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OS SERES VIVOS
INVERTEBRADOS
Por�feros e Celenterados

 

Os por�feros s�o chamados tamb�m de esponjas e os celenterados, de cnid�rios:

            Os por�feros, ou esponjas, surgiram h� cerca de 1 bilh�o de anos e, provavelmente, se originaram de seres unicelulares e heterotr�ficos que se agruparam em col�nias. Possuem tecidos, mas n�o apresentam �rg�os nem sistemas; s�o animais exclusivamente aqu�ticos.

            Os celenterados surgiram provavelmente entre 1 bilh�o e 800 milh�es de anos atr�s, depois dos por�feros, portanto. Ao contr�rio dos por�feros, os celenterados apresentam cavidade digestiva. S�o tamb�m animais exclusivamente aqu�ticos.

            O corpo de uma esponja tem grande n�mero de c�lulas que apresentam uma certa divis�o de fun��es. Algumas dessas c�lulas s�o organizadas de tal maneira, que formam pequenos orif�cios, denominados poros, em todo o corpo do animal. � por isso que esses seres recebem o nome de por�feros.

            O corpo do por�fero geralmente tem a forma de uma bolsa. A cavidade interna chama-se �trio. Na parte superior do �trio existe uma abertura, o �sculo, que serve para eliminar a �gua com as subst�ncias desnecess�rias � nutri��o do animal e com os detritos resultantes da atividade celular.

            Esses animais n�o possuem �rg�os especializados para digest�o, excre��o ou reprodu��o. Todas essas fun��es s�o realizadas por diferentes c�lulas.

            O esqueleto das esponjas � formado por diversos tipos de subst�ncias. Entre elas, destacam-se as esp�culas de calc�rio ou de s�lica, com formas variadas, e uma rede de prote�na chamada espongina.

            Em certas esponjas, o esqueleto n�o possui esp�culas, mas tem a rede de espongina bastante desenvolvida. As esponjas desse tipo foram muito utilizadas para banho e limpeza. Como a ind�stria passou a produzir esponjas sint�ticas, o uso das esponjas naturais para essa finalidade foi substitu�do consideravelmente.

CELENTERADOS                  CELENTERADOS

            A maioria dos por�feros vive no mar. Podem ser encontrados desde a linha da mar� at� seis mil metros de profundidade. Alguns s�o de �gua doce. Vivem presos nas rochas, nas conchas, ou associados � areia do fundo do mar ou de um lago, etc.

            As esponjas s�o animais filtradores: a �gua penetra em seu corpo atrav�s dos poros e cai no �trio; ent�o certas c�lulas retiram g�s oxig�nio e capturam part�culas alimentares presentes na �gua, ao mesmo tempo que elimina res�duos n�o aproveit�veis e g�s carb�nico. Essa �gua sai do corpo da esponja atrav�s do �sculo.

            Em sua alimenta��o, as esponjas retiram da �gua detritos diversos e micro-organismos, como protozo�rios e certas algas. O alimento assim obtido � digerido no interior de certas c�lulas - por isso se diz que os por�feros tem digest�o sempre intracelular. As esponjas podem filtrar em uma hora um volume de �gua centenas de vezes maior que o volume de seu corpo.

            A reprodu��o dos por�feros pode ser assexuada ou sexuada.

            A assexuada ocorre, por exemplo, por brotamento. Neste caso, formam-se brotos, que podem se separar do corpo do animal e dar origem a novas esponjas.

            A sexuada � menos frequente que a reprodu��o assexuada, mas ocorre em alguns tipos de esponjas.

            Quando os espermatozoides (gametas masculinos) est�o maduros, eles saem pelo �sculo, junto com a corrente de �gua, e penetram em outra esponja, onde um deles fecunda um �vulo (gameta feminino). Ap�s a fecunda��o, que � interna, forma-se um ovo ou zigoto, que se transforma em uma larva. Esta larva sai do corpo da esponja, nada e se fixa, por exemplo, em uma rocha, onde se desenvolve at� se transformar em uma esponja adulta.

            Os celenterados s�o tamb�m chamados cnid�rios. A �gua-viva, a caravela, a hidra e os corais s�o alguns exemplos de celenterados. Eles s�o aqu�ticos e vivem principalmente no mar.

            A �gua-viva e a caravela t�m vida livre e s�o levados pelas ondas. Os corais, a hidra e a act�nia (an�mona-do-mar) vivem presos a um suporte, por exemplo, no fundo do mar ou sobre rochas.  

            Todos os celenterados t�m o corpo formado por duas camadas de c�lulas, interligadas por uma substancia chamada mesogleia, que d� ao animal uma apar�ncia gelatinosa.

            Os celenterados podem apresentar-se sob duas formas: os p�lipos ou medusas.

            P�lipos: Os p�lipos t�m forma cil�ndrica e vivem geralmente fixos, por exemplo, em uma rocha. Na sua extremidade livre, apresenta tent�culos em volta da boca.

            Medusas: As medusas s�o geralmente semiesf�ricas, como um guarda-chuva. Seus tent�culos contornam a margem do corpo, no centro do qual fica a boca. S�o carregadas pelas correntes, pois sua capacidade natat�ria � limitada.

            Os celenterados possuem em seus tent�culos c�lulas urticantes ou cnid�citos. Essa c�lulas, tamb�m chamadas cnidoblastos, servem para a captura de alimentos e para a defesa do animal.

            Os cnid�citos, pequenas c�lulas na forma de um saco, possuem uma c�psula (nematocisto), dentro da qual se encontra um filamento enrolado, que serve para injetar uma subst�ncia urticante. Cada cnid�cito possui um c�lio (cnidoc�lio) que, ao ser tocado, dispara um filamento. A a��o conjunta de muitos cnid�citos podem ferir um predador ou paralisar rapidamente uma pequena presa. Uma vez descarregado, o cnid�cito � substitu�do.

            Quando uma presa � capturada por um celenterado, ela penetra pela boca do animal e chega at� uma cavidade digestiva - ali�s, o nome desse grupo vem de celo = "cavidade" e entero = "intestino". Nessa cavidade, o alimento � parcialmente digerido e depois absorvido por certas c�lulas, no interior das quais a digest�o se completa. Por isso se diz que a digest�o nos celenterados � extracelular (na cavidade digestiva) e tamb�m intracelular (no interior da c�lulas). N�o possuindo �nus, esses animais eliminam pela boca os res�duos n�o aproveit�veis.

            Os celenterados dividem-se em tr�s grandes grupos:

            A hidra � um celenterado que tem o corpo cil�ndrico e em forma de p�lipo. Vive em �gua doce, preferencialmente em �guas frias e limpas, presa por uma extremidade a um rocha ou � vegeta��o aqu�tica. Tem cor verde, parda ou cinza. Algumas hidras podem se locomover dando "cambalhotas".

            A hidra pode apresentar reprodu��o assexuada ou sexuada.

            Assexuada por brotamento - No meio do corpo da hidra pode nascer um broto. Este broto cresce e separa-se da hidra-m�e. Em seguida, fixa-se em algum lugar e continua a desenvolver-se independentemente.

            A hidra masculina possui test�culo, onde se formam os espermatoz�ides. A hidra feminina possui ov�rio, onde se desenvolvem os �vulos. A hidra masculina elimina espermatoz�ides na �gua; estes deslocam-se at� uma hidra feminina, onde o �vulo � fecundado. Forma-se, ent�o, um zigoto ou c�lula-ovo, que se desenvolve no corpo da hidra feminina, transformando-se em embri�o. Depois o embri�o separa-se do corpo da hidra-m�e, dando origem a uma pequena hidra, que cresce at� formar uma hidra masculina ou feminina adulta.

            A caravela n�o � um animal isolado. � uma col�nia de v�rios p�lipos transparentes que, como um todo, ficam flutuando sobre a �gua do mar. Na col�nia, grupos diferentes de p�lipos desempenham fun��es diferentes. Uns s�o respons�veis pela digest�o dos alimentos, outros pela reprodu��o, outros pela prote��o de toda a col�nia, e assim por diante.

            Physalia physalis � uma esp�cie de caravela que vive em alto-mar e tem tent�culos compridos de at� vinte metros ou mais. As caravelas s�o muito perigosas devido �s subst�ncias urticantes que fabricam e que podem causar queimaduras �s pessoas.

            As �guas-vivas tem a forma de medusa, lembrando um guarda-chuva aberto, com a bica situada na parte inferior, onde tamb�m ficam os tent�culos. Seu tamanho varia muito de uma esp�cie para outra. Algumas podem ter mais de dois metros de di�metro. Alimentam-se principalmente de invertebrados e pequenos peixes. �s vezes s�o lan�adas aos milhares na praia pelas ondas.

            Na reprodu��o da �gua-viva observam-se uma fase sexuada e outra assexuada. A etapa sexuada acontece na forma de medusa, que � a fase mais desenvolvida do ciclo; a assexuada ocorre na forma de p�lipo, que � reduzida.

            Etapa sexuada - Depois que o espermatoz�ide fecunda o �vulo, forma-se a c�lula-ovo ou zigoto. Dele, desenvolve-se uma larva que dar� origem a um pequeno p�lipo.

            Etapa assexuada - O p�lipo cresce e reproduz-se assexuadamente dando origem a novas medusas, que v�o se tornando adultas e se transformando em novas �guas-vivas.

            As act�nias s� existem na forma de p�lipos. Parecem uma flor e, por isso, s�o chamadas tamb�m de an�monas-do-mar. Possuem cores e tamanhos variados, medindo desde alguns mil�metros at� um metro de di�metro. Esses animais s�o encontrados fixos a um suporte: uma rocha, um peda�o de madeira ou carapa�as de outros animais. Alimentam-se de moluscos, crust�ceos e outros invertebrados e at� de pequenos peixes.

            Os corais s�o col�nias formadas por pequenos p�lipos, que se reproduzem assexuadamente por brotamento. Estes p�lipos unidos fabricam uma subst�ncia calc�ria, compondo imensas col�nias. Nas col�nias, os indiv�duos executam determinadas fun��es. Alguns s�o respons�veis pela captura de alimentos, outros fazem a prote��o da col�nia e outros ainda se encarregam da reprodu��o.

            Os corais apresentam as mais variadas cores, como vermelho, branco, rosa, laranja ou amarelo. Por isso s�o utilizados na decora��o de aqu�rios e at� na fabrica��o de j�ias. Vivem em �guas quentes, geralmente at� � profundidade de 36 metros,  entretanto j� foram encontrados alguns corais vivendo a 7.500 metros de profundidade.

            Quando morrem, seus esqueletos permanecem intactos e servem de suporte para outros p�lipos da col�nia, formando, assim, os recifes de corais. Em muitos casos, esses recifes oferecem perigo �s embarca��es, constituindo verdadeiras armadilhas submarinas. A Grande Barreira de Recifes, na costa nordeste da Austr�lia, resulta principalmente da acumula��o de esqueletos calc�rios de corais e � um s�rio obst�culo � navega��o.

 

C U R I O S I D A D E S:

Medusas - Existem medusas de doze mil�metros at� dois metros de di�metro, como as do g�nero Cyanea, que vivem no oceano �rtico e possuem tent�culos de at� trinta metros de comprimento.

            No oceano �ndico e Pac�fico vivem medusas chamadas vespas-do-mar, que possuem veneno capaz de matar um homem. Nas �guas brasileiras, as esp�cies mais comuns pertencem ao g�nero Rhizostoma e n�o s�o t�o perigosas para o ser humano.

            No ver�o, s�o comuns os acidentes provocados por �guas-vivas em pessoas que frequentam as praias. A gravidade vai depender da extens�o do corpo que for atingida.

            A presen�a de cnid�citos garante uma eficiente defesa do animal, que tem poucos predadores. Mas a tartaruga, seu principal predador, possui na boca e no es�fago um revestimento prot�ico de queratina, que a protege contra o l�quido urticante. A queratina tamb�m est� presente na forma��o da carapa�a das tartarugas.

            As medusas s�o bastante gulosas. A Aurelia, pro exemplo, muito comum em todo o mundo, mede cerca de 25 cent�metros de di�metro e � capaz de matar diz filhotes de salm�o por hora.

            Elas se locomovem atrav�s de um sistema de propuls�o a jato. Quando contraem os m�sculos da borda do corpo, expulsam um forte jato de �gua que as impulsiona para a frente.

            Em 1991, 2.500 medusas passaram nove dias em �rbita a bordo do �nibus espacial norte-americano Columbia. Foram escolhidas para estudo do efeito da falta de gravidade sobre seus processos de reprodu��o, crescimento e locomo��o.

            Aqui na Terra, as medusas s�o utilizadas em pesquisas de farmacologia marinha. Elas produzem uma fotoprote�na que, ao entrar em contato com o c�lcio, fica luminosa. Assim, procura-se descobrir o papel do c�lcio em contra��es musculares.

As s�cias dos corais - Os p�lipos que formam os corais contam com a ajuda de pequenas algas unicelulares que vivem no interior de seus tecidos. Essas algas auxiliam na produ��o de carbonato de c�lcio, que forma os esqueletos produzidos pelos p�lipos.

            Os esqueletos que v�o sendo constru�dos tem as mais variadas formas, que se adaptam bem ao ambiente em que se encontram. Os corais em forma de c�rebro s�o encontrados mais facilmente no fundo do mar; os corais p�ritos e acr�poros vivem nas regi�es superficiais, pois suportam por mais tempo o impacto das ondas sem se quebrarem.

O perigo ronda os corais - Na d�cada de 1960, por motivos desconhecidos, apareceu nos recifes do oceano Pac�fico um n�mero alarmante de estrelas-do-mar chamadas coroa-de-espinhos (g�nero Acanthaster). No ano de 1965, elas destru�ram cerca de 360 km� de recifes na Austr�lia.

            A coroa-de-espinhos tem dezesseis bra�os e � uma devoradora de p�lipos de coral. Para se alimentar, ela reverte seu est�mago e espalha sobre eles seu l�quido digestivo.

            Muitos bi�logos acreditam que o aumento do n�mero dessas estrelas seja devido ao desequil�brio ecol�gico causado pelo homem.

A guarda-costas do ermit�o - O caranguejo-ermit�o, ou paguro, esconde seu abdome mole dentro de conchas vazias de moluscos.

            Este caranguejo costuma capturar algumas an�monas alojando-as sobre a concha. A an�mona, assim instalada, n�o precisa locomover-se e ainda tem um suprimento constante dos restos alimentares do ermit�o. Em compensa��o, a an�mona, com o l�quido urticante de seus tent�culos, serve como verdadeira guarda-costas para o caranguejo, afastando predadores desse animal, como alguns polvos.

            Assim, o caranguejo e a an�mona estabelecem uma rela��o de mutualismo, em que ambos s�o beneficiados.


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