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ATUALIZAÇÕES QUINZENAIS

 

Fernando Toscano - Editor-Chefe do Portal Brasil - www.portalbrasil.netPartindo do princípio
Viajando - Parte I

Por Fernando Toscano (*)

Agora, que assumi a coluna de Turismo, ainda sem saber se temporária ou definitivamente, resolvi demonstrar todo o planejamento recomendado a viajantes; sejam eles experientes, de primeira viagem ou com pouca experiência em viagens nacionais e internacionais. Eu não posso me considerar exatamente um expert em turismo, mas possuo mais de 400 (quatrocentas) viagens aéreas catalogadas, três cruzeiros, mais de 300.000 km em estradas brasileiras e uma dúzia de viagens ao exterior durante minha vida. Penso que posso colaborar de alguma forma.

Início de ano, contas a pagar; IPVA, IPTU, matrículas, materiais escolares, colégio das crianças, impostos, prestações de imóvel, carro, etc. São tantas contas e isso se repete ano após ano. Por isso mesmo, para o brasileiro médio, assalariado, que consegue fazer uma viagem ao ano com a família, é importante já pensar nas férias do próximo ano (sejam elas em dezembro, janeiro, fevereiro, não importa). Se você planejar agora o risco - e o custo - serão bem menores.

Não é preciso ser Economista para você fazer suas contas básicas: vou citar o exemplo de um conhecido apenas para servir de demonstração. João de Deus (nome fictício), reside em Brasília-DF, possui uma renda mensal, líquida, de R$ 6 mil; a esposa também trabalha (R$ 1.800); e o casal possui dois filhos com 9 e 13 anos. Possuem renda familiar líquida de R$ 7.800,00 e o plano odontológico e de saúde já vêm descontados nos holerites, o que é uma grande vantagem. Vivem em residência própria financiada pela Caixa Econômica Federal (prestação de R$ 945,00) e ainda possuem as seguintes despesas fixas mensais: escola (R$ 720,00); prestação do veículo GM Astra 2010 (R$ 740,00); água (R$ 95,00); energia (R$ 90,00); supermercado (R$ 850,00); padaria, lanches e extras (R$ 400,00), totalizando R$ 3.840,00. Como despesas variáveis: matrículas diversas (R$ 1.400,00), uniformes, livros (R$ 1.200,00), IPTU (R$ 630,00, em 6 parcelas de R$ 105,00, a partir de abril); IPVA (R$ 1.800,00, em 3 parcelas de R$ 600,00, também a partir de abril); outras despesas sazonais (R$ 200,00 por mês). Total: R$ 7.430,00 anuais. Além disso, religiosamente, como "manda o figurino", guardam mensalmente 15% (quinze por cento) da renda líquida do casal - R$ 1.020,00 - na caderneta de poupança, totalizando mais R$ 12.240,00 ao ano (o 13º não entra nessa conta). Assim, salvo alguma anormalidade muito grande, a família necessita, anualmente, de R$ 46.080,00 (despesas fixas) + R$ 4.830,00 (despesas variáveis) + R$ 12.240,00 (investimento - caderneta de poupança), num total de R$ 65.750,00. A renda anual líquida da família, incluindo o 13º salário, é de R$ 101.400,00 sobrando, portanto, R$ 35.650,00 anuais. É com esse dinheiro que a família conta para reformas e melhorias na residência, roupas novas, pequenos passeios e a viagem anual de férias para o merecido descanso.

Natal (RN) - Foto/Crédito: Maria da Conceição Silva (Campo Verde/MT) - para o Portal BrasilTudo isso no papel, chega a hora do planejamento: vamos contar com apenas 30% desses recursos (R$ 11.000,00 em números redondos). Ainda assim há R$ 24.650,00 que podem ser utilizados em diversas outras atividades e mesmo parte ser guardado, aumentando a poupança da família, que, em 14 anos de casamento, já conta com R$ 217.300,00 trazendo conforto e segurança para um futuro digno e feliz. Marido, esposa e filhos podem tirar férias conjuntas em janeiro, que é um mês caro, cheio, mas que, compradas com a devida antecedência pode ser vantajoso. Existem diversas opções e todas elas trazem vantagens e desvantagens. Vamos considerar que o casal optou em viajar para Natal que é o destino turístico mais caro do país em termos de preço médio do bilhete aéreo:

1ª opção: Adquirir passagens aéreas no mês de julho (quando acabou o carnê do IPVA) é uma opção interessante. O valor médio, hoje, de uma passagem Brasília-Natal-Brasília, para 4 passageiros (1 tarifa criança), em horário planejado (exceto voos de madrugada) sai por R$ 4.795,00 pela Avianca - voo direto (indo dia 22.03 e retornando 20.04). O mesmo percurso, planejado com seis meses de antecedência (indo dia 20.09 e retornando 18.10), sai por R$ 1.477,00 pela Gol - voo com uma escala. Se for voo direto, para efeito de comparação, o melhor preço, em horário diurno, seria de R$ 3.857,00 pela TAM (ainda assim uma economia de R$ 938,00 ou quase 20%). Como a diferença pelo voo com escala é muito grande vale à pena esse pequeno esforço por uma vez e economizar nada menos do que R$ 3.318,00 (ou 69,2%).

2ª opção: Adquirir pacotes através de sites seguros e confiáveis. Aqui cito alguns, mas existem outros: www.decolar.com, www.submarinoviagens.com.br, www.cvc.com.br, www.tamviagens.com.br, etc. Um pacote completo para Natal, foi orçado em R$ 17.655,00 agora (incluindo passagem e hotel por 30 dias) e em R$ 8.077,00 daqui a seis meses. Uma diferença de 54,2% e R$ 9.578,00!!! Aqui você tem a segurança e a tranquilidade da passagem e hotel estarem garantidos, mas é uma opção cara. Como baratear isso e aproveitar da mesma forma?

3ª opção: Alugar um flat. Hoje você consegue alugar bons, seguros e limpos flats na orla de Natal em condições muito boas se pagos com antecipação. Com R$ 700,00 (incluso hospedagem, limpeza, luz, água e condomínio) você tem um bom flat à sua disposição em Ponta Negra, bairro mais badalado pelos turistas. Aí você tem a opção de cozinhar no flat (e fazer compras em supermercado, etc), o que não é lá a mais alegre das decisões, mas tem a tranquilidade de manter, para as crianças, um ambiente familiar onde eles se sintam seguros. Se você fizer isso terá uma despesa total máxima estimada em R$ 2 mil, que somados à passagem paga antecipadamente, e despesas de táxi, restaurantes, barzinhos, diversão para adultos e crianças e ainda pequenas lembranças não irá passar de R$ 4.500 / R$ 5 mil para umas férias de 30 dias.

Para todas essas despesas você ainda pode comprar parcelado, sem juros, a longo prazo, mas minha sugestão é outra: faça a sua escolha e pague tudo até o embarque: é muito mais tranquilizador saber que está viajando com tudo pago. Depois que você retorna continuar pagando dá um certo "ar de frustração" e, psicologicamente falando, é muito mais interessante retornar e começar vida nova do zero e um novo planejamento para o outro ano. O importante é: quem decide os seus limites é você; quanto quer - ou pode - gastar. Lembrando que conforto tem preço e férias não combina tanto com conforto - para isso temos a nossa casa; invista lá que é muito mais negócio!!!

(*) Fernando Toscano é natural de Belo Horizonte (MG), reside em Brasília desde 1976, e é o editor do Portal Brasil. Seu currículo.

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