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A V I A Ç Ã O
S A V A    S. A.

 

Boeing 707.321CH da SAVA, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São PauloHistória - A SAVA foi fundada na cidade de Belém, em 1951 e à época, sua sigla significava Serviços Aéreos do Vale Amazônico. A empresa foi fundada pelo Comandante Muniz e fazia difíceis voos de integração na Amazônia, voando entre Belém, Manaus e o interior. Na época dentre outros, o Comandante Antunes voava nos robustos "Catalina".

A manutenção cara, a falta de pistas adequadas e o pouco volume de passageiros dificultaram o crescimento da empresa. Tentando viabilizar a empresa, o então Coronel Eduardo Gomes - que posteriormente foi promovido a Brigadeiro e Ministro da Aeronáutica, além de ceder seu nome ao Aeroporto de Manaus -, conseguiu uma concessão presidencial que deu à SAVA, os direitos de explorar voos regulares de passageiros, cargas e malas postais, no Brasil e exterior.

A SAVA passou por problemas financeiros e estruturais e ficou paralisada alguns anos, voltando posteriormente quando o grupo australiano TNT resolveu investir em transporte de carga aérea no Brasil. A TNT utilizava muitos caminhões na rota de Manaus para São Paulo e na época das chuvas as estradas da região ficavam intransitáveis tendo assim que alugar aeronaves o que acabava por inviabilizar o custo final dos produtos. Dessa forma, resolveu adquirir uma companhia aérea.

A escolha natural recaiu sobre a SAVA que estava paralisada e tinha uma boa concessão. A empresa teve a sede transferida para São Paulo, passou a se chamar TNT SAVA S.A e o significado original da sigla SAVA (Serviços Aéreos do Vale Amazônico) foi extinto. Assim, a companhia passou a efetuar voos apenas para o grupo, principalmente na rota entre Manaus e São Paulo. A empresa operou vários Boeing 727.100F e 727.200F, além de um Douglas DC-8.61F, ex-Buffalo.

Boeing 707.321CH da Sava, em Guarulhos, São PauloA empresa operou muito tempo quando, mudando seus planos estratégicos, vendeu o controle acionário a um grupo de brasileiros e uruguaios que eram proprietários de uma empresa de carga aérea, denominada Coex Inc., em Miami, Estados Unidos, comandada pelo uruguaio Juvenal Lucas D'Oliveira Velazco. Foi um período conturbado, com brigas internas e muito prejuízo causado por administradores ligados à família Velazco, que quase levaram a empresa a pedir concordata. Quando da venda para esse grupo, foi retirado o nome TNT e a empresa passou a chamar-se exclusivamente SAVA S.A.

Como curiosidade há de se destacar que a SAVA foi a empresa responsável pelo transporte, em 1994, das primeiras notas do "Real", fabricadas na Alemanha, que vieram em dois voos diretos nonstop, entre Frankfurt e Rio de Janeiro. Devido aos problemas internos de uma conturbada administração familiar e muitas dívidas, foi resolvido a venda do capital da empresa.

Em 1994 a empresa foi completamente reestruturada, com a renegociação de dívidas, dos voos e do aproveitamento racional da única aeronave cargueira que voava para a empresa naquela época - Boeing 707.321CH, prefixo N-707HT, arrendada da International Air Leases - IAL (foto). Também foi formada nova carteira de clientes corporativos e a companhia voltou a operar entre São Paulo-Manaus, regularmente, além de efetuar voos não regulares entre Belo Horizonte e Córdoba (Argentina), todos cargueiros. Seus principais clientes eram a FIAT, Editora Abril, Sanyo, TNT e Turin Cargo. Fez ainda alguns voos cargueiros em parceria com a Skyjet (Boeing 707), que tinha investidores holandeses e era comandada pelo executivo Ângelo Mourão, - também na rota para Manaus - e com a americana Polar Cargo, entre São Paulo e Miami (Boeing 747.100F). Além disso firmou uma operação para a promoção de voos charters de passageiros, com o seu representante Sr. Ozires Silva, com a mexicana Aerocancún (com Airbus A-310/200), voando entre São Paulo-Rio de Janeiro-Salvador-Málaga (Espanha) e Buenos Aires-Porto Alegre-Recife.

Houve tentativa de transferência de propriedade da empresa, no ano de 1994, com a possibilidade de investidores na companhia, mas o então Departamento de Aviação Civil (DAC), hoje ANAC, não aprovou os nomes dos novos proprietários e então os que seriam os novos acionistas desistiram do negócio, que continuou nas mãos dos antigos proprietários. Posteriormente houve uma fraude, incrivelmente registrada junto à Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP), incluindo os nomes dos interessados na compra da companhia, que é motivo de discussão judicial visto que o registro na JUCESP não observou obrigatoriedades tais como a prévia apreciação, aprovação e autorização do DAC bem como o registro de ata anterior, na qual a ata registrada fazia referência, portanto não poderia ter sido arquivada na JUCESP. Os danos morais e materiais disso devem ser suportados pelo Estado de São Paulo, já que a JUCESP é um órgão estadual, e pelos proprietários da empresa.

O Boeing 707.321CH da SAVA voou para o mundo todo - atualmente a aeronave encontra-se em Miami, Estados Unidos.          Foto de aeronave da SAVA S.A. em vôo - 1995, contracapa da Revista Flap de julho daquele ano.

Site da SAVA: www.portalbrasil.net/sava

 


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