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T U R I S M O
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ATUALIZAÇÕES QUINZENAIS

 

Quando o passado e o presente se encontram
Por Márcia Castro (*)

Foi numa dessas manhãs ensolaradas que fui caminhando e pensando em por que não escrever sobre tudo que tenho vivenciado e visto em Copacabana, afinal é o bairro que recebe o maior número de turistas, principalmente nesta época do ano. Considerado um dos bairros mais festeiros da zona sul do Rio de Janeiro, onde tudo acontece, vale a pena falar um pouquinho, porque são muitas as peculiaridades que nos apresenta.

Quase sempre penso a mesma coisa, que vou mudar, mas não dá, Copacabana me conquistou em todos os sentidos. Sempre tem novidades... e os moradores? A maioria é de aposentados, pois quem deseja praticidade, juntamente com festividades, aqui é o lugar. Sem falar nas belezas naturais que têm, local onde todos que por aqui passam não cansam de admirar. Faça frio ou sol, Copacabana embala as pessoas com os seus inúmeros comércios. Programas e locais típicos, é que não faltam.

Certa ocasião, um amigo me falou que Copacabana é o centro da cidade na zona sul, sim, é verdade. Ele definiu o bairro de uma forma que jamais havia pensado. Mas eu a definiria de outra forma, um encontro do passado com a modernidade que apresenta. São muitas as diversidades, o que o torna aconchegante e acolhedor.

Moradora há exatos onze anos, cada vez mais, faço descobertas encantadoras. Só quem mora é que pode compreender. Tem pipoqueiro na esquina da minha rua e quando ele surge, no final da tarde, as crianças fazem fila e aquele alvoroço infantil leva a me lembrar da infância tão distante e feliz. E os armazéns? Existem vários, o que nos faz recordar - esse é um tipo de comercio em extinção. Têm açougues, sapateiros, sebos, rezadeira. Quem pode imaginar tudo isso num bairro tão moderno?

Prédios antigos com suas fachadas fazem contrastes com modernas arquiteturas. Já as lojas têm de todos os tipos - das mais sofisticadas às mais simplórias.

Fato é que Copacabana é o bairro escolhido não só pelos turistas estrangeiros, mas também das quatro partes do Brasil. Bairro convidativo e palco de eventos nacionais e internacionais.

Princesinha do Mar – conhecida mundialmente. Foi eternizada em música de João de Barro, o Braguinha, e Alberto Ribeiro, e gravada em 1946, por Dick Farney, tornando-se conhecida mundialmente, com centenas de gravações.

Palco também da mais grandiosa festa de réveillon do Rio de Janeiro e da maior queima de fogos simultânea do mundo, registrada no Guiness, o livro dos recordes, desde 1990, que a cada ano recebe um publico maior, pessoas que vem de outros bairros, estados e países. Este ano de 2013 foi estimado um total de 750 mil visitantes para ver a maravilhosa queima de fogos na festa do réveillon.

Grandes personalidades da musicalidade também moraram aqui como o famoso Ary Barroso, de naturalidade mineira, que adotou de coração Copacabana. Ele foi morador do Leme numa rua que hoje leva o seu nome. Outros nomes que fizeram sucesso e que aqui moraram foram: Dorival Caymmi, o escritor Paulo Coelho, e o escritório do inesquecível Oscar Niemayer ficava em frente ao mar; Antonio Maria e Nara Leão, dando início à bossa nova em seu apartamento na Av. Atlântica. Fato é que Copacabana foi o berço dos grandes poetas, escritores e boêmios. Carlos Drummond de Andrade, o grande e um dos maiores poetas de todos os tempos, tem uma estátua de bronze fincada no calçadão.

Quem não conhece o famoso cinema Roxy? É o único sobrevivente no bairro. Fundado em 1938 e hoje com três salas. Foi também reconhecido pela Prefeitura como “marco referencial na cultura cinematográfica da cidade”.

Tem ainda o suntuoso Copacabana Palace Hotel que foi e é o local que abrigou e ainda abriga grandes personalidades - desde presidentes até artistas internacionais. Músicas e filmes estrangeiros falam ou são de Copacabana.

Fato é que morar em Copacabana é um estado de espírito permanente de alegria. E só quem conhece pode entender o que é esse bairro. Considero um local eclético, de personalidade, o que torna tão especial, com seus contrastes, desde a arquitetura até seu comercio tão peculiar.

(*) Márcia Castro é carioca, professora e bacharel em Turismo.

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