OS SERES VIVOS
A domesticação de animais
A fabricação de
ferramentas de pedra, o domínio do fogo e a aquisição da linguagem foram
conquistas que levaram milhões de anos. Graças a elas, o homem passou a
defender-se dos outros animais ou caçá-los, cozinhar seus alimentos ou
aquecer-se ao fogo e transmitir o conhecimento acumulado de geração para
geração.
Os primeiros representantes da nossa espécie, há mais ou menos 200 mil anos,
viviam deslocando-se constantemente de um lugar para o outro, onde houvesse
frutos e sementes para a coleta de animais para caçar.
Mas, de cerca de 12.000 anos para cá, sua vida iria mudar num ritmo muito
intenso, comparada com o longo período anterior. Nessa época, o homem aprendia
a cultivar os vegetais e a domesticar animais. Ele deixava de ser coletor e
caçador para ser agricultor e pastor.
O desenvolvimento de suas novas atividades aumentava seu controle sobre a
natureza e ele já se fixava em determinados lugares, construindo sua
habitação, formando as vilas e, mais tarde, as cidades.
Observando novas árvores brotando do solo onde caíam frutos ou nos lugares
onde jogava restos de frutos, o homem percebeu que podia cultivar os vegetais.
Ao mesmo tempo, começava a domesticar alguns animais, que forneciam a ele
produtos diversos (carne, leite, ovos, lã, seda, cera, etc.), prestavam
serviços (transporte, tração, correio, etc.), serviam como animais de
estimação, de guarda ou mesmo para fins ornamentais.
Hoje vários animais domesticados vivem ao lado do homem, sendo úteis a ele. O
cão, por exemplo, "o melhor amigo do homem", desde a Antiguidade era
utilizado como mensageiro em tempos de guerra. Sua carne é apreciada pelos
chineses e javaneses, e foi muitas vezes utilizado para experimentos em vários
ramos da ciência. Foi até o primeiro ser vivo a ser colocado em órbita na
Terra, num satélite artificial.
Provavelmente, os primeiros animais domesticados foram os lobos asiáticos,
ancestrais dos cães domésticos que conhecemos hoje. Lobos e seres humanos
teriam vivido lado a lado durante muito tempo e os restos encontrados
indicam que a domesticação começou por volta de 12 000 anos atrás, no
sudoeste da Ásia, na China e na América do Norte. "Esse processo teve
profunda influência no desenvolvimento da economia e da estratificação
social dos primeiros grupos humanos, levando ao surgimento das primeiras
sociedades estáveis", diz o biólogo e fisiologista americano Jared
Diamond, da Universidade da Califórnia. Essa teoria leva em conta que
durante o longo trabalho de domesticação ocorreram algumas alterações no
físico do lobo.
O
crânio foi reduzido, as mandíbulas ficaram mais curtas e os dentes também,
enquanto, gradativamente, o pêlo mudava de cor, resultado das alterações em
sua alimentação. Há também quem defenda a ideia de que os verdadeiros
ancestrais do cão tenham sido as hienas ou os chacais, mas faltam evidências
nos campos da arqueologia ou da genética.
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