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R E L I G I Ã O
21 de maio de 2006

O BIZARRO INCIDENTE DOS OSSOS DE ELISEU, PARTE IV

            Quanto mais se esmiúça as Escrituras, mais incisiva se torna a percepção de que a compreensão de DEUS é tão distante da do homem quanto a terra é do céu, dentre elas a concepção de que só DEUS é bom, ao passo que todo o caminho do homem é perfeito aos seus próprios olhos, mas ao final se mostram caminhos de morte.

            João Batista, referindo-se a JESUS, disse que importava que JESUS crescesse e ele – João – diminuísse; Paulo disse que não era mais ele quem vivia, mas CRISTO vivia nele.

            Em verdade quanto mais o homem se enche de si mesmo e de seus próprios conceitos, mas se impregna da morte, mais se direciona à terra; e a lhe terra “premiará” ao final com os famosos “sete palmos do cemitério”. O homem não consegue ver essa realidade espiritual: o enchimento de si mesmo relaciona-se em proporção direta a cada um dos “sete palmos de terra no cemitério” que lhe aguarda na última curva da vida.

            A vida está acima, a vida está no alto. Alguns ricos investem milhões de dólares para terem seus corpos cremados, colocados em cápsulas e lançados no espaço, para permanecerem a “eternidade no céu”. Mas isso é uma mentirosa ilusão incapaz de elidir o poder da morte. O bizarro incidente dos ossos de Eliseu solapa esperança dos que querem “subir” cheios de si. De si mesmo, tudo o que o homem pode conseguir “jogar” para dentro é rapina e podridão, ainda que aos seus olhos não lhe pareça assim.

            Eliseu foi um, dentre tantos homens, que se esvaziaram de si mesmo, mas se encheram do ESPÍRITO SANTO DE DEUS, escolheu o que agradava ao ALTÍSSIMO e nunca se firmou no próprio entendimento. Sua percepção das pessoas e do mundo fluía de uma profunda intimidade com DEUS e, quando morreu, veja o que aconteceu – II Reis, capítulo 13, versículo 20 e 21: 

“Morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, bandos dos moabitas costumavam invadir a terra, à entrada do ano. Sucedeu que, enquanto alguns enterravam um homem, eis que viram um bando, então, lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, logo que o cadáver tocou os ossos de Eliseu, reviveu o homem e se levantou sobre os pés.” 

            A Bíblia diz que JESUS, sendo DEUS, não usou por usurpação o ser igual a DEUS, antes a si mesmo esvaziou para fazer a vontade do PAI e se sujeitou à morte, e morte de cruz. Veja também o resultado desse esvaziamento em Mateus, capítulo 27, versículos 50 a 53: 

“E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas; abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.”

            Eliseu se esvaziou de si mesmo e se encheu do ESPÍRITO DO SANTO; então a vida desceu de tal maneira sobre ele que até seus ossos ficaram impregnados dela. Eliseu profeticamente prefigurou o que o esvaziamento de JESUS traria a humanidade: vida!

            DEUS quer esvaziar o homem para o livrar do lodo da morte e do engano que putrefam sua estrutura física, emocional e espiritual. O apego de si mesmo atrai o homem espiritualmente para debaixo dos sete palmos de terra e, sobretudo, para o indescritível horror da segunda morte.

            O desprender-se de si mesmo, o esvaziar-se para se encher de JESUS o suspende para o alto, para a vida, porque anula o peso do pecado que puxa para baixo, para a morte eterna

            Enquanto os ossos de Eliseu estão encharcados de vida, de graça e da unção que quebra o jugo da morte, bilhões de pessoas permanecem mortas em seus delitos e pecados; e isso com carne, nervos, pele, cartilagem e sangue! Foi para os tais que JESUS registrou em Mateus, capítulo 16, versículo 25: quem tentasse salvar a própria vida iria perdê-la, mas quem a perdesse por amor a ELE – JESUS – iria acha-la. 

            Em verdade, a força da distorção do pecado torna o homem a tal ponto escravo do pecado que nem conhece a verdadeira essência, quando outrora criado a imagem e semelhança de DEUS.

               Parafraseando João Batista, importa que ELE – JESUS – cresça e nós – eu e você – diminuamos. Este é o mistério do bizarro incidente dos ossos de Eliseu: o esvaziamento de si mesmo em troca do enchimento pelo ESPÍRITO SANTO DE DEUS redunda na derrota da morte pela vitória da vida; e a vida é uma pessoa: a vida é JESUS !!!

POR: BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®


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