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- Administração de Empresas -
- 2003 -
Julho e Agosto

Agosto - A genialidade e a Administração
Julho -
Atendimento: "A chave"


Agosto - A genialidade e a Administração

A globalização trouxe alguns benefícios e outros tantos malefícios à economia brasileira.

A necessidade da rápida adaptação das empresas brasileiras para adaptar seus produtos e serviços as exigências de um mercado globalizado ocasionou uma transformação gigantesca no sistema empresarial brasileiro.

Com o surgimento dessa necessidade as empresas foram buscar em mercados mais desenvolvidos tecnologias capazes de proporcionar a melhoria de qualidade de produtos e serviços, otimização de procedimentos de produção e ganho de escala, aumento da competitividade dos produtos, etc...

Esse pacote trouxe sistemas operacionais, procedimentos-padrão e métodos de trabalho já testados, aprovados e perfeitamente adequados às empresas em seus países de origem, o que não implica que devam ser implantados nas empresas aqui sediadas e que tenham o mesmo resultado.

O povo brasileiro é diferente do povo americano, europeu, japonês, etc. Cada população tem as suas particularidades. Cada uma delas tem seus próprios ideais, cultura, objetivos, sentimentos, credo, ídolos, enfim: cada povo tem suas próprias características. Nós, brasileiros, temos nossas próprias características. Somos um povo trabalhador, criativo, pacífico, emotivo, caloroso, alegre e humanitário.

Isso é o que faz a diferença. Se todos fossem azuis o mundo seria uma eterna monotonia azulada. A diferença entre as raças e os povos tem de ser respeitada.

Desde que fomos descobertos, nos idos de 1.500, nosso povo vem sendo induzido a se conscientizar que é uma raça inferior. E a grande maioria do povo brasileiro já internalizou isso. Observe à sua volta, ouça seus vizinhos e poderá comprovar que essa afirmação é uma realidade. O produto, serviço, programa ou metodologia importada é sempre melhor que a brasileira.

Vamos parar de imitar o estrangeiro. O que é bom lá, pode ser um desastre aqui, portanto, devemos absorver a essência do que for bom e moldar às nossas características. Além disso, nem sempre o que é propalado como bom é, efetivamente, a realidade. Já tivemos experiências desastrosas por aqui, como por exemplo, quando algum “GÊNIO” afirmou que a Reengenharia era a solução dos problemas. Lembram-se? De onde surgiu esse sistema “maravilhoso”?

Como de costume, a dependência financeira, a internalização do sentimento de inferioridade, a mediocridade e a subserviência de muitos administradores de grandes empresas brasileiras e de multinacionais, provocou a imediata implantação desse programa administrativo em nossas empresas.

Esses gênios da administração, que ocupam cargos de destaque no cenário empresarial, sequer se dão ao trabalho de avaliar e discutir mudanças, apenas se preocupando em estar “na crista de onda” a qualquer custo.  São verdadeiros “Top Model”, que expõem suas empresas aos modismos de ocasião.

A Reengenharia foi um verdadeiro embuste e deixou seqüelas para muitas empresas. O método era tão ruim que foi abandonado até pelas empresas em seu país de origem.

Como a Reengenharia, encontramos outros tantos programas e sistemas operacionais implantados em empresas brasileiras que se mostram dispendiosos, insipientes e ineficazes. Geralmente, isso acontece em grandes e mega empresas.

À frente dessas empresas estão “Gênios da Administração Financeira”. Verdadeiros “Engenheiros Financeiros”, “Top´s de Marketing”, “CEO”, “Super Homens”, “Best de alguma coisa”, etc. Escolham o adjetivo preferido. 

Eu, particularmente, preferiria que simplesmente houvesse um Administrador capacitado, centrado e responsável. Um Administrador que trabalhasse para alcançar o objetivo da empresa (obter lucro) de forma racional. O que vemos hoje é uma insanidade administrativa.

Com a justificativa de “agilidade”, “flexibilidade”, “mobilidade” palavras que estão na moda, observamos, a cada dia, mutações micro e macro empresariais fantásticas. O que era bom ontem, já não é bom hoje, e será ruim amanhã.

Muitas dessas novas empresas estão, isso sim, nas mãos de excelentes “marketeiros”. Lógico, que não são todas as empresas, há exceções para nosso conforto. Os pseudos administradores conseguem realizar verdadeiras atrocidades administrativas e, ainda, se manterem no cargo. Isso, quando não conseguem promoção ou colocação mais alta, com maior remuneração, em empresas concorrentes.

Da noite para o dia alteram o planejamento empresarial, se é que se deram ao trabalho de elaborar algum planejamento, com uma idéia mirabolante. Agora o “must” é investir pesado em  “uma coisa”. Investem milhões e milhões de reais ou dólares nessa idéia.

Passada a euforia do delírio inicial e, geralmente, antes que se comprovem os efetivos resultados daquele “espasmo de genialidade” lançam nova idéia. – “O mercado reagiu bem, está tudo ótimo, estamos crescendo e expandindo, mas, agora, o ”must” é investir pesado em “outra coisa”. Passado mais um período e o “Gênio” saiu com outra idéia fantástica. – “Pessoal, estamos ganhando mercado, estamos crescendo, porém precisamos priorizar os investimentos e a força de trabalho em “alguma coisa”...

Não se esqueça que esses “espasmos de genialidade” geram despesas e todos os custos gerados por essas transformações são repassados ao preço final dos produtos e serviços e, invariavelmente, ao consumidor final. De uma forma ou de outra, o consumidor final sempre “paga o pato”. Além disso, na berlinda dessas mutações empresariais está o colaborador, que geralmente, divide o “pato” com o consumidor.

É isso que acontece em muitas grandes empresas e grandes grupos empresariais. Observe a seu redor. Veja como está a saúde financeira de várias empresas de aviação, redes de comunicações, instituições financeiras, indústria de transformação, grandes empresas de comercialização, etc. Observe as alterações quantitativas no quadro funcional dessas empresas. Demitiu-se, modernizou-se, porém, não se conseguiu gerar receitas satisfatórias que financiem as atividades operacionais.

As empresas/grupos vão crescendo, crescendo, e, de repente, você é surpreendido com a notícia de um prejuízo expressivo, demissão em massa para reduzir custos, uma concordata, falência, fusão (para prolongar a vida da empresa), etc.

                    Recentemente, fomos surpreendidos pelas notícias que gigantes, “sólidas” e poderosas empresas norte-americanas não eram tudo aquilo que apregoavam. Além do prejuízo causado diretamente aos seus acionistas, ocasionaram perturbação no mercado mundial. Essas empresas estavam recheadas de “Gênios da Administração Financeira”, “Engenheiros Financeiros”, “Top´s de Marketing”, “CEO”, “Super Homens”, “Best de alguma coisa”. Talvez, alguns destes poderão praticar a genialidade no sistema penitenciário norte-americano. 

As empresas não podem e não devem deixar acontecer os efeitos sanfonas. Ora se demite, ora se contrata, ora se investe em máquinas e equipamentos, ora se investe em treinamento, ora, ora, .... Isso traz um custo bastante elevado para as empresas, além de demonstrar a deficiência do planejamento empresarial e fragilidade administrativa.  No livro “Manual das Micro, Pequenas e Médias Empresas – Passo a Passo”, Editoria Papel Virtual – www.papelvirtual.com.br, procuro mostrar a importância do planejamento empresarial, como passo inicial e alicerce para o sucesso das empresas. 


Julho - Atendimento: "A chave"

 Muito se tem falado sobre atendimento ao cliente, de sua relevância e importância como diferencial na hora da escolha, por parte do consumidor, para aquisição de algum produto ou serviço.

 De fato, concordo plenamente com aqueles que afirmam que na hora de definição da compra o consumidor irá optar pela empresa que lhe prestou o melhor atendimento. Mesmo que o produto ou serviço nessa empresa seja mais caro.

 O atendimento ao consumidor é fundamental para que a empresa transforme o consumidor em cliente. A princípio, pode parecer que é a mesma coisa, mas não é. A diferença é muito grande.

                     O consumidor é aquele que adquire um determinado produto ou serviço para atender suas necessidades imediatas, avaliando-o por um padrão de qualidade, sem se importar de quem está adquirindo. O consumidor busca a realização de seus desejos e aspirações quando adquire determinado produto, pouco se importando se esse produto foi produzido dentro das normas de padronização.

                     Já o consumidor que se transforma em cliente adquire um produto ou serviço de determinada empresa, ciente de que certamente esta aquisição ira atender suas necessidades imediatas, já que parte do pressuposto que a empresa merece a sua confiança e seus produtos são bons, de acordo com o seu padrão de qualidade.

                     Há, portanto, uma grande diferença.

Não importa ao cliente se o produto ou serviço tem ISO ou qualquer outra certificação de “Qualidade”. O que importa, para a decisão de compra, é que o cliente confia na empresa e que o produto ou serviço adquirido satisfaz plenamente a sua necessidade. Perceba a diferença. O produto passou para 2º lugar na decisão de compra, o 1º lugar foi destinado à confiança do cliente na empresa.

Não é à toa que as grandes empresas brasileiras e multinacionais investem significativas importâncias em programas que se destinam a fidelizar a clientela aos seus produtos.

                     A evolução tecnológica e a informatização generalizada que vem ocorrendo nas empresas praticamente homogeneizou os produtos e serviços oferecidos aos consumidores. Excetuando-se alguns pequenos detalhes em determinados produtos ou serviços, estes são basicamente iguais aos produtos e serviços apresentados por seus concorrentes.

                     E, nesse processo de transformação do consumidor em cliente, surge um elemento fundamental: o ser humano. Isso faz a diferença e a transformação tão desejada pelas empresas.

                     Simples, não? É verdade, realmente, é simples. Em meu livro “Manual das Micro, Pequenas e Médias Empresas – Passo a Passo” Editora Papel Virtual – www.papelvirtual.com.br, mostro que o empresário precisa conhecer seus clientes e seu público-alvo.
 


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