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Tecnologia e inovação em São Paulo
Por Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque (*)

Estudos mostram que o progresso tecnológico tem papel cada vez mais importante para o crescimento econômico sustentado em vários países. Cálculos econométricos apontam que apenas a disponibilidade de capital e a existência de mão de obra não explicam a totalidade do processo de expansão do produto nacional. Nas economias mais desenvolvidas, onde a força de trabalho já foi incorporada à atividade produtiva, o crescimento econômico se mostra extremamente dependente da inovação, e da maior capacitação da mão de obra que esse processo exige.

A ideia consolidada nas principais economias do mundo é que sem inovação não há crescimento econômico de longo prazo. Isso se torna mais evidente com o aprofundamento da integração entre as nações. Com a expansão dos mercados há maior especialização de países e regiões e essa nova divisão do trabalho demanda aperfeiçoamento constante para manter a competitividade das economias.

A dependência da inovação como fator de crescimento econômico sustentado é um fenômeno que também está cada vez mais presente na economia brasileira. Nos últimos anos o Brasil incorporou ao processo produtivo grande parte de sua mão de obra disponível. Esse fenômeno associado à reduzida produtividade, decorrente do baixo grau de inovação de sua economia, vem mantendo a taxa de expansão do produto em níveis baixos e insatisfatórios.

O Estado de São Paulo tem papel fundamental para o progresso tecnológico. Sua economia representa um terço do PIB nacional e em seu território concentram-se os maiores centros de inovação, ciência e tecnologia do hemisfério sul. Metade da ciência feita no país tem origem no Estado e suas universidades são as que mais titulam doutores na América Latina. Seu setor produtivo é o mais diversificado da economia brasileira e se diferencia pelo perfil inovador.

No início de julho último, São Paulo avançou em relação à sua estrutura tecnológica e de inovação ao inaugurar o Parque Tecnológico do Jaguaré, na zona oeste da capital paulista. Trata-se de uma área de 88 mil m2, cujo complexo é voltado aos setores de tecnologia da informação, saúde, nanotecnologia, novos fármacos e centro de pesquisa e desenvolvimento em acessibilidade para pessoas portadora de deficiência.

O Estado de São Paulo tem atuado de modo intenso visando fortalecer e modernizar sua estrutura científica, tecnológica e de inovação. A instalação do Parque Tecnológico do Jaguaré representa mais um importante passo nessa direção. Mas, outras ações estão a caminho no sentido de promover avanços no setor.

Nesse sentido, São Paulo está preparando seu Plano Diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação. Trata-se de um instrumento norteador das linhas mestras para a construção de um novo modelo de produção científica e de estímulo à inovação em sintonia com as necessidades da economia paulista e brasileira.

(*) Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque é doutor em Economia pela Universidade Harvard (EUA), professor titular e vice-presidente da Fundação Getulio Vargas.
Internet: www.marcoscintra.org / E-mail: [email protected] - Twitter: http://twitter.com/marcoscintra.

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