Investigação por apostas tirou Lucas Paquetá da lista de convocados de Fernando Diniz para Seleção.

Gabriela Sabino

Lucas Paquetá, do West Ham, está sendo investigado pela Federação Inglesa de Futebol (FA) por supostas violações de regras locais de apostas esportivas. O episódio fez o técnico da Seleção Brasileira, Fernando Diniz, cortar o meia da convocação para as Eliminatórias da Copa do Mundo, anunciada nesta sexta-feira (18).

“O Paquetá estava na lista, porque é um jogador que eu gosto muito. E não é uma questão de pré-julgamento, muito pelo contrário. É uma questão de preservação, de deixar o Paquetá resolver essas questões que excedem o futebol”, admitiu Diniz em entrevista coletiva na sede da CBF, no Rio de Janeiro.

A notícia sobre a investigação contra Lucas Paquetá é do jornal inglês Daily Mail. As apostas foram realizadas no Brasil por pessoas próximas ao meia, em uma partida do West Ham no qual ele esteve em ação.

O incidente também paralisou as negociações que poderiam levar Paquetá ao Manchester City. O clube chegou a oferecer 70 milhões de libras (R$ 443,2 milhões) ao West Ham para contratar o meia.

Ao justificar a ausência de Paquetá na lista da Seleção, Fernando Diniz ressaltou que visa preservar o jogador. O técnico citou as investigações recentes sobre manipulações de jogos no futebol brasileiro.

“Deixá-lo um pouco mais à vontade para resolver essas questões era o que tinha de mais adequado para se fazer. A gente teve esses problemas aqui no Brasil, e sabe que isso precisa do fator tempo para que as coisas se esclareçam. Então, achei pertinente, pensando no Paquetá”, explicou Diniz.

“É um jogador que eu adoro. Embora a gente nunca tenha trabalhado junto, tenho as melhores impressões em relação ao Paquetá. E a CBF vai estar com as portas abertas para ele assim que ele conseguir resolver positivamente essas situações que apareceram de última hora.”

“Essa questão do Paquetá, fui muito claro na minha resposta. É uma decisão minha. A CBF não tem interferência na decisão. Conversei com o presidente Edinaldo. Combinamos de não fazer nenhum julgamento. Estamos preservando o Paquetá para ele resolver com a maior tranquilidade possível. Não falo mais sobre o assunto.” complementou Diniz.