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OS SERES VIVOS
A evolu��o dos seres vivos

 

            Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829), cientista franc�s, acreditava que os seres vivos tinham de se transformar para melhor se adaptarem ao ambiente. Assim, ele explicava que as girafas, no passado, tinham pesco�o curto e, � medida que escasseava o alimento mais rasteiro, eram for�adas a esticar o pesco�o para comer as folhas do alto das �rvores. Com isso, o pesco�o foi se desenvolvendo pelo uso frequente e a caracter�stica adquirida (pesco�o cada vez mas longo) foi se transmitindo aos descendentes, de gera��o em gera��o. Depois de s�culos, as girafas tinham, ent�o, o longo pesco�o que observamos nas girafas atuais.

            Essa hip�tese, para explicar como se desenvolveu o longo pesco�o das girafas, n�o � aceita pela ci�ncia. Voc� ver� a seguir por que ela � considerada incorreta.

            Os �ltimos dinossauros desapareceram h� cerca de 65 milh�es de anos e os primeiros seres da nossa esp�cie s� surgiram no planeta h� aproximadamente 200 mil anos. Nenhum ser humano, portanto, jamais conviveu com os dinossauros.

Os dinossauros dominaram a Terra

            Os dinossauros dominaram a Terra durante aproximadamente 140 milh�es de anos. Tinham formas e tamanhos diferentes. Alguns viviam em manadas. Uns eram herb�voros, outros carn�voros. 

            O Tyrannosaurus rex, era um temido predador. Com seus quinze metros de comprimento e dentes serreados de at� dezoito cent�metros, pertencia ao grupo dos ter�podes. Os ter�podes eram carn�voros e andavam sobre as duas patas posteriores. Suas patas anteriores (bra�os) eram curtas e a cabe�a grande suportava longas mand�bulas.

            Com a cabe�a ocupando um ter�o do corpo, o Triceratops pesava at� cinco toneladas e tinha nove metros de comprimentos. Era o maior dinossauro do grupo dos ceratops�deos, dinossauros com chifres e um folho no pesco�o. Os ceratops�deos eram herb�voros e andavam em manadas.

            Com 26 metros de comprimento e quinze toneladas de peso, o Diplodocus pertencia ao grupo dos saur�podes, os maiores animais que j� habitaram a Terra. Eles eram herb�voros.

            Os estegossauros pertenciam ao grupo de dinossauros que possu�am fileiras de placas nas costas e enormes espinhos na causa. Tinham cabe�a e c�rebro muito pequenos em rela��o ao corpo e tamb�m eram herb�voros.

 

Outros animais e plantas do passado

            Al�m dos dinossauros, temos conhecimento da exist�ncia de outros animais e plantas do passado, como, por exemplo, o Arque�pterix, as samambaias gigantes e os ictiossauros. Os cientistas ainda tem d�vidas se o Arque�pterix foi um r�ptil do passado, um dinossauro com asas ou uma ave primitiva. A primeira hip�tese � a que parece ser a mais prov�vel.

O que � um f�ssil?

            Hoje podemos conhecer paisagens e seres vivos da Terra primitiva reconstitu�dos em hist�rias fant�sticas de filmes e revistas. Mas, cientificamente, como podemos saber se esses seres existiram mesmo? Quais eram as suas formas e os seus tamanhos?

            A descoberta de ossos, dentes ou esqueletos inteiros de animais extintos, enterrados no solo ou incrustados em rochas, � que tornou poss�vel esse conhecimento.

             A esse tipo de restos ou simples vest�gios (exemplo: pegadas) de seres vivos chamamos f�ssil. Estudando os f�sseis, podemos descobrir como eram esses seres e como viviam.

            Raramente s�o encontrados f�sseis de animais ou plantas inteiros. Em geral, s� partes duras, como ossos, conchas e carapa�as, ficam incrustadas na rocha. Algumas vezes, os poros dos ossos s�o preenchidos por minerais como a calcita, por exemplo, mantendo-se assim a forma original. Em outros casos, ocorre a substitui��o completa do material original por minerais como a s�lica.

            H� tamb�m outro tipo de fossiliza��o muito importante, que � a preserva��o dos pr�prios animais e de plantas em �mbar. Esses organismos foram englobados pela resina de um certo tipo de planta h� milh�es de anos. Claro que s� animais menores foram fossilizados dessa forma, pois n�o conseguiram escapar das gotas de resina. Mesmo pequenos vertebrados, no entanto, j� foram encontrados dentro das pedras amarelas e transl�cidas de �mbar.

A import�ncia dos f�sseis

            Estudando os f�sseis e comparando-os com os seres atuais, os cientistas descobriram que os animais e os vegetais foram se modificando atrav�s dos tempos. Enquanto alguns tipos se extinguiram, outros sofreram transforma��es, dando origem aos que conhecemos atualmente.

            O estudo dos f�sseis auxilia a compreens�o das modifica��es sofridas pelas esp�cies de seres vivos atrav�s dos s�culos.

Seres vivos e adapta��o

            O rato-canguru � um pequeno roedor que vive no deserto. Durante o dia, esconde-se em tocas profundas e relativamente frias, saindo apenas � noite em busca do alimento. As fezes desse rato s�o relativamente secas e seus rins produzem uma urina muito concentrada, com pouca �gua. N�o possuem gl�ndulas sudor�paras e, portanto, n�o suam.

            Nos desertos, o dia costuma ser muito quente e a disponibilidade de �gua � pequena. Escondendo-se de dia em tocas frias e perdendo pouca �gua atrav�s de fezes secas e de urina concentrada, al�m de n�o suar, o rato-canguru consegue viver e se reproduzir no deserto. Diz-se, ent�o, que ele est� adaptado �s condi��es des�rticas, isto �, possui uma s�rie de caracter�sticas que contribuem para a sua sobreviv�ncia e reprodu��o naquele ambiente.

            Da mesma maneira, as raposas do �rtico est�o adaptadas para viver naquele ambiente, onde o frio � muito intenso. Entre outras caracter�sticas, esses animais possuem muitos p�los longos e lanosos e uma grossa camada de gordura sob a pele. Esses p�los e a camada gordurosa dificultam muito as perdas de calor para o meio, contribuindo para a manuten��o de temperatura do corpo.

            Mas ratos-cangurus provavelmente n�o sobreviveriam no �rtico, nem raposas-�rticas no deserto. Na natureza, s seres vivos est�o adaptados ao ambiente em que vivem. Num outro ambiente ou quando o ambiente em que vivem muda, as mesmas caracter�sticas que lhe eram favor�veis podem se mostrar in�teis e at� mesmo prejudiciais.

            Por isso quando vemos informa��es atrav�s dos meios de comunica��o que uma regi�o vai ser inundada, por exemplo, para a constru��o de uma usina hidrel�trica e que o meio-ambiente sofrer� consequ�ncias, estamos falando que os animais adaptados �quela regi�o provavelmente ir�o morrer em raz�o da mudan�a de habitat e condi��es clim�ticas.

O conceito de sele��o natural

            Em uma cidade inglesa chamada Manchester, em meados do s�culo XIX, antes da industrializa��o da cidade, viviam mariposas de uma certa esp�cie: algumas claras e outras escuras. Mas o n�mero de mariposas claras era muito maior.

            Depois que a cidade se industrializou, verificou-se o contr�rio: o n�mero de mariposas escuras passou a ser muito maior. O que teria acontecido? 

            Antes da industrializa��o da cidade, o ar n�o era polu�do. N�o havia fuligem escura das f�bricas; os troncos das �rvores eram recobertos por liquens claros. Nesse ambiente de "fundo claro", as mariposas claras passavam mais despercebidas do que as escuras, quando posavam, por exemplo, numa �rvore. Assim, p�ssaros inset�voros visualizavam melhor e devoravam mais as mariposas escuras. Dai, o grande n�meros  de mariposas claras em rela��o �s escuras. A colora��o clara era, portanto, uma caracter�stica favor�vel para as mariposas que viviam naquele ambiente.

            Mas veio a industrializa��o. E o ambiente mudou. A polui��o praticamente eliminou os claros liquens que recobriam o tronco das �rvores. A fuligem contribuiu para dotar o ambiente de um "fundo escuro". Nessa nova situa��o, eram as mariposas escuras que passavam mais despercebidas; as claras, facilmente identificadas pelos p�ssaros, eram mas devoradas. O n�mero de mariposas escuras, ent�o, se tornou maior e a sua colora��o passou a representar a caracter�stica favor�vel.

            Pelo exposto acima, podemos concluir que as mariposas apresentavam uma variabilidade de cores: algumas eram claras e outras eram escuras. O ambiente atuou selecionando essa variabilidade: antes da industrializa��o da cidade, as mariposas claras eram as mais bem adaptadas ao meio; tinham maiores chances de sobreviver e de gerar um maior n�mero de descendentes. Depois da industrializa��o da cidade, o ambiente mudou e o crit�rio de sele��o tamb�m mudou: as mariposas escuras � que passaram a ser as mais bem adaptadas ao meio.

            Chama-se sele��o natural esse mecanismo de o ambiente selecionar os organismos que nele vivem; os indiv�duos portadores de caracter�sticas favor�veis tem maior chance de sobreviver e deixar descendentes f�rteis, enquanto os portadores de caracter�sticas desfavor�veis tendem a ser eliminados, pois ter�o menos chances.

            O conceito de sele��o natural foi idealizado pelo cientista ingl�s Charles Darwin. A teoria da evolu��o tornou-se realmente aceit�vel para o mundo cient�fico somente depois do trabalho desse cientista.

O que � evolu��o?

            O processo de transforma��o pelo qual passam os seres vivos, incluindo a origem de novas esp�cies e a extin��o de outras atrav�s dos tempos, chama-se evolu��o. Esse processo vem acontecendo desde que a vida surgiu na Terra.

            Como vimos no cap�tulo anterior, acredita-se que os primeiros seres vivos surgiram no mar h� mais ou menos 3,5 bilh�es de anos. Eram seres relativamente simples, unicelulares e heterotr�ficos.

            Milh�es de anos depois surgiram os seres unicelulares que j� fabricavam seus pr�prios alimentos, usando a luz como fonte de energia. Muito tempo depois � que apareceram os seres pluricelulares, como as plantas e os animais.

            Mas como surgem as diferentes caracter�sticas existentes entre uma esp�cie e outra de seres vivos? Mesmo entre seres de uma mesma esp�cie, por que, por exemplo, algumas mariposas s�o claras e outras escuras?

            As v�rias caracter�sticas de um ser vivo s�o determinadas pelo material gen�tico existente em suas c�lulas. Esse material gen�tico compreende o conjunto dos genes que esse ser vivo possui. Os genes s�o formados pro subst�ncias chamadas de �cidos nucleicos. Simplificando, podemos dizer que temos, por exemplo, genes que determinam a cor dos nossos olhos, genes respons�veis pela cor de nossa pele, etc.

            Acontece que os v�rios genes de um indiv�duo podem ter sua estrutura alterada de maneira espont�nea ou pela a��o, por exemplo, de certas subst�ncias. Essas altera��es que o material gen�tico pode sofrer s�o chamadas de muta��es.

            As muta��es permitem, ent�o, o surgimento de caracter�sticas novas, que podem ser favor�veis ou n�o para a adapta��o de um organismo no ambiente em que vive. Por meio da sele��o natural, o ambiente modela uma determinada esp�cie, preservando os organismos que possuem caracter�sticas favor�veis para viver nele e permitindo que essas caracter�sticas sejam transmitidas a seus descendentes.

Reprodu��o sexuada e variabilidade gen�tica

            N�o s� as muta��es proporcionam variabilidade gen�tica. A reprodu��o sexual tamb�m propicia uma grande mistura gen�tica. Um indiv�duo (macho ou f�mea) tem capacidade de produzir muitos tipos diferentes de gametas. Cada gameta ir� unir-se - misturar seu material gen�tico - a outro, que ter� outra comina��o gen�tica, e assim por diante.

            Pense numa cadela, por exemplo, que tenha v�rias ninhadas, cada uma de um pai, um macho, diferente. Resultado: poder�o nascer filhotes muito diferentes uns dos outros, quanto ao tamanho, cor, tipo de p�los, etc.

Conclus�o:


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