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Entre
as árvores do meu quintal, arrumo a mesa, ponho um castiçal,
enfeito com anjos o roseiral, bolas vermelhas, bolas douradas,
pisca-pisca na sacada, travessas de rabanadas
Eu ensaio o Natal.
É dezembro, fim do ano, Se agitam as meninas, os meninos,
as mulheres, as moças, homens, rapazes.
Hora de esquecer as mágoas, tempo de fazer as pazes.
É dia de repensar as escolhas, os amigos,
A jornada, os impulsos, perdoar os inimigos.
A paz que tanto buscamos, extinguir as diferenças,
transbordar o nosso amor, aperfeiçoar nossas crenças.
Que a luz brilhe em nós e na terra sejamos sal.
Façamos a diferença!
Mas não podemos deixar que tudo seja igual,
porque não importam festas, os presentes, tanta euforia,
se em nossos corações, a verdadeira alegria,
o verdadeiro sentido do Menino ter nascido
Não florescer da verdade.
Se os corações feridos pela dor, pelo pecado,
pela falta de bonança, ausência de caridade,
não puder ser transformado,
fazer-nos também criança.
E ter o peito lavado pelo sangue derramado
de Jesus crucificado, acendendo a esperança.
Novo mundo, nova Terra, nova gente, novo povo,
A verdadeira Justiça.
Ser o Natal do renovo. |