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- Inteligência Política -
01.09.2004

I N T E L I G Ê N C I A    P O L Í T I C A

Grécia Antiga, Berço da Democracia e das Olimpíadas
Por Marcílio Novaes Maxxon

            Centenas de horas de treinamento, muitas horas de concentração e outras cheias de esperança. Mas somente alguns deuses alcançarão o céu olímpico.

Grécia de 6000 a.C. as Olímpiadas de 2004 
Breve Resumo Histórico dentro da Linha do Tempo

            No começo dos jogos em 776 a.C. havia apenas um esporte. Os jogos de 2004 já somam 28 esportes representados em mais de 38 competições.

As Origens dos Jogos Olímpicos

            Apesar de associarmos os jogos olímpicos com os esportes, os jogos da Grécia antiga eram principalmente um festival religioso para honrar a Zeus. As lendas contam que os jogos foram fundados por Hércules, que plantou uma oliveira de onde foram feitas as guirlandas dos vencedores.

            As primeiras olimpíadas foram realizadas em 776a.C. com apenas uma modalidade - a corrida de 200 metros chamada de Stadion, o que nos deixou a palavra 'estádio'. Os jogos eram realizados a cada quatro anos, com o período de tempo entre os dois encontros conhecido como uma Olimpíada.

            Os jogos eram levados tão a sério pelos gregos que uma trégua era declarada, e estritamente respeitada, durante cada Olimpíada. Inclusive durante as Guerras do Peloponeso, os inimigos se misturavam e competiam lado a lado durante o evento. A trégua foi quebrada apenas uma vez por Esparta, que como castigo foi excluída dos jogos de 420 a.C..

Olímpia

            Os jogos olímpicos foram realizados num santuário e complexo esportivo construído para esse propósito na parte oeste do Peloponeso, chamado de Olímpia. Nunca foi uma cidade de verdade, sem cidadãos ou governo, era um próspero lugar com restaurantes e um alojamento. O lugar possuía também grandes instalações esportivas que incluíam um estádio com capacidade para 40.000 pessoas sentadas, um hipódromo para corridas de cavalos e um grande ginásio.

            No centro de Olímpia estava um recinto santo chamado Altis. No coração dele se levantava um templo surpreendente que continha uma estátua de Zeus de 12,19 metros feita por Fídias, que foi uma das Sete Maravilhas do Mundo.Mesmo hoje em dia, a chama Olímpica é acesa no Templo de Hera antes de Olímpia começar sua viagem ao redor do mundo.

Eventos

            As competições olímpicas estavam abertas para todos os homens cidadãos e era realizada com o corpo nu, ou 'gymnos', a raiz da palavra 'ginásio'. As mulheres estavam proibidas de olhar e de participar.

            De um encontro de um dia com apenas uma corrida , as Olimpíadas cresceram a 10 eventos em mais de cinco dias em 471 a.C.. À corrida foram somados a luta, o boxe, corridas de cavalos (ambas com carroças e sobre sela), disco, dardo e um tipo de salto a distância. Também havia o Pentatlon - feito de salto, corrida, dardo, disco e luta - e o pankration, uma violenta combinação de luta e boxe quase sem nenhuma regra, na qual o vencedor era aquele que conseguia derrotar o oponente primeiro.

            Os jogos terminavam com uma corrida a pé bizarra e cansativa, onde os homens corriam vestidos com suas armaduras completas.

Desenvolvimento

            A popularidade dos jogos olímpicos continuou através do mundo antigo muito tempo depois da queda do Império Olímpico. Mas em 393 a.C., a 293ª Olimpíada, após 1.170 anos do início dos jogos, foi impedida por decreto do Imperador Romano Theodosius I, que tinha proibido toda a adoração de ídolos em santuários.

            Foi somente em 1896 que eles ressurgiram, graças aos esforços de um jovem aristocrata francês, Baron Pierre de Coubertin, e o grego Dimitrios Vikelas. Os primeiros jogos olímpicos modernos foram realizados em Atenas. Treze países participaram competindo em 43 eventos, divididos em nove tipos de esportes. Pela primeira vez foi incluída uma maratona. A corrida comemora a vitória dos atenienses sobre os persas, quando o mensageiro Philippides correu desde as planícies de Maraton até Atenas com as notícias da vitória.

Olimpíadas de 2004

            No verão de 2004, os XXVIII Jogos Olímpicos de Verão serão realizados no lugar de nascimento do evento, Atenas. Esta é a segunda vez que Atenas hospeda os jogos desde a inauguração das olimpíadas modernas em 1896.

            Um grande projeto de construção foi feito para a realização dos Jogos, que envolverão os 10.500 atletas e 3.000 equipes oficiais de 199 paises. Afeganistão competirá pela primeira vez desde 1999, quando foi proibido de participar por ter rejeitado a participação de atletas femininas nas competições.

            Os eventos serão divididos entre 38 locais e representarão 28 esportes. Os jogos durarão 16 dias com 301 cerimônias com medalhas.

            As mascotes oficiais de Atenas são Phevos e Atena, dois irmãos inspirados nas bonecas da Grécia antiga. Seus nomes vêm de dois deuses olímpicos: Phevos (também conhecido como Apolo), o deus da luz e a música; e Atena, a deusa da sabedoria e padroeira da cidade de Atenas.

            George Michael compos o tema da música oficial dos Jogos. Apesar de ter nascido em Londres, ele é descendente de gregos: seu nome verdadeiro é Georgios Kyriacos Panayiotou.

Arte e Arquitetura
Arquitetura

            Um dos símbolos de maior sucesso artístico da Grécia é a sua requintada arquitetura, principalmente as elegantes colunas de pedra e os frontões triangulares, esculpidos em três "estilos" de arquitetura desenvolvida por eles entre 600 a.C. e 300 a.C.

            O Partenon, Acrópole de Atenas, o melhor exemplo existente de templo dórico.

            Estes estilos foram criados para construir templos para os deuses. Esculpidos em mármore, eles imitavam as técnicas de cortes em madeira das construções originais.

            O estilo dórico é o mais velho e simples, com fortes colunas e frontões cobertos com esculturas que, naquela época, poderiam ter sido pintadas de azul ou vermelho para criar impacto. O melhor exemplo existente de um templo dórico é o Partenon (438d.C.) na Acrópole de Atenas.

            O estilo jônico floresceu aproximadamente na mesma época nas cidades ricas da Ásia Menor. É mais suave e mais decorativo, com finas colunas que apresentam espirais no final do capitel. O estilo atingiu o seu ponto máximo no - agora perdido - Templo de Artemisa em Éfeso, uma das Sete Maravilhas do Mundo. Hoje em dia, podemos ver exemplos da arquitetura jônica no Templo de Atenas na Acrópole.

            Em 400 a.C. surgiu uma nova e mais elaborada versão da arquitetura jônica: o estilo coríntio. Apresenta intrincadas folhas de acanto esculpidas no topo das colunas, significando influências do estilo vindas do Oriente Médio. A grandiosidade do estilo coríntio o transformou no tipo de construção favorito da Roma Imperial.

Cerâmica

            A cerâmica proporciona uma grande e importante união com o passado devido a sua durabilidade e uso difundido. Ânforas decorativas, tigelas, copos e garrafas para óleo são o melhor meio de sobrevivência da pintura grega, assim como os cacos de louças e a distribuição deles nos proporcionam um registro de antigas rotas de comércio.

            A pintura sobre cerâmica começou a crescer durante o período geométrico dos séculos 8 e 9a.C. Seus padrões gregos inconfundíveis, desenhos abstratos e figuras foram muito populares. Mais popular ainda foi o estilo coríntio dos séculos 5 e 6 a.C.. As negras figuras geométricas coladas foram substituídas por cenas de pessoas e animais cheias de cor e significados, rompendo com decorações florais, provavelmente inspiradas na arte do Oriente Médio.

            A cerâmica coríntia terminou seu domínio no mercado com o surgimento das Figuras Negras Atenienses (posteriormente figuras vermelhas), ambos trabalhos do mesmo período. Os desenhos decorativos foram trocados por cenas míticas ou cotidianas e o acréscimo de detalhes lhes proporcionou profundidade e realismo.

Escultura

            Os escultores da Grécia antiga podiam retratar perfeitamente o corpo humano em pedra e bronze. Seja esculpindo estátuas de pé para templos ou intrincados trabalhos em baixos relevos para adornar a arquitetura, o trabalho realizado na era clássica foi tão bom que permaneceu igual até o Renascimento italiano.

            Uma estátua grega de Hermafrodite agora no Museu do Louvre em Paris, é um exemplo bem vivo deste período.

            A primeira escultura era rígida, apesar de que escultores como Policlito aperfeiçoaram as proporções da figura masculina em pé. Na metade de 400 a.C., os escultores de deuses e heróis no Templo de Zeus em Olympia e Partenon mostraram mais movimento e emoção.

            A revolução veio ao redor de 400 a.C. quando a nova técnica de modelado do metal permitiu aos escultores fazerem figuras ocas em bronze, com musculatura, cabelo e roupas mais finamente delineadas do que o metal sólido podia permitir.

            Surpreendentemente, a escultura era pintada com brilho para fazê-la se destacar à distância. Muitas poucas esculturas gregas originais sobreviveram, mas as conhecemos através das cópias feitas posteriormente pelos romanos.

A História dentro da Linha do Tempo na Grécia
6000 - 2900a.C.: Período Neolítico

            A arqueologia neste período nos mostra a primeira evidência de comunidade antiga se desenvolvendo. Residências simples de pedra foram construídas, como as casa Megaron em Sesclo na Grécia Central (5700AC). Em 3.400 a.C., as primeiras fortalezas foram construídas ao redor das vilas, como no Dimini. As pessoas começaram a irrigar a terra, cultivar suas próprias colheitas e cuidar de ovelhas e cabras. Também há evidência de marinha e troca de mercadorias como as conchas do mar.

2900-2000 a.C: A era do Bronze

            Assim que os primeiros gregos se transformaram em melhores fazendeiros e criadores de animais, as populações começaram a crescer. A arqueologia da época mostra que uma quantidade razoavelmente grande de residências estava sendo construída, como em Lerna, na Argólida. Algumas comunidades possuíam centenas de moradores. As pessoas também estavam aprendendo novos trabalhos como a criação têxtil e tirando metais do minério que posteriormente era transformado em ferramentas. Este período também foi marcado pelo aumento significativo do comércio através do Mediterrâneo.

2000-1400 a.C.: Período Minóico

            Teve como centro a ilha grega de Creta, a civilização minóica foi uma das primeiras da região mediterrânea. Creta foi governada pelo Rei Minos desde o Palácio de Knossos. Artefatos e pinturas da época nos mostram que a sociedade minóica era orientada para as mulheres e mais pacífica que outras sociedades do seu tempo. Em 1300a.C. o palácio de Knossos foi destruído e a civilização minóica chegou ao fim.

1300-1100 a.C.: Período Micênico

            A seguinte grande civilização da Grécia antiga foi a civilização micênica. Como a cultura Minoan, a cultura micênica estava centrada na ilha de Creta. Este foi um período militarista, caracterizado por armas de bronze, cenas de guerra nas artes e lugares altamente defendidos. Os homens guerreiros da época eram enterrados junto às suas armas e inventou-se a carruagem puxada a cavalo. A cultura micênica dominou o mundo Egeu por mais 200 anos.

1100-750 a.C.: A Idade Média

            Aproximadamente nesta época, Micenas foi dominada pelos bárbaros invasores dóricos, anunciando o começo da Idade Média. A escrita Linear B desapareceu. Houve um declínio na arquitetura e de outros indicadores de uma sociedade culta. As pessoas viviam uma vida simples e difícil, quase em comunidades tribais. Os poemas épicos, escritos posteriormente por Homero, podem ter sido inventados nesta época para recontar a vida contemporânea, apesar de que alguns estudiosos contestam esta teoria.

750-500 a.C.: Período Arcáico

            Com o final da Idade Média, as comunidades tribais começaram a crescer como as primeiras Cidades-estado, nas quais Corinto e Esparta já se destacavam com importância. O comércio cresceu, trazendo aos gregos contatos com os fenícios, cujo alfabeto eles adotaram. A capacidade de ler e escrever se espalhou rapidamente e os grandes poemas épicos, A Ilíada e A Odisséia, foram os primeiros a serem escritos. Esta foi uma era de enorme desenvolvimento na literatura, artes, política, filosofia e ciência, culminando no nascimento da democracia em Atenas em 510 a.C.

500-336 a.C.: O Período Clássico

            As Guerras Persas de 490-480a.C. foram o momento central deste período, pois ajudaram a criar o reconhecimento da identidade grega e definiram o cenário para as grandes realizações culturais que viriam depois - principalmente em Atenas. O Drama grego floresceu. Em 449a.C. começou a construção do Partenon na Acrópole de Atenas. Em 385a.C., Platão fundou a primeira universidade, A Academia. Para o final do Período Clássico, a unificação da Grécia e a expansão começaram sob o reinado do Rei Felipe e seu filho Alexandre, O Grande.

336-146 a.C.: O Período Helenístico

            Quando Alexandre, o Grande morreu sem herdeiros em 323 a.C., a guerra começou entre os seus generais. O império da Macedônia se dividiu em quatro estados, governados independentemente. A era helenística estava caracterizada pelo crescimento das grandes cidades, como Alexandria no Egito, e o florescimento do comércio internacional. Em 146 a.C., os romanos conquistaram a Macedônia e todo o território helenístico foi sujeito ao governo romano. Foi o fim do antigo império grego.

O Nascimento da Arte do Poder: "A Política"
As Cidades-Estado

            A Grécia antiga não era um país, mas uma série de cidades-estado autogovernadas. De fato, no nosso mundo moderno 'política' vem de 'polis', a palavra grega para cidade-estado. Florescendo na Era Arcaica (800 a.C. - 300 a.C.), elas foram fundadas nos princípios da cidadania, com diferentes direitos e privilégios para os homens cidadãos, mulheres cidadãs, suas crianças, moradores estrangeiros e escravos. Todos os homens cidadãos, sem importar se forem pobres, tinham direitos políticos.

            Três das principais cidades-estado foram Atenas, Esparta e Corinto. A mais avançada era Atenas, o lugar do nascimento da cultura e da democracia, lugar famoso no mundo antigo pela sua beleza geográfica.

            Esparta, no Peloponeso, ao Sul da Grécia, era o arqui-rival de Atenas. Esparta possuía uma temível potência militar com a melhor infantaria do mundo grego - não era de se estranhar, pois todos os meninos espartanos eram retirados das mães dos sete aos treze anos de idade para realizar o pesado treinamento militar. Os espartanos trocaram a cultura e a beleza por uma
'Espartana' de simplicidade e resistência.

            Corinto construiu a sua riqueza com manufaturas e comércio marítimo. Era bem conhecida através do mundo antigo como um centro de luxo e lugar de entretenimento dos ricos, que vinham em grandes quantidades procurando as prostitutas sagradas do Templo de Afrodite.

Sistemas de Governo

            Antes do nascimento da democracia, a maioria das cidades-estado era governada como aristocracias, o que em grego significa 'governo pelos melhores'. O poder era compartilhado entre um pequeno grupo de homens de famílias nobres.

            Mas aproximadamente em 600 a.C., surgiu a classe média. O comércio lhes trouxe riqueza e os progressos militares lhes trouxeram fortaleza - eles queriam uni-los com o poder. Em algumas cidades, incluindo Corinto, eles se revoltaram e derrubaram a aristocracia em favor de ditadores que ficaram conhecidos como Os Tiranos. Nos outros lugares, mudanças mais pacíficas foram realizadas, na medida em que as aristocracias admitiam a classe média dentro dos conselhos do governo. Isto ficou conhecido como Oligarquias ou 'governo de poucos'. A mais fervente destas oligarquias foi a de Esparta.

            O povo de Atenas tinha uma idéia diferente, mesmo assim, no final dos anos 500 a.C., a primeira democracia - ou 'governo do povo' - foi criada. A influência desta revolução foi sentida através de todo o mundo antigo e vive até hoje. Sem um líder único, uma assembléia pública de homens cidadãos se encontrava 40 vezes por ano para votar em decisões do Estado. A agenda era programada e decretos executados por um poderoso conselho de 500. As pessoas eram selecionadas em grupos, apenas trabalhava um grupo por ano.

Os Tiranos
Fonte de Pirene, Corinto, lugar de origem de Cypselus e seu filho Periander.

            Para os gregos antigos, o termo 'tirano' não significava necessariamente crueldade ou abuso de posição, mas um usurpador com poder supremo. Os governantes que conhecemos como Tiranos foram um grupo de indivíduos que tomaram o poder das cidades-estado gregas das mãos das aristocracias governantes, durante levantamentos da classe media nos séculos 6 e 7 a.C. Em muitos casos, eles queriam facilitar a vida das pessoas comuns, executando ambiciosos programas de trabalhos de construção pública para prover emprego e amenidades para os cidadãos mais pobres.

            Alguns dos mais conhecidos Tiranos foram Cipselo (e depois o filho dele, Periander) de Corinto, Cleisthenes de Sicyon, Pheidon de Argos, Polycrates de Samos e Pisistrato e o seu filho Hippias de Atenas.

            Mesmo assim, o governo dos Tiranos era incerto e estava submetido a constantes ameaças da aristocracia, que desesperadamente queria ganhar de volta o controle - muitas vezes com a ajuda dos seus aliados, os poderosos espartanos. Em 510 a.C., as forças espartanas derrubaram Hippias, um dos últimos Tiranos. Ironicamente, em lugar de devolver o poder aos aristocratas, o fato pavimentou a via para a primeira democracia.

Deuses e Heróis da Mitologia Grega
Zeus

            O poderoso Zeus foi o rei de todos os deuses gregos e o administrador da justiça divina. Chefe dos céus (seus irmãos Poseidon e Hades mandavam no mar e no mundo das trevas, respectivamente). Ele carregava um raio para demonstrar seu poder e associação com o tempo. Zeus viveu sempre nas montanhas do Monte Olimpo, de onde ele observava - e com freqüência participava - das vidas dos homens que viviam abaixo. De barba, forte e vigoroso, Zeus teve muito filhos, através de sua esposa a deusa Hera e através de seus casos com mulheres mortais. Nem todas as mulheres eram participantes voluntárias, pois elas e seus filhos tinham que suportar as freqüentes violências da vingança ciumenta de Hera.

Apolo

            Apolo, filho de Zeus, um jovem bonito que carrega um arco e uma lira, representa a idéia clássica da beleza masculina. Ele foi o soberano da poesia, da música, da dança e do pensamento intelectual, assim como da medicina, do pastoreio e da colonização. Obsequiando aos humanos a revelação do futuro e as vontades de Zeus, através de oráculos, fez do seu templo e
oráculo em Delfos o centro religioso mais importante no mundo grego. Não era surpreendente que, devido à sua beleza, teve inúmeros casos amorosos com ambos o sexo. Somente Cassandra rejeitou o seu amor. Em vingança, ele lhe deu o poder de prever os desastres, mas garantindo que ninguém jamais acreditasse nela.

Atena

            A deusa virgem Atena era a protetora de Atenas, onde era adorada no Partenon. Como deusa da sabedoria, seus conselhos ajudaram os heróis gregos Heráclito, Odisseu e Perseu a vencerem suas provas. Ela também foi a Deusa da guerra, mas diferente do temível Ares, que representava a loucura e a destruição da guerra, Atena incorporou seus aspectos mais intelectuais - estratégia, disciplina e defesa. Em lugar de ter nascido, ela explodiu da cabeça dolorida do seu pai Zeus já adulta e vestida para a batalha, após ele ter engolido grávida sua mãe Métis. Mas ela tinha um lado mais suave também como deusa do trabalho manual e inventora do torno e da tecelagem.

Afrodite

            A cativante Afrodite foi a deusa do amor, do sexo, da regeneração e da beleza corporal. Diz-se que nasceu na ilha de Chipre e que sua beleza inspirou artistas de todas as épocas: a Vênus de Milos é a Afrodite do século 2 a .C. da ilha grega de Melos. Afrodite é muito ligada ao prazer sexual e foi a padroeira das prostitutas. Estar casada com o Deus do fogo Hefesto não a impediu de ter amantes, ambos mortais e imortais. Ela teve casos com Adônis e Anquises, de quem teve um filho, o grande herói Enéias. O Deus Eros era seu filho com Ares e Hermafrodito era filho de Hermes. Os dois se uniram num só corpo de onde nasceu a ninfa Salmacis, o que resultou na criação do termo 'hermafrodita'.

Hércules

            O forte e corajoso Hércules foi o mais importante dos heróis Gregos. Seus pais foram Zeus e Alcmenes, uma princesa do Micenae. Hércules foi incomodado em toda sua vida pela ira da vingativa esposa de Zeus, Hera. Num acesso de fúria provocado por Hera, Hércules matou sua esposa e seus filhos. Desesperado por pagar penitência, ele encarou difíceis tarefas conhecidas como "Os 12 Trabalhos de Hércules". Esses trabalhos incluíam destruir horríveis bestas ou recuperar difíceis prêmios. Pela sua fortaleza, ele levou aos primeiros cristãos a vê-lo como um concorrente de Cristo. Hércules morreu com muita agonia. Sua outra esposa Dejanira lhe deu uma blusa envenenada acreditando que isto poderia garantir a sua fidelidade. Após morrer, ele levantou-se ao Monte Olimpo e se converteu em um Deus.

Aquiles

            O herói Aquiles estrela o poema épico de Homero, A Ilíada, que fala das suas proezas na Guerra de Tróia. Um grande guerreiro, também era um homem com defeitos. Raiva e um orgulho ferido o fizeram rejeitar a liderança de seus homens na batalha; seu amigo Patroclus foi em seu lugar e foi morto. Com sofrimento e vingança, Aquiles cortou o guerreiro troiano Hector, sabendo que isto ocasionaria a sua própria morte. Aquiles foi morto quando a flecha envenenada de Paris, guiada por Apolo, alcançou seu vulnerável tendão - a única parte do corpo não submergida por sua mãe no Rio Styx quando ele era um bebê, para torná-lo imortal. Para os Gregos, Aquiles representa o código do herói, escolhendo a glória sobre a vida.

Teseu

            Teseu, um renomado guerreiro e herói ateniense, mais conhecido por matar o Minotauro, um ser feroz, metade homem e metade touro, que viveu sob o palácio do Rei Minos em Knossos. Teseu se escondeu entre um grupo de jovens atenienses que seriam sacrificados para a besta e depois a matou corajosamente, achando a saída do labirinto seguindo uma linha dada a ele pela filha de Minos, Ariadne. Infelizmente, ele esqueceu de colocar uma vela branca na sua volta de barco a Atenas, como tinha prometido ao seu pai, o Rei Egeu. Vendo uma vela preta e assumindo então que Teseu estava morto, Egeu se lançou do penhasco, dando o seu nome ao mar Egeu.

Perseu

            Perseu significa 'destruidor' e este herói mítico e filho de Zeus viveu para fazer valer o seu nome. O Rei Polydectes, o indesejado raptor de sua mãe, o enviou numa missão, aparentemente mortal, para procurar a cabeça da Medusa, a mais temível das três irmãs Gorgon, que podia transformar os homens em pedra com o seu olhar. Mas usando um chapéu de invisibilidade e sapatos voadores alados, Perseu chegou perto da Medusa usando somente o reflexo dela na sua proteção. Depois cortou a cabeça dela e a colocou numa sacola. Ele voltou para casa para resgatar sua mãe, usando a cabeça para transformar Polydectes e todos os seus seguidores em pedra.

Expansão Grega
Felipe, Rei da Macedônia

            O enorme sucesso de Alexandre, o Grande, não teria sido possível sem a contribuição de seu pai, Felipe de Macedônia (359-336 a.C.). Um guerreiro brilhante, tático e diplomata, ele lutou muito para alcançar o seu sonho de ter um império grego poderoso nos seus 20 anos de mandato.

            Seu êxito foi revolucionar a forma de fazer guerra com a Grécia. Ele aperfeiçoou a forma de guerrear e criou uma infantaria bem treinada e pesada, equipada com lanças de 4,2 metros, que lutava numa formação falange retangular fechada. Seus exércitos tomaram o mundo grego por surpresa, conquistando primeiro a terra continental da Grécia e voltando sua atenção para Trácia, Illiria e os portos longínquos do norte do Egeu.

            Mas junto com o poder aparecem os inimigos. Felipe foi assassinado por um nobre descontente no dia do casamento da sua filha, aos 46 anos, no momento em que ele tinha transformado a Macedônia no reinado mais poderoso do mundo grego.

Alexandre, o Grande

            O Busto de Alexandre o Grande no Museu Capitoline de Roma, é uma prova do apaixonante entusiasmo dado aos feitos de Alexandre.

            A velocidade, nível e estratégia com que Alexandre, o Grande (356-323a.C.) esculpiu o seu império é o material para a lenda. O melhor comandante militar do mundo antigo, com um incansável vigor para a expansão, seu maior sucesso foi conquistar a Pérsia, o maior rival da Grécia. O império de Alexandre não se estendeu apenas através do mundo grego, mas dentro do Egito
(onde ele fundou a cidade de Alexandria) e tão longe quanto o que hoje em dia é o Paquistão.

            Alexandre conquistou não apenas com o poder, mas com a inteligência. Em lugar de destruir os países que conquistou, ele os regeu com justiça e assimilou seus habitantes em seu governo e seu exército. Isto ficou conhecido como a política da fusão.

            Mas ele era um homem com defeitos. Ele bebia muito, abusou de sua saúde até o limite através de incansáveis campanhas e não deixou herdeiros. Exausto, Alexandre morreu de febre com apenas 32 anos. Sem ele, seu império não demorou muito em colapsar.

Guerra e Conflito
A Guerra de Tróia

            A história da Guerra de Tróia é uma das lendas gregas mais famosas. Quando o príncipe troiano Paris seqüestrou Helena, a linda esposa de Menelau, este recrutou os gregos, liderados pelo Rei Agamenon de Micenae, para recuperar a sua linda noiva. O resultado foi dez anos de cerco sangrento e a morte de muitos heróis gregos, incluindo Hector e Aquiles.

            A guerra foi finalmente ganha graças a brilhante tática de Odisseo. Seguindo ordens, os gregos abandonaram o local em barcos, como se tivessem sido derrotados, deixando para trás um enorme cavalo de madeira. Pensando que o cavalo era uma oferenda para os deuses, os troianos o colocaram dentro da cidade. Mas, ao anoitecer, uma excelente equipe de guerreiros gregos saiu do cavalo e abriu as portas da cidade para o exército grego que tinha voltado. Tróia foi saqueada e totalmente queimada.

            O mito se transformou em verdade quando o arqueólogo alemão Heinrich Schliemann descobriu a real cidade de Tróia - que tinha sido queimada de fato em 1220 a.C.. Agora é aceito que a guerra de Tróia realmente aconteceu, apesar de que é mais provável que a luta tenha sido ocasionada por rotas de comércio e não por amor.

As Guerras Persas

            Através da antiguidade, a maior ameaça para o mundo grego foi a Pérsia, um poderoso império com vontade de expansão. Mas durante as guerras Persas de 490-480 a.C., o equilíbrio do poder mudou inesperadamente: numa série de desafiadoras campanhas em Marathon, Thermopilae e Salamis, os gregos se defenderam dos invasores com sucesso.

            O significado da vitória é grande. Antes disto, os gregos eram uma série de cidades-estado independentes - muitas vezes rivais - com nenhum sentimento de unidade nacional. Depois da Guerra, eles começaram a reconhecer suas semelhanças culturais. Eles se identificaram orgulhosamente como 'gregos' e desenvolveram um sentimento de confiança que resultou em maiores sucessos culturais nos séculos 3 e 4 a.C., principalmente em Atenas. Se os persas tivessem ganhado, o antigo legado de democracia grega, a arte e o drama, que tem influenciado o mundo moderno tão profundamente, poderia nunca ter sido criado.

As Guerras do Peloponeso

            As Guerras do Peloponeso foram a Guerra Mundial da Antiga Grécia. As lutas duraram 27 anos de 431 a 404 a.C., envolveram nações do mundo grego e se realizou não apenas na terra continental da Grécia, mas também em lugares tão longe quanto a Sicília e Bizantium.

            A política foi a raiz do problema. Atenas tinha se transformado na mais rica e poderosa cidade da Grécia, e seu sistema democrático de governo estava sendo amplamente copiado, para o alarme de oligarquias tradicionais como a da Esparta. Reunindo aliados desde a região grega Dorian, Esparta formou a liga Peloponesa e foi para a guerra. Em resposta, Atenas se uniu aos gregos das regiões do Egeu e do oeste da Ásia Menor para lutar sob a Liga de Delos.

            Foi uma guerra de atrito, com falta de tecnologia militar e progredindo lenta e dificilmente. Ambos os lados ganharam batalhas, mas no final, Esparta tirou o poder de Atenas, para tomar o controle de uma Grécia exausta.

Língua e Literatura

            A escrita é um indicativo de que a sociedade é civilizada, por isso não é surpresa que os gregos tenham uma forma de escrita desde 1400 a.C., durante o período Mycenaean. A escritura simbólica, chamada Linear B, foi descoberta pelo Sir Arthur Evans quando ele escavou o Palácio de Knossos em Creta na primeira metade do século 20. Mas foi somente em 1952 que o arquiteto britânico Michael Ventris a decifrou.

            Mesmo assim, o Linear B era desajeitado e complicado (Linear B - a primeira forma de escrita grega). A verdadeira evolução veio em 775 a.C., quando os gregos adotaram o alfabeto usado pelos comerciantes fenícios, onde o antigo sistema precisava de um símbolo por cada sílaba, o novo alfabeto de 24 a 26 letras usava um símbolo para cada som, permitindo-lhes construir números ilimitados de palavras com poucos caracteres.

            A alfabetização se expandiu rapidamente. Aproximadamente em 600 a.C. - há apenas 175 anos depois - a maior parte dos cidadãos homens podia ler e escrever. O alfabeto grego teve tanto sucesso que foi adotado depois pelos etruscos e os romanos e evoluiu no alfabeto que usamos hoje na língua inglesa.

Educação

            Apesar da escola não ser um requisito obrigatório na Grécia antiga, cenas pintadas em vasos em 500 a.C. nos dizem que o estudo era bem difundido.

            Este exemplo das primeiras cerâmicas gregas mostra uma garota aprendendo a ler na escola. Para alfabetizar as crianças era usado um tabuleiro de madeira com as letras talhadas e molhadas ao mel, para assim saboreando se aprender, ensinando-os que aquilo seria doce para as suas vidas.

            Os meninos começavam a sua educação aos sete anos. Os mais pobres saiam com um entendimento do básico após três ou quatro anos e os alunos mais ricos ficavam na escola durante dez anos. Até mesmo algumas meninas eram formalmente educadas no mundo grego, não como os meninos e em escolas separadas.

            Os alunos aprendiam através de três tipos de professores: os grammatistes, que ensinavam a leitura, a escrita, a aritmética e a literatura; os paidotribes que treinavam luta, boxe e ginástica; e os kitharistes que ensinavam música, especialmente canto e lira.

            Aos 18 anos, os garotos tinham que fazer dois anos de treinamento militar, para depois voltarem para uma educação mais sofisticada e se prepararem para a vida pública. Um dos primeiros lugares de educação superior foi a Academia, uma escola de filosofia fundada por Platão 385 a.C. Aristóteles fazia funcionar um estabelecimento semelhante chamado Liceu, onde o currículo era mais amplo. Estas escolas proporcionaram o modelo para as universidades de hoje em dia. Ciência e Medicina

            Apesar dos gregos terem sido os primeiros europeus a considerarem a astronomia, matemática, física e a biologia, foi somente na época de Aristóteles que eles reconheceram a ciência como uma disciplina diferente da filosofia. Mesmo assim, eles fizeram algumas descobertas fantásticas e seus nomes são respeitados até hoje.

            Pitágoras (570-500a.C.) não foi apenas o pioneiro no estudo das matemáticas no mundo ocidental, ele também era considerado um trabalhador milagroso. Seu famoso teorema para calcular a distância da hipotenusa de um triângulo com ângulo reto é bem conhecida. Menos conhecida é a sua teoria mística sobre a transmigração das almas.

            Hipócretas (460-390 a.C.), físico e escritor médico, é o pai da medicina moderna. Ele criou uma renomada escola de medicina na ilha de Cós, onde os estudantes aprendiam a diagnosticar doenças através da observação em lugar da teoria. Foi desta escola que derivou-se a primeira versão de Juramento Hipocrático.

            Arquimedes (287-211 a.C.) é muito famoso por correr pelas ruas gritando "eureka" quando descobriu o princípio da gravidade específica, enquanto tomava banho sentado. Mas também podemos dar crédito a sua invenção do Parafuso de Arquimedes - um aparelho ainda usado para levar água para cima - entre outras importantes teorias.

Filosofia

            Alguns dos grandes pensadores do mundo antigo surgiram na Grécia, principalmente em Atenas. A Filosofia ou "amor à sabedoria" era a forma deles buscarem a verdade e a realidade no mundo, sem se apoiarem nas respostas dadas pela religião ou o mito.

            Sócrates (469-399 a.C.) foi um dos pensadores mas influentes do mundo ocidental. Seu trabalho se centrou no estudo da ética e da moral. Sócrates acreditava que a felicidade dependia de levar uma vida baseada na moral e que ela podia ser ensinada. Ele ainda pensou que se a virtude é conhecimento, então a maldade é ignorância e por isso não é intencional!

            Sua obra causou um efeito profundo no seu aluno Platão (427-347 a.C.), que estudou a questão da ética com mais profundidade posteriormente. Em sua obra prima: A República (c.385-370 a.C.), Platão questiona o conceito de justiça e descreve o seu governo ideal.

            A maior contribuição feita por Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão, foi a de ser o primeiro filósofo que verdadeiramente separou a filosofia da ciência. Ele inventou o primeiro sistema de lógica, estabeleceu as ciências da biologia e zoologia, fundou a sua própria universidade e esteve entre os primeiros cientistas políticos. Como pensador, as contribuições de Aristóteles foram únicas e sem paralelos até o século XIX.

Contar Histórias

            Contar histórias era um dos maiores entretenimentos dos gregos comuns, desde o segundo milênio a.C., bem no começo do período Arcaico. Com baixos índices de alfabetização, histórias de mitos e lendas foram recitadas de memória ao redor do fogo e passadas de geração a geração.

            As Pinturas do século XIX duma cena da Ilíada no estilo de uma pintura de jarra grega, são parte do acervo cultural encontrado em feiras e lojas do mundo todo, do estili grego.

            O maior desses poemas épico foi a Ilíada, que contou a história da Guerra de Tróia, e a Odisséia, que falava das aventuras do Rei Odisseu após voltar da guerra. Apesar de que esses poemas foram o resultado de centenas de anos de apresentações, eles só foram escritos pela primeira vez ao redor de 750 a.C.. Esta forma final é atribuída a Homero, um poeta cego de Anatólia de quem sabemos muito pouco. Mesmo que ele tenha existido ou não, suas histórias continuam nos fascinando até hoje.

Teatro

            O teatro, como o conhecemos, descende diretamente da Grécia Clássica, onde os atenienses aperfeiçoaram a Tragédia e a Comédia.

            Os atenienses amavam o teatro e realizavam festivais competitivos com freqüência, onde os maiores nomes da época se apresentavam às grandes audiências. Todos os atores eram homens, usavam máscaras e normalmente representavam múltiplos personagens, sempre em versos. A narração provinha de um grupo de atores chamado O Coro.

            A tragédia era considerada a maior forma de arte com suas histórias míticas que contavam as falências do herói, principalmente devido à sua própria arrogância. A pena, o medo e a justiça divina eram temas recorrentes.

            Três homens são conhecidos como os mestres da tragédia grega: Ésquilo, Sófocles e Eurípides. Eles desenvolveram tramas e caracterização, colocaram cenários pintados e usaram disfarces elaborados. Eles também contaram histórias surpreendentes, que incluem a Medéia de Eurípides, a angustiante história de uma mulher que mata seus filhos por obsessão; e Édipo de Sófocles, um rei que descobre sua própria história ao saber que matou o pai e casou-se com sua própria mãe.

            A comédia era uma coisa mais barulhenta e tratava de temas relacionados à política e às figuras da época. O mestre das comédias era Aristófanes, cujo trabalho inclui "As Rãs", baseado no mundo sobrenatural no qual apresentava uma competição entre Ésquilo e Sófocles, ambos mortos recentemente nesta mesma época.

            E tudo isso, faz parte do acervo cultural da humanidade, que aí encontra-se para nos ensinar a compreender as formas do nosso novo tempo, sem deixar de apreciar as maravilhas desse passado.

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