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Guarda os rebanhos de uma vida seca
Cujos feitos nem se pode avaliar
Esperando a curva na estrada da vida
Não percebeu que estava a chegar
O tempo voou porque o tempo é curto,
A vida é pequena para se esperar
Não se pode dormir além do permitido
Porque a vida pode passar
E passa tão depressa, dissimulada
Para ver a curva chegar
Antes que se cumpram teus desígnios
E para te ver chorar.
Como poderás viver teus desatinos
Depois de ver a curva passar
Pois não vejo agora nenhum menino
E o peso do tempo suportar.
O céu imenso e esta terra grande
Não se conformam com o tempo pequeno
pregaram uma peça e te ludibriaram
Encharcaram tua mente de veneno
Amontoastes labuta extra
Erguestes uma muralha de afazeres
À margem de tuas aflições
bônus de desprazeres
E o que resta se não poucas estações
de tua existência promissora
Irrevogável sentença tens agora
mas costura tua fantasia sedutora
Corre para remir o tempo
Antes que de nada tires proveito
Podes, quem sabe, encontrar afeição
No dia que se fará perfeito
E com peso de eternidade
A tua quota de doçura
No resgate do teu merecimento
Arrebatada aventura. Amém. |