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ATUALIZAÇÕES QUINZENAIS

 

Turismo transcendental
Por Márcia Castro (*) 

Há momentos de dificuldades que costumo me refugiar na Mãe natureza, em busca da paz interior que ela tem o poder de proporcionar, e também nos momentos de reflexão e consolo. Observando e ouvindo o vai e vem das ondas do mar, sentindo o calor do sol em meu corpo - estes são alimentos infalíveis para minha matéria e minha alma. Afinal, quem não os têm? Sinto-me viva e com forças para superar os problemas que a vida nos impõe e é normalmente no mar que me refugio e saio de lá mais tranquila, mais calma. Refiro-me não só ao mar, mas aos elementos da natureza que Deus nos presenteou. Falo dos rios, da terra que nos alimenta, do oxigênio da mata, da cachoeira, enfim tudo que Deus fez para o Homem.

Não é necessário sair da vida urbana para mergulhar na natureza. Ela está presente no sol, no fogo, na terra, no orvalho da manhã, na chuva, nas estrelas e na lua. É possível viajar nos elementos da mãe natureza, buscando a cura para o espírito, da alma e da matéria. Trata-se de uma verdadeira viagem transcendental. Purificar o nosso corpo e mente para assim poder descobrir e desenvolver a nossa espiritualidade a fim de facilitar todos os infortúnios a que estamos expostos.

Tive a ventura de passar a infância, adolescência e parte da vida adulta junto à natureza, no Jardim Botânico, e desde criança que me sinto tranquila junto da terra. Andava descalça experimentando as mais diversas sensações, quando o sol estava a pico, as cigarras cantavam mais alto e transmitia uma grande alegria de viver. Na cachoeira, ia sempre com meu Pai que foi quem me ensinou a valorizar a terra fértil que tudo nos dá sem nada pedir. E as palmeiras imperiais? Lembro com saudades e com muita emoção desses dias felizes da minha infância.

Deixar fluir a água da cachoeira sobre o meu corpo, a água do mar, dos rios, só fazem bem ao meu espírito. Podendo assim, lavar os pensamentos negativos e, por conseguinte lavar a minha alma. Esse é o outro lado do muro, da vida, como se fosse uma separação. Saindo da natureza e indo de encontro à vida cotidiana, encontro rostos ansiosos e medrosos, o barulho das buzinas, os acidentes e assaltos são presentes no nosso dia a dia. E, no entanto, estamos tão perto de Deus, diante das maravilhas da natureza e do que ela é capaz de proporcionar.

Normalmente as pessoas - a maioria vai à praia - não tem qualquer contato com a natureza e nem a felicidade de contemplar o quanto é exuberante a sua beleza. Recentemente fui à praia de Ipanema onde ocorreu um acidente entre os banhistas e os guardas municipais. Fiquei indignada com tal situação. Onde está a paz? O que o Homem busca nos últimos tempos? Pessoas ficaram feridas quando poderiam usufruir do sol aquecendo o seu corpo e viajar nas nuvens brancas. Outro fato que ocorreu recentemente, na segunda quinzena de outubro, foi o mal trato com os animais de um Pet Shop. É aí que recordo de uma música da autoria do cantor, Roberto Carlos, em que diz no refrão: “Eu queria ser civilizado como os animais”.

Acredito que muitos devem estar se perguntando onde entra o turismo aqui, nesta matéria... mas é muito simples. Quem fala em sustentabilidade, harmonia, paz de espírito e interiorização, com certeza vai compreender a mensagem tão importante que quero transmitir. A vivência com os elementos da terra são primordiais para uma vida plena e sadia, não só fisicamente, mas também emocionalmente. Não só vivência, mas sentir a presença de Deus que nela existe. Essa não é uma simples viagem, ao contrário, talvez a mais difícil, mas um caminho um tanto longo para alcançar a força e a magia da natureza.

Nossa jornada pode ser longa ou curta, e viajamos por estradas largas, estreitas, íngremes, enlameadas ou floridas. Podemos nos atolar, ou não. Talvez possamos sair ilesos, feridos, ou com apenas pequenos arranhões. Viajemos! Pelos verdes vales deste mundo, ou nos finais de semana ou simplesmente em casa. Mesmo assim, viajemos. Não importa os percalços da vida, viajamos e sempre viajaremos, enquanto houver vida, porque a vida é a viagem e a paisagem é tudo em volta. Portanto, façamos a paisagem a mais bela possível, e isso só depende de nós. Colorindo com as cores do arco íris a paisagem tornar-se-á a mais formosa de nossas vidas com a energia poderosa da natureza.

Essa matéria é dedicada ao Povo Cigano em especial que tanto saúda a natureza e seus elementos - Terra, Água, Fogo e Ar e a todos os Homens que buscam a verdadeira felicidade.

(*) Márcia Castro é carioca, professora e bacharel em Turismo.

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A AUTORA E AO PORTAL BRASIL.
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