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C E R R A D O
Tipos de Cerrado
MINAS GERAIS
Parque Nacional da Serra da Canastra
Abrigando a nascente do rio
São Francisco, o Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado através de Decreto n°
70.355, em 1972. Possui esse nome devido à semelhança apresentada pelo imenso chapadão
que, ao ser avistado de longe, parece ter a forma de uma canastra ou de um baú.A beleza
natural da Serra da Canastra atrai, anualmente, um grande número de pessoas interessadas
em desfrutar momentos inesquecíveis em um ambiente de tranquilidade e rara beleza.
Localização: Região Sudoeste do Estado de Minas Gerais
Municípios: São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis
Superfície: 71.525 hectares.
Altitude: 900 a 1.496 metros.
Clima: Temperaturas médias no mês mais frio (julho) equivalente a 17°C e nos
messes mais quentes (janeiro e fevereiro), 23°C. Verões chuvosos e invernos secos.
Vegetação: Campos, campos rupestres, cerrados e matas ciliares.
Principais espécies da fauna preservadas: Lobo-guará, tamanduá bandeira,
tatu-canastra, veado-campeiro, veado-catingueiro, cachorro-do-mato, lontra e guaxinim e
ainda aves como o tucanuçu, perdiz, curicaca, ema, pato-mergulhão, siriema, coruja e
gavião.
Hidrografia: O Parque situa-se no divisor de águas entre as grandes bacias do rio
Paraná e do rio São Francisco.
A preservação dos Parques
Nacionais
Preservar um ecossistema é garantir, para uma região, vida em equilíbrio. A destruição de algumas espécies pode provocar o aumento populacional de outras, gerando, assim, desequilíbrios com conseqüências danosas a todos que habitam um determinado local. É também, através da proteção de um ambiente que se pode assegurar um maior volume e a melhoria da qualidade das águas, condições que hoje, se encontram ausentes em grande parte de nossos mananciais.Em ambientes preservados ganha a Natureza, portanto, todos ganham.
Ecossistema do cerrado
Minas Gerais, na maior parte de seu território, é revestida pela tipologia vegetal denominada cerrado, que se caracteriza por vegetação não muito densa com árvores de pequeno e médio porte que, de um modo geral, se apresentam com bastante tortuosidade. São comuns, entretanto, diferentes fisionomias neste tipo de vegetação, variando desde o típico cerrado, como acima se mencionou, até o campo, como o que é encontrado em quase todo o Parque Nacional da serra da Canastra. Esta vegetação abriga importantes espécies da flora e da fauna daquela região, algumas delas ameaçadas de extinção, como é o caso do lobo-guará, do veado-campeiro e do pato-mergulhão, dentre outros.
Nas últimas décadas a agricultura vem, substituindo o cerrado e assim, desalojando sua fauna, destruindo sua flora e conseqüentemente provocando impactos ambientais que geram alguns desequilíbrios. Com sentido de proteger a natureza, o Poder Público adota políticas ambientais que levam em conta a busca de amostras representativas dos ecossistemas existentes numa região, possibilitando, dessa forma, a conservação integral dos componentes do ecossistema ali existente. Esta é a principal razão da criação do Parque Nacional da Serra da Canastra. São mais de 70.000ha. destinados a garantir a perpetuidade de espécies da fauna e da flora, importantíssimas para o equilíbrio ambiental.
O Cerrado Goiano
O Sistema Biogeográfico dos Cerrados abrange área de uma grandeza espacial, que recobre quase dois milhões de quilômetros quadrados. A área contínua dos cerrados inclui praticamente a totalidade dos Estados de Goiás e Tocantins, oeste de Minas Gerais e Bahia, leste e sul de Mato Grosso, quase a totalidade do Estado do Mato Grosso do Sul, sul dos estados do Maranhão e Piauí.
O que se procura definir com o termo cerrado não é apenas um tipo vegetação, mas um conjunto de tipos fisionomicamente distribuídos dentro de um gradiente que temos como limites, de um lado o campo limpo e de outro lado o cerradão. Nesse contexto, podem ser agregadas as linhas de matas e matas galerias, integrantes decisivas desse ecossistema.
Ao estudar a ecologia dos cerrados que uma das características mais marcantes de sua biocenose é a dependência de alguns de seus componentes dos escossitemas vizinhos. Muitos animais têm seu nicho distribuído entre o subsistema do cerrado propriamente dito e das matas. podem, por exemplo, passar grande parte do dia no cerrado e abrigar-se à noite nas matas, ou vice-versa.
Não se pode levar adiante qualquer estudo sobre os cerrados, se não se tomar em consideração o fogo, elemento intimamente associado a esta paisagem. Apesar de sua importância para o entendimento da ecologia desse ambiente enquanto conjunto biogeográfico, a ação do fogo nos cerrados é ainda mal conhecida e geralmente marcada por questões mais ideológicas do que científicas.
O estudo do fogo como agente, será mais completo se também se observar a comunidade
faunística e os hábitos que certos animais desenvolveram e que estão intimamente
associados à sua ação, cuja assimilação, sem dúvida, necessita de arranjos
evolutivos caracterizados por tempo relativamente longo. De algumas observações
constata-se, por exemplo, que a perdiz só faz seu ninho em macegas, tufos de gramíneas
queimadas no ano anterior. Da visita a várias áreas do cerrado imediatamente após
grande queimada, tem-se constatado que apesar da características das árvores e arbustos
enegrecidos superficialmente, estes continuam com vida, ostentando ainda entre a casca
energecida e o tronco, intensa microfauna. Fenômeno semelhante acontece com o estrato
gramíneo: poucos dias após a queimada, mostra sinais de rebrota, que constitui elemento
fundamental para concentração de certas espécies animais. O fogo portanto, é um
elemento extremamente comum no cerrado, e de tal forma antigo, que a maioria das plantas
parece estar adaptada a ele.
A diversificação em variados ambientes é que atribui ao Sistema dos Cerrados o caráter
fundamental da biodiversidade. Compreender a distribuição dos elementos da flora e fauna
pelos diversos subsistemas e seu ciclo anual é muito importante para uma visão de
globalidade.
No que se refere a frutíferas, o Sistema dos Cerrados se apresenta como um dos mais ricos, oferecendo uma grande quantidade de frutos comestíveis, alguns de excelente qualidade, cujo aproveitamento por populações humanas, se dá desde os primórdios da ocupação e, em épocas atuais são aproveitados de forma artesanal. Associados aos frutos, outros recursos vegetais de caráter medicinal, madeireiro, venífero, etc., podem ser listados em grande quantidade. Alguns desses recursos, frutíferos ou não, constituem potenciais fontes de exploração econômica de certa grandeza, cuja pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias podem viabilizar seu aproveitamento a curto prazo.
O Sistema dos Cerrados também apresenta uma fauna variada representada essencialmente
por animais de médio e pequeno porte. A distribuição dos recursos vegetais,
principalmente os frutos, tem sua maior concentração nos meses de novembro, dezembro e
janeiro. Época que coincide com auge da estação chuvosa. Essa concentração diminui
proporcionalmente à medida que se distância da época chuvosa. Todavia, com exceção de
maio, os meses que correspondem à época seca, mesmo em quantidade menor, apresentam
certa quantidade de recursos.
Embora possam ser visíveis durante todo ano, os mamíferos campestres estão mais concentrados nos meses de setembro à janeiro. Esta época coincide com as floradas e rebrota dos pastos afetados por queimadas, naturais ou antrópicas do ano anterior, coincide também, principalmente, a partir de novembro com a época de maturação dos frutos. As espécies, insetívoras também encontram, nesta época, farto recurso, proporcionado pela revoada e multiplicação de certas espécies de insetos.
Os Carnívoros também estão mais concentrados em setembro, outubro, novembro, dezembro e janeiro, acompanhado a concentração dos mamíferos campestres. Os mamíferos habitantes do bioma ribeirinho, podem ser mais visíveis e concentrados nos meses secos, principalmente junho, julho, agosto e setembro. A maior parte das aves do Sistema dos Cerrados, põe seus ovos durante a estação seca mais especificamente em junho, julho e agosto. As aves campestres estão mais concentradas no início da estação chuvosa.
Reservas do cerrado (Goiás)
Reserva Biológica Lagoa Grande criada em 1976 no município de São Miguel do Araguaia.
Reserva Florestal Nacional de Serra Dourada, ocupa 144ha. de área dos municípios de Goiás e Mossâmedes.
Parque Nacional da Chapada Dos Veadeiros, criado em 1961 com 65.515 ha nos municípios de Alto Paraíso e Cavalcante.
Parque Estadual de Terra Ronca, criado em 1989 com 14.493 ha. no município de São Domingos.
Parque Estadual dos Pirineus, criado em 1987 no município de Pirinópolis.
Parque Nacional das Emas, criado em 1961 com 131.868 ha. nos municípios de Aporé e Mineiros.
Reserva Biológica Estadual de Parúna, criada em 1979 com 2.812 ha. no município de Paraúna.
Parque Estadual da Serra de Caldas, criado em 1970 com 12.315 ha. no município de Caldas Novas.
Reservas indígenas de Goiás
Reserva Aruanã, com 37ha. localiza-se no município de Aruanã.
Reserva Avá-Canoeiro, com 38 mil ha. localiza-se nos municípios de Cavalcante, Minaçu e Colinas do Sul.
Reserva Carretão I, com 1.666 ha. localiza-se nos municípios de Nova América e Rubiataba.
Reserva Carretão II, com 78ha, localiza-se no município de Nova América.
A beleza do Cerrado maranhense
Situado na área de transição entre as regiões norte, nordeste e centro-oeste, o cerrado maranhense, situado principalmente no planalto da região sudeste, ocupa aproximadamente10 milhões de hectares (5), cerca de 30% da área total do estado, abrangendo 33 municípios, 23 dos quais possuem a quase totalidade de suas áreas cobertas por este tipo de vegetação.
Segundo HERINGER (6) o cerrado do meio-norte (Piauí e Maranhão) é semelhante ao do Brasil central no que tange as características fisionômicas e estruturais, contudo estas regiões apresentam uma divergência quanto a composição florística.
Estudos indicam que esta individualidade florística de cada região alcança 50% de espécies comuns nas duas áreas, incluindo-se neste caso espécies como Acosmium dasycarpum, Bowdichia virgilioides, Curatella americana e Tabebuia caraiba. Por outro lado, espécies como Caryocar cubeatun, Copaifera rigida, Mimosa lepidophora e Cassia excelsa são exclusivas deste cerrado marginal, sendo, na maioria das vezes, oriundas de outras formações vegetais.
A ocupação do Cerrado
O precursor do processo de ocupação do Brasil central, no século XVII, foi o interesse por ouro e pedras preciosas. Pequenos povoados, de importância inexpressiva, foram sendo formados na região que vai de Cuiabá a oeste do triângulo mineiro, e ao norte da região dos cerrados, nos estados de Tocantins e Maranhão.
Contudo, foi somente a partir da década de 50, com o surgimento de Brasília e de uma política de expansão agrícola, por parte do Governo Federal, que iniciou-se uma acelerada e desordenada ocupação da região do cerrado, baseada em um modelo de exploração feita de forma fundamentalmente extrativista e, em muitos casos, predatória.
A explosão agrícola sobre o cerrado deparou-se com uma região de solos, caracteristicamente, com baixo teor nutricional e ácidos. Estes, na maioria dos casos, não submetidos a qualquer trato cultural e ainda expostos a ciclos periódicos de queimadas, em poucos anos tornavam-se inviáveis para a produção a nível comercial. Esta situação iniciava um processo migratório das lavouras em busca de novas áreas de plantio. Comportamentos como estes podem ainda ser observados entre os pequenos produtores na região do cerrado.
O desmatamento, para a retirada de madeira e produção de carvão vegetal, foram, e ainda são, atividades que antecederam e "viabilizaram" a ocupação agropecuária do cerrado. Estima-se que até o ano 2000 mais da metade da área total do cerrado atual esteja modificada pela atividade agropecuária.
Concominantemente com o aumento das atividades agropastoris, o acelerado ritmo do processo de urbanização na região, no período de 1970-91 houve um incremento demográfico de 93% na região dos cerrado, também tem contribuído para o aumento da pressão sobre as áreas ainda não ocupadas do cerrado.
Estima-se que atualmente cerca de 37% da área do cerrado já perderam a cobertura original, dando lugar a diferentes paisagens antrópicas. Da área remanescente do cerrado, estima-se que 63% estejam em áreas privadas, 9% em áreas indígenas e apenas 1% da área total do cerrado encontra-se sob a forma de Unidades de Conservação Federais.
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