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R E L I G I Ã O
10 de dezembro de 2006

A HISTÓRIA DE JOSÉ, MARIA E JESUS, PARTE I - José           

            DEUS é uma família em si mesmo: o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO e, assim, criou a primeira família: Adão e Eva, para se multiplicarem e exercerem domínio sobre a Terra. Então a criatura inimiga de DEUS, Lúcifer, que não pode atingi-lo, seduziu Eva e Adão e trouxe a morte ao mundo, para demonstrar seu ódio a DEUS.

            Assim o pecado separou DEUS do homem. Adão e Eva foram expulsos do Éden e não podiam mais comer da Árvore da Vida que estava no meio do jardim, porque agora deveriam morrer. Mas as Escrituras dizem que DEUS amou o mundo de tal maneira que resolveu dar seu FILHO unigênito, para que todo aquele que nele crê não morresse, mas tivesse a vida eterna. Então projetou uma nova família. E cada membro da família revela algo que DEUS quer projetar nas famílias para que haja paz.

            Escolheu um jovem da tribo de Judá, da linhagem do rei Davi chamado José, para que se cumprisse a promessa de que o cetro seria dado à casa de Judá para sempre, até ser entregue a ninguém menos que JESUS, o filho de Davi, o LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ. Judá era um dos doze filhos de Jacó, e este assim lhe profetizou antes de morrer – Gênesis, capítulo 49, versículo 10:

“O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando de seus descendentes, até que venha aquele a quem ele pertence, e a ele as nações obedecerão.”

            Havia muitos descendentes do trono do rei Davi, como ainda há hoje, porque a nação israelita é composta dos remanescentes das tribos de Judá e de Benjamim. Então por que DEUS escolheu José? Porque algo nesse varão lhe agradava, e muito, apesar de pouco difundido.

            Nas famílias casais brigam para provar que o outro cônjuge está errado. Cada consorte precisa estar certo o todo tempo e não pode abrir mão disso. José não era diferente, conforme se depreende a seguir.

            Israel é uma nação que historicamente absorveu a noção de que fora concebida pelo DEUS único e verdadeiro, criador dos céus e da terra, enfim, do DEUS do patriarca Jacó, também conhecido como ISRAEL, portanto, o DEUS de Israel, literalmente. Daí que DEUS habitualmente falava à nação por intermédio de profetas.

            À época de José, contudo, DEUS se silenciara. Era o prenúncio de algo bombástico que ELE iria fazer. Mas a nação se acostumou a não ouvir mais DEUS, menos ainda de presenciar prodígios e sinais do ALTÍSSIMO. Nesse contexto estava José, a quem a jovem Maria fora prometida em casamento, varão desacostumado a presenciar o poder sobrenatural de DEUS, como seus pais o fizeram. Mas DEUS lhe preparou uma surpresa (Lucas, capítulo 1, versículo 26 a 28):

“No sexto mês Deus enviou o anjo Gabriel a Nazaré, cidade da Galiléia, a uma virgem prometida em casamento a certo homem chamado José, descendente de Davi. O nome da virgem era Maria. O anjo, aproximando-se dela, disse: Alegre-se, agraciada! O Senhor está com você. Maria ficou perturbada com essas palavras, pensando no que poderia significar esta saudação. Mas o anjo lhe disse: Não tenha medo, Maria; você foi agraciada por Deus! Você ficará grávida e dará à luz um filho e lhe porá o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi, e ele reinará para sempre sobre o povo de Jacó.”

            O anjo apareceu a Maria, mas nada falou a José porque DEUS iria prová-lo. Quando José soube que Maria estava grávida e que ele não era o pai, poderia ter pensado algo do tipo:

“Calma José, Maria é uma pessoa digna, com certeza foi DEUS quem engravidou essa moça! Provavelmente deve ter vindo um anjo anunciar e, depois, o ESPÍRITO DE DEUS a envolveu e fez esta obra”. Obviamente não foi assim que José pensou. Mateus, capítulo 1, versículos 19 e 20:“

            Foi assim o nascimento de Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, mas, antes que se unissem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Por ser José, seu marido, um homem justo, e não querendo expô-la a desonra pública, pretendia anular o casamento secretamente. Mas, depois de ter pensado nisso, apareceu-lhe um anjo do Senhor em sonho e disse: José, filho de Davi, não tema receber Maria como sua esposa, pois o que nela foi gerado procede do Espírito Santo.

            O ESPÍRITO SANTO DE DEUS apenas se manifestou depois de José ter tomado uma decisão difícil. Com todas as evidências de um adultério, José, o pretenso traído, poderia ter ido a desforra com Maria, senão para limpar sua honra, ao menos como vingança. Mas José tomou a decisão mais difícil. Resolver fugir dando a imagem de que ele teria engravidado a moça virgem e que não queria assumi-la, nem ela nem a criança. Conquanto sentindo sua honra violada no que é mais sensível num ser do sexo masculino, a traição, José escolheu sofrer o dano e preservar aquela moça que contara uma história descabida e dura de acreditar. Isso agradou a DEUS que o reputou justo. Maridos de hoje querem ser honrados e fazer seus direitos de homens a todo custo. José, mesmo humilhado como homem, resolveu preservar aquela que o “traíra” antes do casamento, levando a culpa e a pecha por algo que não fizera. Por isso José foi escolhido a dedo por DEUS para ser esposo de Maria, o qual o provou e se agradou dele. Longe de ser coadjuvante, José teve participação crucial para o cumprimento da profecia sobre o MESSIAS, porque ele é apontado por todos os evangelhos como o descendente de Davi para o cumprimento da profecia de que JESUS seria da tribo de Judá, e não Maria. O como isso se deu é tema para outro ensaio. Certo que a família que DEUS escolheu começou bem com José, o homem justo segundo o coração de DEUS.