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R E L I G I Ã O
04 de junho de 2006

PÔNCIO PILATOS TINHA RAZÃO, PARTE I

            O pretor romano Pôncio Pilatos ficou famoso por prolatar sentença de morte de ninguém menos que JESUS, o homem que dividiu a contagem da história ao meio – AC/DC -. A primeira vez que DEUS marcou a história foi quando a chamou à existência, literalmente, iniciando as priscas eras ao fazer uma interseção na eternidade, para encetar a dimensão conhecida como tempo.

            A segunda vez que DEUS marcou a história foi quando JESUS, o filho do ALTÍSSIMO, a expressão exata de seu ser, enfim, quando o próprio DEUS se encarnou e pisou a Terra. O terremoto da presença de DEUS criou um tsunami espiritual que dividiu a história. O mundo jamais seria o mesmo depois dele. E nessa segunda fase se observa a passagem do pretor romano Pôncio Pilatos. 

            Salomão, o rei sábio filho de Davi, assentou no livro de Provérbios que um sistema de governo se perpetua pela capacidade de distribuir justiça. Daí a importância do Direito Romano, propalado por alguns, como a maior herança do ocidente para o mundo, com a presença do “Tribunal dos Mortos”, a saber, o registro referencial dos escritos de cinco dos maiores juristas romanos: Gaio, Papiniano, Ulpiniano, Paulo e Modestino.      

            O império romano sustentou-se em dois pilares: a) uma fabulosa estrutura militar; b) a sabedoria do sistema jurídico conhecido como Direito Romano, cuja matiz propiciou a intervenção histórica do famoso pretor romano em comento.

            O filme de Mel Gibson – “A Paixão de Cristo” – bem enfatizou os esforços envidados por Pôncio Pilatos em absolver JESUS. O arguto e perspicaz magistrado, homem acostumado a julgar e sentenciar, numa curta conversa com JESUS, vislumbrou o que os judeus estavam tentando desconfigurar: aquele ilustre acusado era DEUS.

            O diálogo entre JESUS e o pretor romano deixou inconcusso àquele magistrado que o acusado era alguém que ultrapassava a dimensão humana; um ser humano, dominando razoavelmente as próprias faculdades, jamais diria o que JESUS disse. Também não se tratava de um louco. Pilatos olhou perscrutou os olhos de JESUS com os seus olhos. Diz um adágio árabe que quem não entende um olhar, jamais entenderá uma explicação. O pretor romano entendeu ...

            Pôncio Pilatos ainda tentou arrancar uma reação humana de JESUS ameaçando o nestes termos – João, capítulo 19, versículo 10: “Você se nega a falar comigo?, disse Pilatos. Não sabe que eu tenho autoridade para libertá-lo e para crucificá-lo?”.        

            Mas a resposta de JESUS quebrou a estrutura emocional e jurídica daquele magistrado – versículo 11 do texto acima: “Jesus respondeu: Não terias nenhuma autoridade sobre mim, se esta não te fosse dada de cima. Por isso, aquele que me entregou a ti é culpado de um pecado maior”.

            Então Pôncio Pilatos, firme no propósito de libertar JESUS, desenrolou suas pirotecnias processuais penais para tanto, porque tentava conciliar a realização da justiça, o alvo do Direito Romano, com o medo de mais um levante do barril de pólvora político conhecido como Judéia.

            Os pretores romanos acumulavam funções políticas e administrativas nos reinos conquistados. A viés política, insuflada pelo medo, subjugou o magistrado e o medo venceu. Pilatos redigiu a minuta da sentença que condenou JESUS a morte, e morte de cruz. Nem ele acreditou no que escreveu. Mas a obrigação de dizer o “direito” no caso concreto o obrigou a registrar a fundamentação da pior forma de execução penal conhecida pelo Direito Romano.

            O Sinédrio judaico conseguiu seu intento – a crucificação -, na tentativa de ilidir qualquer perspectiva de que JESUS fosse o MESSIAS profetizado nas Escrituras, pelo que, após a crucificação, teceram outro pedido suplementar na mesma esteira.

            Contudo, aquele que deu autoridade ao pretor romano para fazer o que fez, a saber, o ALTÍSSIMO, o PAI DE JESUS, este mesmo agora usou Pilatos para negar o pedido dos judeus por um motivo maravilhoso, que será tema do próximo texto.

Até a próxima!        

POR: BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®


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