritmo, mas não é. Entender a diversidade é a oportunidade de amar mais ainda o que já se gosta.

REGGAE

 Por muito tempo ouvi falar do reggae, ouvia uma ou outra música aleatoriamente, mas nunca me detive mais apuradamente para dar-lhe a devida atenção, quando recentemente tive a oportunidade de conhecê-lo mais de perto através de alguém próximo que, por amar a diversidade na sua forma mais abrangente, esteve na Jamaica e me contaminou pelo desejo de compreender esta cultura.

Hoje o reggae é um ritmo musical mundialmente conhecido por sua síntese rítmica e melódica recheado pela beleza das letras simples que mistura idéias de libertação, romance, o jeito de ser e viver da rua, a religiosidade e que mostrou a Jamaica ao mundo. Desenvolvido originariamente na Jamaica na década de 1960, é constantemente associado ao movimento religioso rastafari que, de fato, influenciou muitos dos músicos apologistas do estilo reggae, porém o reggae vai além, tratando de vários assuntos, não se restringindo à cultura rastafariana, mas tem como uma de suas principais características a crítica social cantando os muitos problemas sociais como a desigualdade, a fome, o preconceito. Porém não se pode negar que religião e música são os elementos culturais mais simbólicos da Jamaica. O país é berço do Rastafarianismo e da Reggae-music, duas expressões que estão intimamente ligadas e que identificam plenamente o povo jamaicano. Povo este descendente de escravos levados de diferentes regiões da África, cuja maioria pertencia a culturas refinadas do norte do continente que floresceram em países como Sudão, Somália e Etiópia e que tinham, há séculos, contato com crenças variadas, entre elas o judaísmo, islamismo e o cristianismo ortodoxo e que veio somar-se aos espanhóis, ingleses que em diferentes épocas dominaram o país.

 Temos em Bob Marley o ícone deste gênero musical que, mais que ninguém o difundiu.

Ouvir a melodia e as letras nos leva não somente ao prazer da música em si, mas nos remete aos povos esquecidos não apenas na Jamaica, mas no Continente Africano e demais partes do mundo, onde vivem tantos esquecidos pelos ricos, os não tão ricos, os que não conhecem a dor do não ter o mínimo sequer. Letras que são alegria, lamento, mas também um grito de esperança;  sonhos de liberdade, esperança de um novo momento, mas que o mundo não é capaz de ouvir, não é capaz de enxergar.

Sugiro o vídeo abaixo que traz também legenda, como o primeiro passo para conhecer a quem quiser ser levado pela beleza deste gênero musical:

http://www.youtube.com/watch?v=ZzEJVaW0_TE 

                A minha reflexão é:

E eu aqui, choro o quê? Sinto vergonha e devo chorar, sim, pelo que não faço, por meu egoísmo, por minha cegueira, por minha insatisfação que procuro suprir com o consumismo exacerbado. Sinto vergonha, sim, por minha busca insaciável por satisfação quando tenho todas as minhas vontades satisfeitas: não passo fome, não passo frio, não vivo sob o sol causticante, sem teto e sem misericórdia. Talvez agora eu compreenda um certo tipo de sofrimento que me consome e não era capaz de identificar: saber das almas que nada têm, mas que transbordam poesia, clarões de lucidez ao tentar mostrar ao mundo que existem e o que são; a beleza que não conseguimos ver nos rostos, na voz, na melodia por estarmos cegos ao belo e ao óbvio; pelo preconceito que nos assola, escolhendo não enxergar além do nosso umbigo, a pluralidade do nosso intrigante Planeta e quanta beleza em cantos, em rostos, em gestos, em sentimentos que a nossa indiferença não nos permite alcançar, muito menos nos tocar, menos ainda, desfrutar. 

Um pouco sobre a Jamaica: Capital Kingston. É um país insular, localizado no mar das Caraíbas (mar do Caribe) situa-se a cerca 145 km ao sul de Cuba.

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